Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 25 de setembro de 2015



A verdadeira ascese

      

 A verdadeira ascese não olha os atos separa­damente em si, mas concentra a atenção no dono dos atos. O que interessa é a atitude interna do dono, o íntimo, o amor pessoal, calcado em valores  absolutos e imperecíveis. O amor engrandece as obras mínimas, dá-lhes a cor sempre nova e reju­venescida. Ama et fac, quod vis, dizia santo Agos­tinho. (Ama e faze o que quiseres!).
        
 Os atos mais heroicos e inexplicáveis brotam do íntimo da alma, como os galhos duma árvore rece­bem a seiva da raiz invisível. O mais íntimo em cada homem é a sua personalidade, o seu “eu” in­confundível, o ponto de partida de todo o ato huma­no. Se fizermos a anatomia dos santos, devemos atingir este íntimo, donde brotaram tão espontaneamente estas surpresas de heroismos.
       
  Se ouvirmos, que o padre irlandês Guilherme Doyle, capelão militar na primeira guerra mundial se flagelava com giletes, devemos olhar o dono des­ta santa loucura: era uma doação total a Cristo.
          
Se o padre francês Paulo Gignac nunca se apoiava no espaldar da cadeira, devemos examinar o que se passava no seu interior, todo abrasado pela pessoa de Cristo. Este fogo interno é que decide, sendo as ações apenas uma manifestação da realidade interior. A tentação naturalista costuma apo­iar-se naquilo que se vê e afeta os seus sentidos, e esquece-se da fonte. Se alguém aprecia somente a lâmpada riquíssima à noite, jamais lhe virá à men­te, que dela mesma não vem a luz, mas do dínamo talvez escondido nos porões duma usina distante.
      
 Deus não precisa de nossas façanhas, pois bas­ta-se a Si mesmo. O que espera de nós, não são parcelas fugidias, estes atos que sobrevalorizamos, mas quer a nós mesmos, total, integralmente, e talvez esmagados diante Dêle.
       
Analizando os santos, deduzimos que não são as chicotadas e azorragues, que graduam o nimbo de santidade, mas é o amor, que engrandece e dá a cor autêntica aos atos externos. São Francisco Xavier batizava milhares de pagãos.  A jovem car­melita Teresinha do Menino Jesus subia esfalfada e doente os degraus do convento, oferecendo-os por um missionário longínquo . Devemos olhar o que passa no íntimo de cada um destes santos. Tere­sinha emoldurava cada gesto com tal veemência de amor, que o engrandecia. O amor não estaciona nos atos, atinge a pessoa, e pela pessoa os atos mínimos. Como a mãe, não ama só o filho quando trabalha e estuda, mas também quando come e dorme, por­que o amor maternal atinge toda a criança e não só os seus atos.
     
 O amor dos santos foi inventivo, como também costuma ser entre os homens: surpreende e justa­mente nas coisas mínimas. O namorado não entre­ga um cheque de um milhão para a sua amada, mas colhe talvez uma violeta do campo e a oferta, com um sorriso inefável, tornando esta simples flor um gesto insubstituível.
   
Se um santo vergastou a sua carne com fla­gelos e cilícios, e o outro sentou-se aos pés de Jesus, como a cândida Maria, saibamos distinguir entre as manifestações que são visíveis, e aquilo que é in­visível e essencial, a saber, a fonte destas manifes­tações às vezes inexplicáveis, que é o AMOR...
    
 O que importa é reconhecer, na vida dos santos, as falhas, historicamente comprovadas, o que não diminui a santidade, mas até lhes emprestam um tom atraente e humano.
  
   Entre as diversas heresias, na apreciação da santidade, ocupa um lugar de destaque, na menta­lidade popular, a ascese do jejum. Realmente, Nos­so Senhor deu a entender, que o jejum é um dos recursos mais comoventes, para conseguir a aten­ção do céu. Afirmou, que certa espécie de demônios só se expulsam por meio da oração e do jejum.
  
   Colocar, porém, a essência da santidade nas exageradas penitencias e flagelos, ou nas ininter­ruptas orações labiais, na própria impecabilidade, ou mesmo no jejum e abstenção dos alimentos, é ver­dadeira heresia.
       
 O homem é passageiro e Deus eterno. O ho­mem veio de Deus e deve voltar a Deus. A vida do homem é uma viagem, cuja meta é a eternidade. No meio desta viagem, ele topa com as criaturas, que são um reflexo, um vestígio, uma sombra, um gesto, uma mensagem do Criador.
         
O pecado não consiste no sentimento da vergonha, mas na inversão de valores objetivos. Pe­cado é avaliar erradamente os objetos e as criaturas. É erro de cálculo. O maior erro é de chamar algo de eterno, sendo passageiro, fazer nele um ponto fi­nal, sendo apenas flecha que mostra o caminho e a meta a ser atingida.

Há só um ponto de referência em nossa vida: Deus, o autor da vida. Tudo o mais que nos cerca, deve ser como flecha na estrada da vida. Deve ser como o riacho, que mostra a fonte donde  vem e o mar, para onde se lança. Deve ser como o raio do sol, o vestígio do pé divino, como o sorriso de sua bôca. Descobrir em tôdas as criaturas a mão cria­dora de Deus, é um belo trabalho, que pode enrique­cer a vida, a ponto de ela descobrir em cada gesto e em cada acontecimento o autor do Universo.
 

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