A pureza é exigência do amor.
“A
pureza é exigência do amor. É a dimensão da sua verdade interior no «coração»
do homem”. (João Paulo II, AUDIÊNCIA GERAL- Quarta-feira, 3 de Dezembro de 1980)
Com
estas palavras de João Paulo II gostaria de chamar atenção para esta verdade se
queremos ver a Deus, se um dia nossos olhos quiserem responder ao anseio de
nossas almas que reza como o salmista: “ Minha alma tem sede de Deus, do Deus
vivo; quando irei contemplar a face de Deus?
Minhas
lágrimas se converteram em alimento dia e noite, enquanto me repetem sem
cessar: Teu Deus, onde está? ( Sl 41, 3-4)
E
é a mesma palavra de Deus que me responde na sua veracidade: “Felizes os puros
de coração, porque eles verão a Deus” (Mt.5,8).
Esta bem aventurança é considerada uma das
declarações mais surpreendentes do Senhor Jesus em todo o seu ensino. São de
fato palavras maravilhosas e de grande importância para os filhos de Deus.
Sabemos pelo contexto de Mateus cinco que esta sexta bem aventurança bem como
todas as outras foram exclusivamente dirigidas por Jesus aos seus discípulos.
Elas
se referem a todos os cristãos que fazem parte do reino de Deus. Todas elas
expressam duas coisas: 1- os diferentes, mas ligados aspectos do caráter dos
súditos do reino de Deus; 2- ligado ao caráter está a verdadeira e eterna
felicidade destes súditos. Com relação a sexta bem aventurança, os cristãos são
aqueles que têm o caráter espiritual da pureza de coração e são verdadeiramente
felizes porque somente eles verão a Deus.
Certamente
ao ter se deparado com esta bem aventurança, deve ter surgido algumas perguntas
na sua mente: “Do que realmente Jesus está falando aqui? O que significa para
mim como cristão ser puro de coração? Será que eu posso ver a Deus? Jesus
afirma que sim. Então, em que sentido verei a Deus?” Em primeiro lugar vamos
atentar para o caráter da pureza de coração que o Senhor Jesus requer dos seus
discípulos. Depois trataremos da felicidade dos puros de coração que é ver a
Deus.
O Caráter dos puros de coração
Para
entender o que significa ser puro de coração precisamos atentar para o
significado das duas palavras que Jesus usou na sexta bem aventurança: o
adjetivo “puros” e o substantivo “coração”.
Comecemos com o termo coração. O que a Bíblia ensina sobre a palavra “coração”? O
que a palavra coração significa no contexto da sexta bem aventurança?
Fisiologicamente, sabemos que o coração é um órgão físico de vital importância
no nosso organismo, pois ele tem a função de bombear o sangue do nosso corpo a
fim de nos manter vivos. Se ele parar, todo nosso organismo pára e nós
morremos. Para a Bíblia o significado do termo coração é ainda mais amplo. A
Bíblia emprega o termo coração em dois sentidos: 1- sentido literal: órgão
físico e natural do corpo humano (Sl. 37,11 ); 2- sentido figurado ou
espiritual: neste sentido, o coração representa o centro da personalidade
humana, ou seja, representa a pessoa interior apontando para a sede dos
pensamentos, sentimentos, motivos, propósitos e atitudes do próprio homem. Em
Provérbios 4,23 lemos o seguinte: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Os versículos seguintes falam
de palavras (24), pensamentos (25) e atos (26,27). O coração, portanto, é a fonte
interior do homem de onde fluem sentimentos, pensamentos, desejos, motivos e
ações. É nesse sentido espiritual que Jesus usa o termo coração na sexta bem
aventurança. Quando ele fala dos puros de coração, ele está se referindo
àqueles que têm um interior puro, isto é, àqueles que têm pensamentos,
sentimentos, desejos, motivos e atitudes puras.
Agora observe o adjetivo “puros”. Tal termo é utilizado na Bíblia em três sentidos: 1-
físico ou higiênico: no sentido de limpar com água alguém ou alguma coisa de
sua sujeira (ex: lavar os pés); 2- cerimonial: caracterizado por rituais de
purificação externa. Deus exigiu esse tipo de purificação do seu povo no AT,
especialmente dos sacerdotes; esse tipo de pureza foi muito enfatizado pelos
fariseus da época de Jesus; 3- espiritual ou moral: pureza ética caracterizada
por um comportamento puro que é manifesto por meio de pensamentos, motivos e
atitudes puras e sinceras no relacionamento com Deus e com o próximo. Jesus
enfatiza esse tipo de pureza na sexta bem aventurança.
A
pureza de coração não é uma qualidade natural do homem, mas é resultado da obra
graciosa de Deus na vida do cristão. A verdade é que todos nós nascemos com um
problema sério de coração. Não estou me referindo a nenhum tipo de doença
fisico-cardiológica, mas ao sério problema do pecado que herdamos de nossos
primeiros pais Adão e Eva. Nascemos com um coração corrompido; nossos
pensamentos, sentimentos, desejos e motivos são inclinados para o mal.
O
profeta Jeremias afirmou o seguinte: “Nada mais ardiloso e irremediavelmente
mau que o coração. Quem o poderá compreender?” (Jr.17,9). E o Nosso Senhor foi
mais específico ainda quando disse: “Porque é do interior do coração dos homens
que procedem os maus pensamentos: devassidões, roubos, assassinatos, adultérios,
cobiças, perversidades, fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e
insensatez.
Todos
estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem. (Mc. 7,21-23).
Todos
somos impuros por natureza. De nós mesmos não podemos nos tornar puros. Somente
Deus pode nos purificar de nossa imundícia espiritual. Davi reconheceu isso
quando fez a seguinte oração a Deus: “Cria em mim, ó Deus um coração puro…”
(Sl. 50,12) E Deus purifica o nosso coração por sua graça mediante a obra de
Cristo e do Espírito Santo. O sangue de Jesus derramado na cruz nos purifica de
todo pecado (I Jo. 1,7). O Espírito de Deus nos dá um coração novo e puro a fim
de vivermos não mais mergulhados na impureza em que nascemos, mas sim em pureza
e novidade de vida diante de Deus e do próximo. Não quer dizer que já somos
totalmente puros e perfeitos e que não podemos mais pecar nesta vida; por outro
lado, o Espírito que em nós habita nos dá o sincero desejo e alegria de viver
já agora em santificação e pureza para a glória de Deus.
O
Espírito nos capacita a sermos puros e, ao mesmo tempo a Bíblia ensina acerca
da nossa responsabilidade de purificar o nosso coração de todo pecado (Tg. 4,8;
II Cor. 7,1). O Senhor Jesus nos dá condições de sermos puros de coração e, por
isso, ele requer de nós que sejamos puros de coração.
A
pureza de coração exigida por Jesus para seus discípulos é incompatível com a
pureza meramente externa. Ao longo do seu ensino, Jesus se opôs diretamente ao
ensino e estilo de vida de um grupo judaico religioso de sua época: os
fariseus. Os fariseus procuravam ter um grande zelo pela lei de Deus. O
problema é que eles entendiam e aplicavam esta lei de forma errada na vida
deles e na vida do povo. Com relação à pureza, eles supervalorizavam seu
aspecto externo atentando para os ritos e cerimônias de purificação. A pureza
para eles era algo meramente externo. O que importava para eles era a aparência
de santidade e não a santidade íntima que flui de um coração puro. Ao valorizar
a pureza exterior, os fariseus afirmavam que aquilo que vinha de fora era o que
contaminava o homem (Mt. 15,11.16-17). Por isso eles lavavam copos e pratos
para fazerem suas refeições, não se juntavam com publicanos e gentios para não
se contaminarem com eles e chegaram até a criticar Jesus e seus discípulos por
comerem sem lavar as mãos. Jesus foi de
encontro a este falso ensino dos fariseus ao afirmar que aquilo que sai de
dentro do homem, do seu coração impuro é o que contamina (Mt. 15,18). Também
Jesus os repreendeu duramente por causa de sua hipocrisia dizendo-lhes: “Ai de
vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por
dentro estais cheios de roubo e de intemperança.
Fariseu
cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está
fora fique limpo.
Ai
de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados:
por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e
de toda espécie de podridão.
Assim
também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro
estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. (Mt. 23,25-28). Eles se mostravam puros por
fora, mas o problema é que dentro do coração deles havia maldade e hipocrisia.
Ao repreender os fariseus, Jesus chama nossa atenção para não enveredarmos no
caminho errado deles.
Jesus
não quer que seus discípulos demonstrem uma pureza meramente externa; ele
requer pureza de coração, um interior puro; ele requer que nós sejamos
destituídos de toda hipocrisia e aparência de santidade exterior e, que vivamos
em sinceridade e integridade de vida em nosso relacionamento com Deus e com o
próximo. Ele quer que tenhamos pensamentos, desejos e motivos puros e que isso
se evidencie com coerência em palavras e atos puros na nossa vida com Deus e com
o próximo.
A
pureza de coração que Jesus requer de nós se evidencia no nosso relacionamento
de amor com Deus. Expressar o nosso amor por Deus através da pureza de coração
significa manter um relacionamento sincero e íntegro para com ele. Podemos
manifestar a pureza de coração para com Deus em nossa vida de adoração e
obediência a ele. Com que atitude devemos nos aproximar de Deus a fim de
adorá-lo no culto? Com um coração puro e sincero, destituído de hipocrisia e
falsidade. Tiago nos exorta a aproximar-se de Deus com mãos limpas e corações
puros (Tg. 4,8). Esta mesma verdade é expressa pelo salmista no Salmo 23: “Quem
poderá subir ao monte do SENHOR”? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar? Aquele
que tem mãos limpas e coração puro, que não se entrega a falsidade e jura
dolosamente. (Sl. 23,3-4). O nosso Deus que é Santo requer adoração sincera da
parte do seu povo. Por outro lado ele abomina toda manifestação de culto
hipócrita para com ele. Ele condenou seu próprio povo no AT bem como os judeus
da época de Jesus por sua hipocrisia na adoração: “Este povo honra-me com os
lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Is. 29,13; Mt. 15,8).
Onde
está o seu coração na sua adoração a Deus? O que leva você a adorar a Deus
junto com seu povo? Qual é a motivação e o desejo do seu coração na sua
adoração a Deus? Você vem às celebrações porque ama a Deus ou para marcar
presença e não ter problemas com os presbíteros? Você dá as suas ofertas a Deus
com gratidão e alegria ou com tristeza ou por obrigação? O SENHOR conhece muito
bem as intenções do nosso coração. Podemos enganar as pessoas e a nós mesmos
quando somos hipócritas, mas não a Deus. Ele aborrece os hipócritas. Por outro
lado, ele se agrada dos seus filhos que são puros de coração para com ele, que
o amam com sinceridade. Que nós invoquemos o Nome do Nosso Deus com corações
puros motivados por um amor sincero para com ele e não por motivos
errados.
Além
da adoração sincera, nossa intenção em obedecer a Deus deve ser sincera.
Aqueles que são puros de coração guardam os mandamentos de Deus não com a
intenção de receber algum benefício da parte de Deus nem com a intenção de
mostrar que é mais santo do que os outros como faziam os fariseus. Pelo
contrário, eles obedecem a Deus simplesmente porque o amam e querem expressar
sua gratidão.
Nosso
relacionamento de amor com Deus além de sincero, deve ser íntegro. Os puros de
coração são aqueles que têm um coração íntegro. Ter um coração íntegro é ter um
coração inteiramente voltado para Deus. Significa que Deus deve estar no centro
não só da nossa adoração, mas da nossa vida toda. Não existe pureza num coração
que ainda está dividido entre as coisas de Deus e as coisas do mundo. Jesus nos
ensinou que é impossível servir a dois senhores (Mt. 6,24) e também que nós
devemos amar o Nosso Deus de todo o nosso coração (Mt. 22,37). Você ama a Deus
de todo o coração? Ocupa ele o primeiro lugar na sua vida? Examine seu próprio
coração. Se existe algo que está te impedindo de amar a Deus com coração
íntegro, você deve, com a graça de Deus, deixar esta coisa e se dedicar
totalmente a Deus com amor. Purifique seu coração e sirva com amor o Seu Deus.
A
pureza de coração se evidencia no nosso relacionamento de amor com o nosso
próximo. Nosso relacionamento com o próximo deve ser marcado pela sinceridade e
honestidade. Nossos pensamentos, motivos, palavras e atos com relação ao nosso
próximo devem ser puros, sem hipocrisia ou falsidade. Aquele que ama seu irmão
terá pensamentos puros com relação a ele. Ele não possuirá pensamentos cobiçosos,
invejosos ou odiosos para com seu próximo. Aquele que ama seu irmão proferirá
palavras puras em relação a ele, palavras úteis para a sua edificação
espiritual (Ef. 4,25.29). Também nossos motivos e atos serão puros se de fato
amamos o nosso próximo.
A
pureza de coração deve se fazer presente em todas as esferas do nosso
relacionamento social (igreja, família, sociedade). Na igreja temos de nos
relacionar com nossos irmãos com toda pureza. Os irmãos que são puros de
coração viverão em união e amor uns com os outros. Nosso relacionamento
familiar também deve ser marcado pela pureza de coração. Os filhos que são
puros de coração demonstram amor por seus pais obedecendo-lhes no Senhor. Os
pais que são puros de coração educarão seus filhos nos caminhos do Senhor. O
marido que é puro de coração viverá em fidelidade e amará sua esposa assim como
Cristo amou a igreja e se entregou por ela. A esposa que é pura de coração será
fiel ao seu marido e se submeterá a ele como seu cabeça. Os empregados são
puros de coração quando fazem seu trabalho com honestidade e sinceridade de
coração. Os senhores são puros de coração quando tratam bem e com amor seus
empregados.
Para
viver a vida cristã da maneira que Deus quer, em toda pureza e santidade, é
necessário que olhemos para Cristo. Ele é o grande exemplo de pureza de
coração. Jesus foi puro e sincero em todos os seus atos, palavras e
pensamentos. Todo seu procedimento foi motivado por um amor verdadeiro e
sincero por Seu Pai e por nós pecadores. Ele não se mostrava puro na aparência
externa como os fariseus. Ao contrário dos fariseus, ele manteve contato direto
com publicanos e pecadores, leprosos e gentios. Ele não se contaminou com estas
pessoas, mas esteve no meio delas a fim de purificá-las de seus pecados e
torná-las pessoas puras. A pureza de Cristo não era baseada em rituais externos
de purificação, mas era pureza de caráter que fluía de um coração puro. Ele é
totalmente puro e destituído de toda malícia e hipocrisia, sem pecado algum. É
verdade que não podemos ser perfeitos assim como ele foi aqui nesta terra; no
entanto, pela graça do Espírito Santo, esforcemo-nos para andar assim como
Cristo andou, com um coração puro e cheio de amor por Deus e pelo próximo.
A Felicidade dos puros de coração
Aqueles
que são puros de coração e que almejam a pureza de vida aqui nesta terra em seu
relacionamento com Deus e com os homens são verdadeiramente felizes. Sua
felicidade consiste na maravilhosa promessa de Cristo de que somente eles verão
a Deus. Somente os puros de coração verão a Deus. Essa mesma verdade é ensinada
em outros textos da Bíblia (Sl. 14; Sl. 23 e Hb. 12,14). Esse último texto diz
que sem santificação (pureza) ninguém verá o Senhor; por outro lado, Sl 14 e 23
afirmam que aquele que vive em integridade e que tem mãos limpas e coração puro
viverá na presença de Deus.
Deus
é bom para os puros de coração e os abençoa com a graça de ver a Ele. Mas será
que nós podemos ver a Deus? Ele não é Santíssimo e nós pecadores? Deus não é
espírito e não habita em luz inacessível? Então, como podemos ver a Deus?
A verdade é que Jesus nos prometeu que veremos
a Deus. O que isso significa? Ver a Deus é uma realidade tanto presente quanto
futura na vida do cristão. Vemos a Deus agora, não literalmente, mas com os
olhos da fé. Não significa que vemos a sua Pessoa, mas vemos e provamos do seu
cuidado e da sua graça para conosco todos os dias. Vemos também a beleza da Sua
glória e majestade em toda a criação e providência. O mundo não percebe estas
coisas, mas nós sim, pois recebemos esta visão da bondade e da glória de Deus
dele próprio. Vemos uma ilustração desta verdade na vida de Jó. Ele, em meio à
sua angústia, afirmou com confiança: “Por detrás de minha pele, que envolverá
isso, na minha própria carne, verei Deus.
Eu
mesmo o contemplarei, meus olhos o verão, e não os olhos de outro; meus rins se
consomem dentro de mim”. ( Jó 19,26-27). E quando Deus manifestou o seu favor
para com Jó, ele disse: “… Agora meus olhos te vêem” (Jó 42,5). Ele viu o
cuidado e a bondade de Deus para com ele. Além disso, o povo de Israel no AT,
não viu a face de Deus, mas foi testemunha de sua presença gloriosa no meio
deles em seus atos de juízo e redenção. É neste sentido que vemos a Deus já
agora nesta vida.
Vemos
a Deus também na Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo disse: “Quem vê a
mim, vê o Pai” (Jo. 14,9). É verdade que não tivemos o privilégio dos primeiros
discípulos de Jesus que andaram com ele, ouviram suas palavras e o viram com
seus próprios olhos. No entanto, podemos contemplar a Pessoa e a obra redentora
do Nosso Senhor nas Escrituras que temos em nossas mãos. Ele se revelou a nós,
por isso, podemos vê-lo, conhecê-lo e amá-lo.
Além
disso, veremos o Senhor na glória por vir. O cumprimento pleno da promessa de
ver a Deus se dará no futuro glorioso. O próprio Jesus pediu ao Pai por sua
igreja o seguinte: “Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou
e vejam a minha glória, a glória que me deste porque me amaste antes da
fundação do mundo” (Jo. 17,24). Isso certamente acontecerá; haveremos de ver o
Senhor como ele é em sua glória. No último dia o Nosso Glorioso Salvador virá
nas nuvens com poder e majestade, conforme ele nos prometeu, e todo olho o
verá. Veremos o Nosso Salvador e nos alegraremos com sua presença. Estamos
certos de que vamos viver na Sua presença gloriosa em comunhão íntima com ele e
também com Nosso Pai por toda a eternidade.
Você já parou pra pensar nesta maravilhosa
promessa de Cristo? Não alegra o seu coração esta promessa de ver a Deus na
glória? De viver perto do seu Deus e Salvador? Você deseja viver com Deus por
toda a eternidade? Evidentemente que sim. Mas você sabe quem habitará com o
Senhor em sua eterna presença? Quem há de morar no seu Santo Monte? Somente
aqueles que foram purificados no sangue de Cristo e renovados pelo Espírito
Santo. Aqueles que têm um coração puro e vivem com sinceridade e integridade em
seu relacionamento de amor com Deus e com o próximo. Se você realmente deseja
ver a Deus e viver com ele por toda a eternidade, então, purifique o seu
coração, faça morrer sua velha natureza terrena e santifique- se, pois sem
santificação ninguém verá o Senhor, mas os puros de coração verão a Deus.
O
apóstolo João repete o ensino de Jesus contido na sexta bem aventurança
exortando-nos e consolando-nos com as seguintes palavras: “Amados, agora somos
filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos
que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como
ele é. Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim
como ele é puro” (I Jo. 3,2-3)
A
pureza é exigência do amor.
Pe. Emílio Carlos Mancini, †
Nenhum comentário:
Postar um comentário