Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 14 de junho de 2014



XI DOMINGO DO TEMPO COMUM
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE
15 de junho de 2014



“Deus de amor nós te adoramos”
Leituras: 
Êxodo 34, 4b-6.8-9; 
Salmo Dn 3, 52-56; 
Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 13, 11-13; 
João 3, 16-18.

COR LITÚRGICA: BRANCA ou DOURADA

O objeto do amor de Deus é o mundo e toda a sua criação. Agora, com imenso amor doa seu Filho, portador da vida eterna, ao mundo. Como se trata de uma relação interpessoal de amor, a receptora deste dom é a humanidade, e o dom é a vida eterna divina em Jesus. Que nesta celebração possamos louvar a Trindade Santa.

1. Situando-nos brevemente

Caros irmãos e irmãs, com a celebração de domingo passado, concluímos o Ciclo Pascal. A Solenidade de Pentecostes se coloca como cume de um percurso litúrgico, por meio do qual a Igreja nos introduz no mistério da redenção operada por Deus o Pai a nosso favor por meio de Jesus Cristo. Essa obra de redenção não se conclui com a vinda do Espírito Santo. Ela continua na vida da Igreja e se prolonga nos séculos, pois Jesus continua vivo e operante entre nós, como ele mesmo prometeu ficar entre nós até a consumação dos séculos (Cf. Mt 28,20).

Esse seu estar em meio a nós se concretiza de modo especial em cada celebração eucarística em que ele está sempre presente. “Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – ‘O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz’ – quer, sobretudo, sob as espécies eucarísticas. Está presente com o seu dinamismo nos Sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: ‘Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles’” (Mt 18,20) (SC, n.7).

Essa presença constante celebraremos de modo explicito e festivo na próxima quinta-feira com a Solenidade de Corpus Christi, fazendo memória do grande dom da Eucaristia que nos foi dado para a vida do mundo.

O calendário litúrgico prevê que o domingo que segue a Solenidade de Pentecostes ceda lugar a Solenidade da Santíssima Trindade. A liturgia dos Padres da Igreja sempre considerou a Trindade no contexto da completude da história da salvação e consequentemente a viu como uma realidade dinâmica em ato no momento celebrativo segundo o conhecidíssimo esquema da liturgia romana: “ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo”.

De fato toda a liturgia é obra da Santíssima Trindade (Cf. CIgC, n.1077-1109). Toda essa celebração é antes de tudo uma obra da Santíssima Trindade. Único Deus em três pessoas que acabou de nos falar quando abundantemente as leituras bíblicas nos foram proclamadas.

2. Recordando a Palavra

As três leituras de hoje descrevem uma espécie de itinerário da progressiva revelação do mistério do Deus uno e trino feita aos homens: na primeira leitura ele se revela como um “Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel”.

Esses adjetivos, ou atributos divinos, que são conhecidos, por conceitos, a todos os homens, alcançou um grau superlativo quando “na plenitude dos tempos” (Gl 4,4), “Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito, para que não morra todo aquele que nele crer, mas tenha a vida eterna”, nos testemunhou João em seu Evangelho.

A obra da revelação iniciada no âmbito da Primeira Aliança não se esgota, porém, num ato que poderia parecer um ponto final. O Deus que tira os véus que envolvem o seu mistério se faz um Deus peregrino com o seu povo que não tem vergonha de invocar a Sua presença, porque não pode se esconder em argumentos e subterfúgios.

Ele se revela um Deus que “caminha conosco”, “embora sejamos um povo de cabeça dura”. Ele se revela um Deus não vingativo, como os deuses dos pagãos, mas um Deus que “perdoa nossas culpas e nossos pecados”. Ele se revela um Deus que “acolhe-nos como propriedade sua”. Ele se revela um Deus que permanece sempre conosco: “vivei em paz, e o Deus da paz estará sempre convosco”, nos lembrou São Paulo.

A plenitude da revelação é a salvação: “Deus não enviou o seu Filho para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”, ou seja, o mistério da Trindade que se revelou a nós é um “mistério de amor”. A simples invocação do seu nome santifica (sobre as oferendas), isto é, santifica, torna saudável o homem.

3. Atualizando a Palavra

Se as coisas estão assim desveladas, poderíamos nos perguntar por que falamos ainda de um “mistério da Santíssima Trindade”? Mistério, em primeiro lugar, no universo bíblico/patrístico, não significa alguma coisa de sombrio e obscuro, diante da qual os homens se colocam com a sua “aguçada e perspicaz inteligência” para desvendar, esclarecer e publicar, como um crime ou uma situação incógnita, como se vê no mundo fictício das aventuras de Sherlock Holmes. Mistério é alguma coisa tão grande e ao mesmo tempo tão simples que provoca tamanha admiração, que diante dela os homens se colocam em espírito de admiração.

Assim é, por exemplo, o mistério da Encarnação; o que dizemos quando nos encontramos na gruta de Belém e vemos o “Deus de Deus, luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai “ deitado fragilmente sobre as palhas de uma manjedoura? Para o mistério não se busca explicação, do mistério se tira e se colhe uma lição.

O mistério, digno de admiração, que celebramos hoje é esse: “Deus é uno e trino porque é amor”, uma verdadeira escola de belas relações. Deus é amor em si mesmo e para que haja amor é preciso haver um amante e um amado. Caso contrário o que existe é somente um “sentimento doentio” que se poderia chamar de egocentrismo.

A Palavra de Deus nos ensina e a fé católica corrobora que Deus é amor em si mesmo desde sempre porque tem em si mesmo um Filho, o Verbo, ao qual ama com um amor infinito. Esse amor infinito é o Espírito Santo. “Lá onde Deus é concebido como potência ou poder absoluto, não tem necessidade de mais pessoas, porque a potência pode ser exercida muito bem por um só” (R. Cantalamessa. Dal vangelo vita. PIEMME, Milano, 2012, p.64).

Entre nós cristãos, Deus é concebido como amor, isso faz dele uno e único e ao mesmo tempo trino, múltiplo, porque todo amor implica relação. Assim poderemos pensar a Trindade como comum-unidade.

Contemplar a Trindade sob este prisma pode e deve provocar um profundo impacto transformador nas nossas vidas. A Trindade-amor se apresenta a nós como um “lugar” de “sadias relações”, não porque as pessoas da Trindade se relacionam entre si, mas porque elas são relações.

Nós humanos temos relações com pais, filhos, amigos, cônjuges, mas essas relações não nos definem, pois continuamos a existir mesmo fora dessas relações. Em Deus, ao contrário, as pessoas só existem em relação: o Pai é Pai em relação ao Filho, que é Filho em relação ao Pai, e ambos são o que são em relação ao Espírito Santo, que é o que é em relação aos dois primeiros.

A lição que colhemos da contemplação do mistério da Santíssima Trindade é o da beleza da relação e o que faz uma relação ser livre e gratificante é o amor nas suas mais variadas expressões. Eis aqui a importância de vivenciar Deus como amor e não como poder: o amor doa e liberta, o poder toma para si e domina.

O que destrói uma relação, de qualquer nível, é o querer exercer o domínio sobre o outro, o espírito de possessão, de instrumentalização. O que faz frutificar uma relação é a acolhida gratuita, a doação sem cobrança.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A coleta da missa de hoje é rica de significativa referência à dimensão histórico-salvífica da Trindade – “Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade, revelastes o vosso inefável mistério de amor” – e nos coloca em atitude de ação de graças.

Daqui a pouco nos voltaremos todos para uma sequência ritual que expressa a nossa inenarrável gratidão a Deus Trindade pelo imenso amor dispensado a nós: ofereceremos em ação de graças aquilo que temos de mais precioso: o próprio Filho de Deus transubstanciado, ou escondido, nas espécies do pão e do vinho santificados.

Essa participação nossa a esse banquete sagrado é para nós um mergulho na dimensão da relação trinitária, ou seja, ele nos conformará a “Cristo” que, pela sua encarnação, se transformou em nós, e dessa forma passaremos de estranhos a concidadãos daquela pátria que é a Trindade (Beata Elizabete da Trindade).

Esse estar na Trindade fará da nossa comunidade, santificada pelas águas lustrais do batismo, um lugar de manifestação do amor de Deus para com a humanidade. Essa Eucaristia nos faz todos missionários da Trindade.

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