Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016



3º DOMINGO DA QUARESMA - C




“Da conversão brota vida nova, a salvação”


Leituras: 
Êxodo 3, 1-8a.13-15; 
Salmo 102 (103); 
Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 10, 1-6.10-12; 
Lucas 13 1-9.

COR LITÚRGICA: ROXA

 A Quaresma nos apresenta a oportunidade de revalorizar o Sacramento da Reconciliação, pois somos pecadores e, por isso, necessitamos da misericórdia do Senhor. Ele se apresenta como simples agricultor para trabalhar a terra de nosso coração, regar-nos e adubar-nos com o seu Espírito. Antes mesmo que Jesus fizesse a plena revelação do Deus Amor e Misericordioso, os profetas já anunciavam aspectos importantes da caridade e da justiça, fundamentos do Reino de Deus. O bem comum, desejado por Deus, é o grande objetivo das Sagradas Escrituras. Da adesão ao projeto do Reino de Deus e, portanto, o compromisso com a construção do bem comum é que depende a salvação individual. “Casa comum, nossa responsabilidade” (CF – 2016).

1. Situando-nos

Somos peregrinos com Jesus rumo à Páscoa. Eis que chegamos ao terceiro domingo da Quaresma. Jesus intensifica o convite à conversão.

Após termos celebrado os domingos das “tentações” e “da transfiguração” de Jesus, a liturgia da Palavra ressalta a urgência da conversão pela renovação batismal. A conversão se traduz na adesão ao projeto libertador de Deus.

Hoje somos colocados diante do Deus imensamente solidário conosco, do Deus que deseja vida digna para todos e não a morte; do Deus misericordioso e paciente que, nesta Quaresma, de novo nos “dá um tempo” para nos convertermos ao Reino que Jesus veio inaugurar. “Permanecer no caminho do mal é fonte apenas de ilusão e tristeza. A verdadeira vida é outra coisa. Deus não se cansa de estender a mão. Está sempre disposto a ouvir. Basta acolher o convite à conversão e submeter-se à sua justiça” (MV, n.21).

A Quaresma é o tempo da paciência de Deus, é o tempo que Ele nos dá para que possamos produzir os frutos da justiça e da fraternidade. “Assumir a responsabilidade com a Casa Comum exige uma profunda mudança no estilo de vida e nos valores que orientam nossa ação” (CONIC. Campanha da Fraternidade 2016: Texto Base. Brasília. Edições CNBB, 2015. Arte do Cartaz, p. 13).

2. Recordando a Palavra

Jesus continua sua “viagem” para Jerusalém (cf. Lc 9,51-19,28). Ele percorre o caminho rodeado por seus discípulos. Acabava de lhes falar sobre o discernimento dos sinais que manifestam a vontade de Deus. Sinais do cotidiano que explicitam o projeto salvífico do Pai. Falando à multidão e, em particular, aos discípulos, enfatiza, em duas partes distintas, a urgência da conversão.

Na primeira parte (cf. Lc 13, 1-5), Jesus refere-se aos dois fatos da repressão a um grupo de galileus enquanto se preparavam para sacrificar suas vítimas e da queda de uma torre perto da piscina de Siloé. Os que relatam a Jesus as duas tragédias desejam ouvir sua opinião e provocar d’Ele uma posição. O Mestre sai pela tangente.

Desconstrói a crença popular de que as desgraças sejam uma forma de punição divina e que Deus poderia impedir tais tragédias, mas prefere permanecer surdo e mudo aos gritos dos sofredores”. Rechaça a doutrina da retribuição que vincula a desgraça ao pecado cometido. Para o Mestre, diante de Deus, todos necessitam mudar de vida. Deus não é vingador. Ele oferece uma nova oportunidade: “se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (v.3.5).

A única maneira para escapar à ruína, é a conversão. Na segunda parte (Lc 13, 6-9), temos a parábola da figueira. A imagem da figueira era familiar aos ouvintes. Deus é o proprietário da figueira. Ela é a imagem do povo de Israel. Durante três anos de ministério, Jesus procurou frutos de arrependimento e de conversão. E nada!

Na Palavra de Jesus, a caminho de Jerusalém, a todos é oferecida uma nova chance de mudança de vida. Ele espera, portanto, que os que o acompanham dêem frutos, isto é, aceitem converter-se à Boa Nova que lhes anuncia. É a paciência de Deus! Apesar do tom ameaçador, há esperança. Jesus confia em que a resposta à Boa Nova seja positiva (Evangelho).

Moisés é convidado para ser o líder do povo, o rosto visível da ação libertadora que o Senhor realizará em favor de Israel oprimido. Moisés tinha fugido do Egito e se abrigado no deserto do Sinai após assassinar, indignado, um egípcio que maltratava um hebreu. É acolhido por uma tribo de beduínos. Casa-se e refaz sua vida numa experiência de tranquilidade.

É precisamente nesse Oasis de paz que o Senhor se revela, inquieta e escolhe Moisés para uma nova missão no Egito. O chamado de Moisés ressalta a compaixão do Deus dos pais Abraão, Isaac e Jacó, o Deus da aliança com os patriarcas (v.6). Um Deus atento e sensível com a realidade do povo. Sensibilidade que se revela nos verbos, ver, ouvir, conhecer (v.7). “Desci para libertá-los das mãos dos egípcios” (v.8).

Na segunda parte (v.13-15), ante às indagações de Moisés, Deus se revela: “Eu Sou aquele que sou”. Uma espécie de “sinal” que confirma que Moisés foi convidado por Deus e enviado por Ele em missão. Nome que acentua a presença contínua de Deus na vida do seu povo. Uma presença viva, ativa e dinâmica, no presente e no futuro, como libertação e salvação (primeira leitura).

Diante de tudo isto, não resta ao salmista que louvar o Senhor, porque é um Deus que ouve o grito dos fracos e sofredores: “O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo” (Sl103/102). É um salmo que expressa a misericórdia de Deus para com o seu povo.

Paulo lembra que os israelitas foram conduzidos por Deus (a nuvem), passaram pelas águas libertadoras do Mar Vermelho, alimentaram-se do Maná e da água que jorrou da rocha. Para o apóstolo, este rochedo é o símbolo de Cristo já presente na caminhada do êxodo do antigo povo. Apesar de todos estes sinais, a maior parte dos israelitas não foi fiel a Deus e acabou morrendo no deserto.

Isto nos faz compreender que, apesar da importância de nossa participação nas ações rituais, o que conta é a adesão sincera à vontade de Deus. Paulo recorda o fundamental na vivência da fé: levar uma vida coerente e viver no amor de Deus. Quem assim viver contará com a compaixão de Deus (segunda leitura).

3. Atualizando a Palavra

A Quaresma é um tempo para avaliarmos a qualidade de nossas respostas aos projetos da vontade de Deus. Será que elas correspondem à expectativa de quem confiou em nós? Pode ocorrer que os frutos não estejam à altura do esperado.

Quem planta e cultiva determinada árvore frutífera, é natural que almeje colher bons frutos. “Foi lá procurar figos e não encontrou. Então disse ao agricultor: “já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro”. Desilusão! A paciência parece estar se esgotando. O impulso humano é dar um basta: “corta-a”.

Apesar de nossas infidelidades, Deus não age assim. Mesmo que sua paciência esteja no limite, “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão” (Sl 144/145). “A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa” (MV, n.3).

Cristo, por sua vez, intercede constantemente por nós junto do Pai, dilatando e ampliando sua paciência. O amor misericordioso torna possível o êxito dos projetos de Deus. Converter-se a Deus é voltar-se para Deus, é caminhar rumo a Ele (Cf. PRONZATO A., OP. CIT., P.65).

A urgência da conversão quaresmal não se apresenta aqui como uma ameaça, mas como um convite libertador que suscita alegria, pois nos libertamos de algo que impede de crescermos como pessoas fiéis. O apelo à conversão requer mudança (metanoiá) de nossa maneira de pensar, para assimilarmos os critérios de Jesus seu estilo de vida.

A conversão, como êxodo, é uma atitude do coração que exige manifestação externa no cotidiano pela dedicação às obras de caridade, à promoção da fraternidade e o cuidado com a Casa Comum. “A conversão do coração a que nos urge a Quaresma, deve ser reconhecida pelos frutos” (CABALLERO b. Nas fontes da Palavra, leitura, meditação e anúncio – Ano C. Aparecida. Editora Santuário, 1991, p.74), ou seja, como sugere a Misericordiae Vultus, por meio das “obras de misericórdia corporal e espiritual”.

O chamado à conversão, que nos transforma em novas criaturas, começa pela fé e no batismo, exige esforço contínuo, para que, renunciando a nós mesmos, assimilemos a vontade de Deus, estabelecendo novos relacionamentos com as pessoas e com o mundo que nos cerca. A conversão apoia-se no crescimento da fé e nas relações pautadas pela Boa-Nova do Reino.

No caminho da conversão, iluminados pela “sarça ardente”, percebemos sempre que algo poderia ser melhor, no que fazemos e somos, mesmo em nossas ações e atitudes dignas de aplausos, descobrimos resquícios de egoísmo e falta de amor. Mais do que nos penalizar, estas descobertas nos alegram. Pois na confissão da nossa fraqueza e a humilhação pela consciência de nossas faltas, somos reconfortados pela misericórdia de Deus.

Contudo, não abusemos da paciência de Deus, não tomemos como desculpa a sua misericórdia para retardar nossa conversão. A paciência de Deus não é uma atitude passiva, mas uma solicitude para que o homem viva. Deus crê no homem, crê que ele pode mudar a sua conduta passada, para se voltar para aquele de quem se afastou (Cf. Ano C. Homilia 3º Domingo da Quaresma).

Conversão é convite à vida. Mais do que anúncio de ameaças, é proclamação de uma boa nova, Jesus apela à conversão, anunciando a proximidade do Pai amoroso e misericordioso (Cf. GRÜN, Anselm. Penitência, celebração da reconciliação. São Paulo, Edições Loyola, 2007, p. 58-60)

A Quaresma é uma nova oportunidade que Deus nos dá. Ele se apresenta como o simples agricultor para trabalhar a terra de nosso coração, regar-nos com seu Espírito e sua Palavra.
Deixemos que ressoem no nosso interior as palavras do Papa Francisco numa missa em Santa Marta: Que a misericórdia de Deus nos faça mais misericordiosos com os outros. Junto com o Papa Francisco peçamos também a Maria que nos acompanhe neste tempo de conversão.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

Na celebração Eucarística, memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sempre de novo, Deus Pai, rico em misericórdia, manifesta a sua bondade, reconciliando-nos consigo em Cristo. Reconhecendo a ação de Deus na história, como Igreja, proclamamos: “vós, Deus de ternura e de bondade, nunca vos cansais de perdoar. Ofereceis vosso perdão a todos convidando os pecadores a entregar-se confiantes à vossa misericórdia” (Oração Eucarística sobre Reconciliação II).

Mesmo que nós quebremos a comunhão e não produzamos os frutos almejados, nos seus planos, Deus não nos rejeita para sempre. Ele nos socorre e convida a que “nos entreguemos confiantes à sua misericórdia”. Com braço forte, por meio de Moisés, Deus conduziu Israel pelo deserto à Terra Prometida; hoje, na sua misericórdia, em Jesus Cristo, nos acompanha pelos caminhos da história, iluminando-nos para que sempre reconheçamos “os sinais dos tempos”.

Participando da paixão de Cristo pela Celebração Eucarística, e convertendo-nos cada vez mais ao Evangelho de Cristo pela prática das obras de caridade e misericórdia, nos tornamos no mundo um sinal da conversão a Deus (cf. Ritual da Penitência, Introdução, 4).

Em nome da assembleia, o presidente da celebração suplica: “Nós vos pedimos, ó Deus, que a comunhão no vosso sacramento nos purifique dos pecados e nos conduza à unidade” (Oração da Comunhão da segunda-feira da terceira semana da Quaresma).

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