Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O que é “ser Igreja”?                                                                                                       Escrito II

Esta é uma daquelas perguntas, cuja resposta, num primeiro momento, dá-se por óbvia. Mas, será que realmente sabemos o que é “ser Igreja”? Para levar adiante esta reflexão, quero falar de algo importante para entender de fato o que é ser Igreja.

Ser Presença

Ouve-se pouco falar do assunto “presença”. Fala-se de quem estava presente neste ou naquele ato, ou de quem não pode estar; anunciam-se presenças ilustres em determinados eventos para motivar outras presenças e maior participação; criticam-se convidados de honra que não marcam presença e não justificam o motivo da ausência; criam-se contágios festivos com presenças animadoras; lamenta-se quando aparecem presenças indesejadas etc... Presença e ausência é questão de convivência e muito mais.

Como tantos temas, a categoria presença é uma realidade que vale a pena ser tratada e refletida no sentido de ser Igreja e uma Igreja que caminha para a construção do Reino de Deus.
Às vezes se vai vivendo e convivendo e uma certa rotina nos invade. Isto pode tirar a relevância de questões muito importantes e assim vão passando para a sombra do nosso cotidiano.
Que diferença existe entre “ser presença” e “estar presente”?
Em verdade, eu posso estar presente sem ser presença. Isto se dá quando predomina a formalidade, a conveniência e não há laços, nem compromissos de vida e comprometimento com a comunidade e envolvimento, apenas me faço presente e usufruo do que me é oferecido. Chego e saio, participo e me ausento sem deixar marcas mais profundas e significativas, nem ao momento e nem às pessoas, pois não me sinto envolvido.

Posso estar presente por interesses pessoais e quando alcancei o objetivo serei um ilustre ausente. Um exemplo desta mesquinha realidade acontece em tempos de campanha política. São efusivos e abundantes os abraços, beijos e gestos de proximidade; prometem-se compromissos de imediata generosidade; chora-se em enterros; aplaudem-se momentos festivos e aqui o “estar presente” continua sendo uma encenação de oportunismos.

Não é estranho o “estar presente” de quem chega para agradar o companheiro ou a companheira com quem vai andando. A ocasião pode despertar um vínculo, mas pode se tornar uma simples passagem insignificante para quem convidou ou necessita do conforto e da ajuda.
Felizmente pode-se “estar presente” como decorrência do “ser presença”. Neste caso há vínculos de amizade e comprometimentos cultivados e comprovados de longo tempo e de sincera convivência.

Quando se é presença, se está presente com o todo de nosso ser e não só empenho uma função, ou estou em uma escala, visto uma opa, dou uma catequese, assisto missa nem participo, pois somente sou cumprido de rito e faço somente o que me convêm, enquanto não me desinstala. Nem nas horas de alegria precisamos dar muitos gritos e nem nas horas de tristeza precisamos dizer muitas palavras. A presença já aumenta o contágio da festa e confirma a solidariedade na dor.
Quando se é presença na vida das pessoas, ao chegar a hora da festa, o abraço e o sorriso aumentam a graça dos festejados. Quando se é presença na vida, na hora do sofrimento, do luto e da dor o silêncio da sintonia já transmite a grande mensagem da solidariedade. Geralmente, quando se é presença na família, na comunidade e nos ambientes de trabalho, não precisamos de muita explicação e de muitas palavras. A presença amorosa e comprometida já fala por si.
Quem sabe ser presença na vida das pessoas, e da comunidade jamais cairá no esquecimento.
A pessoa é presença quando sempre se pode contar com ela: na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença. Como faz bem ouvir de alguém: “Conte sempre comigo!”
Quando falamos de serviço, de missão e de testemunho, na vida de uma comunidade cristã católica lembramos de qual sacramento?

Do sacramento da Confirmação é claro, ou como costumamos dizer, da Crisma. Desde modo, o mistério da Confirmação nos faz ser presença e não somente estar presente. Pois assinalados na Confirmação com o Dom do Espírito, somos mais perfeitamente configurados ao Senhor e repletos do Espírito Santo, para levar o Corpo de Cristo, isto é, a Igreja, o quanto antes à plenitude, dando testemunho de Cristo no mundo.

A propósito disso, vale recordar o ensinamento do Concílio Vaticano II: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária” (Ad Gentes 2). Na Igreja a unidade sustenta a comunidade.
Juntos peregrinamos em direção à Jerusalém Celeste, e nesse peregrinar, em mutirão vamos construindo a Nova Terra, o Reino de Deus, que também é nosso. Reino de paz e de justiça, onde “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor” (Ap 21,4).
Deste Reino, a Assembleia Eucarística é antecipação e prelúdio, pois comendo e bebendo ao redor da mesma mesa, recebemos a vida eterna e exprimimos a unidade do povo de Deus (Ritual da Iniciação Cristã de Adultos 2).

O Mistério da Igreja é bem maior que isso. Ele nos envolve e nos ultrapassa. Eu apenas sinalizei o caminho. Cabe a você levar adiante essa reflexão. Se estiver atento, vai descobrir novos caminhos para continuá-la. Aqui vai outro segredo: o desafio não é apenas saber “o que é ser Igreja”, mas viver como Igreja, sendo no mundo o bom perfume de Cristo (2Cor 2,15).
Tudo na simplicidade sendo presença e não peso morto somente presente.

1) Como eu posso me avaliar : Presente! Presença! Peso morto! Ocupo espaço!

2) É bom lembrar a parábola de Jesus e a figueira estéril: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela, e não o achou. Disse então ao viticultor: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; para que ocupa ela ainda a terra inutilmente? Respondeu-lhe ele: Senhor deixa-a este ano ainda, até que eu cave em derredor, e lhe deite estrume; e se no futuro der fruto, bem; mas, se não, cortá-la-ás.” (Lucas 13,6-9)

3) Outro texto : “E ao outro dia, como saíssem de Betânia, teve fome. E tendo visto ao longe uma figueira, foi lá a ver se acharia nela alguma coisa; e quando chegou a ela, nada achou, senão folhas, porque não era tempo de figos. E falando-lhe disse: Nunca jamais coma alguém fruto de ti para sempre; o que os discípulos ouviram. E no outro dia pela manhã, ao passarem pela figueira, viram que ela estava seca até as raízes”. (Marcos, 11, 12-14) A)A figueira seca é o símbolo das pessoas que apenas aparentam o bem, mas na realidade nada produzem de bom. B) também o símbolo de todas as pessoas que podem ser úteis e não o são; de todas as utopias, de todos os sistemas vazios, de todas as doutrinas sem bases sólidas.
O que falta, na maioria das vezes, é a verdadeira fé, a fé realmente fecunda, a fé que comove as fibras do coração, em uma palavra, a fé com obras, pois sem obras é vã. Como posso avaliar minha fé? Comprometida? De fachada? Só de estar presente?

Para Refletir: Que árvores estamos sendo? Árvores frondosas, mas sem frutos, e é por isso que Jesus as condena a esterilidade, pois dia virá em que ficarão secas até à raiz. Isso quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que não produziram nenhum bem para a humanidade, a sociedade e a comunidade, serão reduzidas a nada; e que todos os homens voluntariamente inúteis, que não se utilizaram os recursos de que estavam dotados, serão tratados como a figueira seca.

Pe. Emílio Carlos Mancini +

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