Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Jacó e Esaú

As perseguições que os maus fazem contra os bons, em todas as épocas históricas, estão simbolizadas na inimizade entre Esaú e Jacó, irmãos gêmeos que se digladiavam antes mesmo de virem à luz.

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Govert Flinck - Isaac abençoando Jacob
Segurando o calcanhar

Isaac casou-se com Rebeca; entretanto, ela era estéril. "Deus quis provar a fé de Isaac e de Rebeca, como havia provado a de Abraão e de Sara." Isaac pediu a Deus que lhe desse um filho e, passados 20 anos, o Senhor ouviu sua súplica: Rebeca concebeu.

Mas, sentindo que havia no interior de seu seio uma verdadeira luta, Rebeca recorreu ao Altíssimo, que lhe disse: "Duas nações trazes no ventre, em tuas entranhas dois povos se dividirão. Um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais novo" (Gn 25, 23).

Transcorrido o tempo normal, Rebeca deu à luz dois gêmeos: o primeiro era todo coberto de pelos e foi chamado Esaú; e o segundo, que nasceu segurando com a mão o calcanhar de seu irmão, recebeu o nome de Jacó.
 
Quando cresceram, Esaú tornou-se um caçador bastante rude, ao passo que Jacó morava em tendas, junto com seus pais (cf. Gn 25, 27).

Um prato de lentilhas

Certo dia, Jacó preparou uma sopa de lentilhas; de repente, chegou Esaú, que vinha do campo, e com sua costumeira rudeza disse a seu irmão: "Dá-me de comer desse negócio vermelho, pois estou exausto" (Gn 25, 30).

Jacó respondeu-lhe que lhe concederia o alimento, desde que Esaú lhe transmitisse, sob juramento, o direito de primogenitura. Esaú renunciou a seu direito, fez o juramento e comeu as lentilhas.

Esse fato é muito simbólico. Há pessoas, hoje, que vendem o tesouro da fé pelas "'lentilhas' da sensualidade, da corrupção, do prazer ilícito, da ambição, etc."
Isaac dedicou-se à agricultura, e "o Senhor o abençoou, Foi enriquecendo sempre mais, até tornar-se um homem muito rico" (Gn 26, 12-13). Esaú casou-se com duas mulheres pagãs, razão pela qual São Paulo o chama de "profanador" (Hb 12, 16). Essas mulheres "causaram muitos aborrecimentos a Isaac e Rebeca" (Gn 26, 35).

Jacó recebe a bênção solene

Quando Isaac ficou velho, perdeu a visão. Certo dia, chamou Esaú e pediu-lhe que fosse ao campo para caçar, e preparasse um assado para seu pai, que lhe daria "a bênção antes de morrer" (Gn 27, 4).
Esaú saiu para procurar caça. Rebeca, que ouvira as palavras de Isaac, transmitiu-as a seu filho preferido Jacó, mandou-lhe que fosse ao rebanho e trouxesse dois cabritos gordos, pois ela mesma os prepararia conforme o gosto de Isaac.
Jacó trouxe os cabritos e Rebeca preparou um saboroso assado. Cobriu Jacó com algumas vestes usadas por Esaú, com as peles dos cabritos revestiu suas mãos e pescoço, e pediu-lhe que levasse o alimento ao pai.
Obedecendo fielmente a sua mãe, Jacó serviu o assado a Isaac, que no final deu-lhe a bênção solene, na qual, entre outras coisas, declarou: "Diante de ti, inclinem-se os filhos de tua mãe. Maldito seja quem te amaldiçoar e bendito, quem te abençoar" (Gn 27, 29).
Assim que Jacó se retirou, chegou Esaú trazendo seu guisado da caça, mas Isaac disse-lhe que a bênção já fora dada a Jacó. Esaú "pôs-se a gritar e chorar amargamente" (Gn 27, 34) e perguntou se o pai não tinha outra bênção... "Neste ponto, notam os Santos Padres, ele era a imagem dos que facilmente conciliam Deus com o mundo." Comovido pelos gritos, Isaac deu-lhe uma bênção, mas sujeitando-o ao irmão.
Concebeu Esaú tal ódio a Jacó, que fez planos para matá-lo. Sabendo disso, Rebeca chamou Jacó e recomendou-lhe que fugisse para a Mesopotâmia, e ficasse na casa de Labão, irmão dela.

Réprobos e eleitos de Deus

São Luís Maria Grignion de Montfort mostra o significado simbólico dos fatos acima narrados. "Conforme todos os Santos Padres e intérpretes da Sagrada Escritura, Jacó é figura de Jesus Cristo e dos predestinados, enquanto Esaú é figura dos réprobos." E Rebeca simboliza Nossa Senhora.
Esaú não dava importância à Rebeca e estava cheio de inveja e de ódio contra seu irmão Jacó, como Caim contra Abel.
E os réprobos não se preocupam com a devoção à Santíssima Virgem, simbolizada por Rebeca, trocam seu direito de primogenitura, ou seja, o Céu, pelos prazeres da Terra. Por um instante de prazer, vendem "a graça batismal, sua veste de inocência, sua celestial herança". Invejam, odeiam e perseguem os predestinados.
Jacó levava vida temperante, amava e honrava sua mãe, obedecendo-lhe prontamente em tudo; não era invejoso. Os predestinados não se deixam arrastar pelas paixões desordenadas, veneram Nossa Senhora, procurando amorosamente cumprir a vontade d'Ela. Embora perseguidos pelos réprobos, são felizes neste mundo, em sua morte e na eternidade.
Roguemos a Maria Santíssima a graça de aumentarmos nossa devoção para com Ela, obedecendo com grande amor aos desejos da Mãe de Deus, como fez Jacóem relação a Rebeca.

Por Paulo Francisco Martos
(In Noções de História Sagrada - 13)
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1 ) FILLION, Louis-Claude. La Sainte Bible commentée. 6. ed. Paris: Letouzey et ané. 1923, v. 1, p. 101.
2 ) CLÁ DIAS, João Scognamiglio. EP. O inédito sobre os Evangelhos.Vaticano: Libreria Editrice Vaticana; São Paulo: Instituto Lumen Sapientiae, 2013, v.II , p.238.
3 ) SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 8. ed. Petrópolis: Vozes. 1974, p.179.
4 ) Idem. Ibidem. p. 180
5 ) Idem, Ibidem. p. 182.

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