Retiros Mensais - Maio
TEMA: EUCARISTIA
TEXTOS DE APOIO:
V 9, 2: consciência de que o Senhor está dentro.
V 5, 10: consciência limpa e comunhão.
V 22,6: estar na presença de Cristo
V 36, 6: alegria de ver instalado o Santíssimo no mosteiro.
V 39,2:
V 38, 19-23: receber o Senhor com dignidade.
V 38,25:
Introdução:
A Eucaristia é o centro da Igreja. É a presença do próprio Cristo no meio de nós. Por isso se diz que a Igreja vive da Eucaristia. Nela fazemos o memorial da Páscoa. Deus presente junto a seu povo (Igreja).
Com ela entramos em comunhão com Cristo e com os irmãos e irmãs. Não estamos sozinhos. Deus está junto com a gente.
Na época de Santa Teresa a comunhão não se dava amiúde. Não havia o costume – ou antes, era até proibido – comungar todos os dias. Talvez isso se explicasse pelo respeito e preparação que deve ter aquele que vai receber o corpo e sangue do Senhor.
Teresa nutria grande apreço para com a Eucaristia, porque sabia que ali estava o Senhor glorioso. Por isso ao aproximar da comunhão procurava aproximar-se com a consciência limpa. Afirma Teresa que, depois que começou a comungar, jamais deixou de confessar coisa alguma que pensasse ser pecado, ainda que venial (cf. V 5,10). E depois da comunhão não poucas graças ela recebeu.
Pela fé sabemos que é o Senhor que se encontra na eucaristia. Teresa tinha plena consciência disso (cf. V 28,8). Por isso, ela procurava tratar o Santíssimo Sacramento dignamente (V 38,19ss.). E nas fundações de seus mosteiros, a primeira coisa que procurava instalar era o Santíssimo Sacramento.
Ao pé da letra, Eucaristia significa ‘ação de graças’, ‘agradecimento’, ‘muito obrigado’. São Paulo, o Apóstolo dos gentios, nos exorta em uma de suas cartas que todos devemos dar graças a Deus.
Há alguns anos atrás, surgiu a expressão, ‘eucaristizar a vida’. ‘Eucaristizar a vida’ é o mesmo que dizer ‘viver em união com Deus’, fazer da existência (= da vida) uma oferenda a Deus. Diga-se de passagem que o mesmo apóstolo também nos exortou a oferecer a vida como culto agradável a Deus, um culto espiritual (cf. Rm 12, 1 ss).
PARA REFLETIR:
- Embasado nos textos de apoio (cf. V 9,2), qual era a atitude de Teresa após receber a eucaristia? O que para ela significava comungar?
- Dom Serafim, cardeal e arcebispo emérito de Belo Horizonte, pregando retiro aos bispos em Itaici, refletiu sobre a eucaristia. E de maneira especial sobre a quinta oração eucarística, a oração do Congresso Eucarístico do Manaus, que no passado foi muito criticada por alguns da Cúria romana. Nessa oração eucarística, diferente das demais orações eucarísticas, após os dizeres da consagração afirma: tudo isso é mistério da fé. (as outras afirmam: isso é o mistério da fé). ‘Tudo’ quer dizer mostrar que não só o rito, mas a toda a ação de Jesus (sua vida inteira) é mistério da fé. E que seus discípulos devem fazer o que Ele fez. Para você, o que significa comungar? O que a comunhão afeta a sua vida? Por que você comunga?
- Teresa procurava receber o Santíssimo Sacramento com dignidade.Tinha consciência do que, pois, significa receber a comunhão (cf. V 38, 19-23). Como você se relaciona com a eucaristia?
- Maria, a Virgem Puríssima, é o Sacrário vivo da Eucaristia, afirma o sensus fidei. Maria foi aquela que trouxe o Corpo e o Sangue do Senhor misturado com seu corpo e sangue durante nove meses. Nós que comungamos, recebemos pela fé, nas aparências de pão e vinho, o próprio corpo do Senhor. Como eu me encontro atualmente? Estou ‘puro’ para trazer o Corpo de Cristo dentro de mim? O que tenho feito em preparação à comunhão ou como me preparo para receber a comunhão?
- Maria, tão logo ‘ficou grávida’, colocou-se a serviço de Isabel. Só mesmo alguém cheio de Deus coloca a existência a serviço dos outros. A quem você está servindo? Em que você está servindo? Seu serviço é consciente ou faz tudo mecanizado? Consegue dar exemplos?
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