Idolatrias do nosso tempo nos tornam cristãos medíocres -
SEPARAR
“Nós nos separamos
quando não somos dóceis à Palavra do Senhor, quando não vivemos a fraternidade
entre nós, quando competimos para ocupar os primeiros lugares, quando não
encontramos a coragem de testemunhar a caridade, quando não somos capazes de
oferecer esperança”.
A Eucaristia nos permite não nos separarmos, pois é o
vínculo da comunhão, é o cumprimento da Aliança, sinal vivo do amor de Cristo
que se humilhou e aniquilou, para que permanecêssemos unidos.
“O Cristo presente em meio a nós, no sinal do pão e do
vinho, exige que a força do amor supere toda laceração e, ao mesmo tempo,
torne-se comunhão com o pobre, apoio para o fraco, atenção fraterna aos
cansados em carregar o peso da vida cotidiana”.
PADECER
“E o que significa hoje para nós “padecer-nos”, ou seja,
diminuir a nossa dignidade cristã? Significa deixarmo-nos atingir pelas
idolatrias do nosso tempo: o aparecer, o consumir, o eu no centro de tudo; mas também ser competitivos, a arrogância como
comportamento vencedor, o não dever nunca admitir ter errado ou ter
necessidades. Tudo isto nos abate, nos torna cristãos medíocres, mornos,
insípidos, pagãos”.
TRANSFORMAÇÃO
“Jesus derramou o seu sangue como preço e como batismo, para
que fôssemos purificados de todos os pecados. Se bebermos dessa fonte, o Sangue
de Cristo nos libertará dos nossos pecados e nos restituirá a nossa dignidade. Sem
nosso mérito, com sincera humildade, poderemos levar aos nossos irmãos o amor
de nosso Senhor e Salvador. Seremos os seus olhos que vão em busca de Zaqueu e
de Madalena; seremos a sua mão que socorre os doentes no corpo e no espírito;
seremos o seu coração que ama os necessitados de reconciliação e de
compreensão”.
ALIANÇA
“A Eucaristia atualiza a Aliança que nos santifica, nos
purifica e nos une em comunhão admirável com Deus. Sintamo-nos em comunhão com
tantos nossos irmãos e irmãs que não têm a liberdade de expressar a sua fé no
Senhor Jesus. Sintamo-nos unidos a eles: cantemos com eles, louvemos com eles,
adoremos com eles. E veneremos no nosso coração aqueles irmãos e irmãs aos
quais foi pedido o sacrifício da vida pela fidelidade a Cristo: o seu sangue,
unido ao do Senhor, seja penhor de paz e de reconciliação pelo mundo inteiro”.
(JE)
Fonte: Rádio Vaticano
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