Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 19 de dezembro de 2015



4º DOMINGO DO ADVENTO - 20 de dezembro de 2015



“Bendita és tu entre as mulheres”
Lc 1, 42b

Leituras: 
Miquéias 5, 1-4a; 
Salmo 79 (80);
Carta aos Hebreus 10,5-10; 
Lucas 1, 39-45.

COR LITÚRGICA: ROXA

 Nesta Eucaristia, lembramos a visita que Maria fez a Isabel. Isso é um ato de amor e mostra quanto ela viveu o dom da fé. O Papa Francisco em sua Bula “Misericordiae Vultus” – sobre a Misericórdia diz: “Escolhida para ser Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende ‘de geração em geração’ (Lc 1, 50). Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. (MV 24).

1. Situando-nos
Neste quarto domingo abre-se para nós o clarão do amanhecer, anunciando a chegada do Sol nascente na figura de duas mulheres grávidas e na expectativa de um novo parto da salvação de Deus.

Neste domingo, nosso pensamento volta-se para a Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus (cf. Misericordiae Vultus).

Irrompe em nossa humanidade de modo fascinante a atuação definitiva do amor compassivo de Deus. O acendimento das quatro velas nos confirma a achegada plena da luz no seio bendito de Maria, a cheia de graça.

Maria torna-se habitação viva de Deus entre nós. Como portadora da salvação, põe-se a caminho e, no encontro serviçal e gratuito com Isabel, experimenta a alegria da realização das promessas de Deus.

A antífona da entrada: “Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça: abra-se a terra e germine a salvação” (Is 45,8) nos introduz na alegre certeza da vinda da salvação que marca a liturgia deste domingo.

Mesmo na alucinação das compras natalinas, atordoados pelos anúncios de um Natal esvaziado pelo consumismo, a humanidade e o cosmos chamam esperançosos pelo Reino e se enternecem diante da simplicidade, da gratuidade e do serviço desinteressado, expressão de amor e da fidelidade de Deus que conduz a nossa história.

2. Recordando a Palavra

Isabel, cujo nome significa “Deus é plenitude”, ficou por cinco meses em retiro respeitoso, conforme nos diz Lucas 1,24, diante da sua gravidez: ação de Deus retirando-lhe a humilhação. Seu silêncio foi quebrado pela jovem prima Maria, no sexto mês de gestação e Isabel abre-se para esse encontro: duas mulheres, duas crianças, primeira e segunda aliança se abraçam e se entrelaçam. Encontro misterioso entre João e Jesus que provoca ação de graças cantada por Maria. João antes de nascer, cheio do Espírito Santo, é chamado para ser profeta.

Abraão e Maria – pai e mãe da fé. Pela fé de Abraão inicia-se uma caminhada de promessas e de fidelidade. Pela fé e fidelidade de Maria cumprem-se as promessas. Maria apressadamente põe-se a caminho nas montanhas de Judá, cenário do projeto tribal, entra na casa de Zacarias e Isabel, saudando-a. Isabel ouve a saudação e a resposta vem de suas entranhas, ficando plena do Espírito Santo. E aquela senhora idosa grita com a vivacidade de uma criança, abençoando Maria; “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”!

Isabel profetiza unindo três elementos presentes em Maria: a fé, a maternidade e o Messias. Crendo, Maria tornou possível o cumprimento da promessa de Deus através dela.

Maria louva a Deus que cumpre suas promessas aliando pessoas como Isabel, Zacarias e ela mesma, a “Serva do Senhor”.  “A minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito festeja a Deus, meu salvador, porque olhou a humilhação de sua escrava”. Maria reconhece que este é o estilo de Deus: onde há pequenez, fraqueza, impossibilidade humana, Ele realiza seu projeto, tão longamente esperado e preparado.

A primeira leitura, do livro de Miquéias, fala do rebento da casa de Davi, o pastor messiânico, que virá de Belém (Casa do pão) de Éfata, terra de Judá. Belém é cidade pequena, sem importância, mas é de onde virá o Messias.

O mundo novo que Jesus vem propor é um dom de amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele vem apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações humanos mais simples e pobres.

O Salmo 79 (80) é uma súplica coletiva: “convertei-nos, ó Senhor Deus do universo, e sobre nós iluminai a vossa face! Se voltardes para nós, seremos salvos!” O povo clama a Deus, chamando-o de Pastor de Israel, pedindo que cuide de seu rebanho, que é o Reino do Norte. Pede que o Senhor visite a vinha, mas reconhece que não foi Deus que abandonou a vinha, mas o rebanho que se afastou do Pastor.

A carta aos Hebreus apresenta Jesus como quem supera a instituição cultual do Antigo Testamento. O único fato salvador que obtém o perdão de uma vez por todas é o sacrifício de Jesus, que entregou totalmente sua vida, seu corpo e seu sangue. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projeto de Deus.

3. Atualizando a Palavra

Deus se encarna em lugar social concreto para reconstruir a humanidade, a sociedade e o mundo. É em um pequeno resto de Israel, no meio dos pobres, dos marginalizados e excluídos, como Maria, Isabel, Zacarias e João que Deus faz sua morada. A salvação nasce dos pobres e os primeiros cristãos vibravam com essa boa notícia. A Trindade entra na casa dos pobres humilhados que esperam a libertação.

Os nomes das personagens envolvidas nesta cena são reveladores: Jesus = Deus salva; João = Deus é misericórdia; Isabel = Deus é plenitude; Zacarias = Deus se lembrou; Maria = a amada. Os pobres proclamam a misericórdia de Deus que se lembra deles. Deus vem morar com eles, porque os ama, trazendo-lhes a plenitude da salvação.

É nos pequenos e pobres das periferias, das roças, nos indígenas, nos ribeirinhos, nos marginalizados e nos desprezados de hoje que Jesus se encarna, devolvendo-lhes a esperança e a paz. Em nossas pequenas comunidades, é que faz coisas grandes, em lugares pouco importantes, é que Deus realiza coisas extraordinárias.

Conforme anunciado por Miquéias, a salvação não vem da capital, do lugar do poder dos grandes, mas vem da graça. O poder de Deus manifestada através dos pequenos trará a plenitude dos bens, a paz para todos os povos.

A figura modelar deste quarto domingo do Advento é Maria. Ela nos ajuda a contemplar o mistério do Natal – do Deus que se faz servo – à luz do seu “sim”. Sigamos o exemplo de Maria, fazendo do nosso coração um “presépio acolhedor”, descobrindo que o Natal é obra gratuita da bondade divina, e procurando ser fiéis aos projetos de Deus revelados pelos acontecimentos de nossa história.

Maria acreditou e pela sua fé nas palavras do anjo dá o consentimento para que seja realizada nela a Vontade de Deus. É uma Palavra Criadora! Nos preparamos para celebrar o Natal e somos convidados como comunidade cristã a acreditar na Palavra de Deus como Palavra Criadora.

Podemos perguntar-nos onde está surgindo essa vida nova que o Espírito está gerando no nosso mundo hoje? Há muitas situações que no seu interior levam uma esperança de vida, onde o sofrimento e a injustiça não são aquilo que está triunfando. É uma vida que se engendra em segredo e não é possível percebê-la de imediato. A Palavra é criadora e expande-se pelos rincões do mundo inteiro. Só há uma condição: acreditar nela assim como Maria e comunicar sua alegre presença “depressa”, sem fronteiras.

Iniciamos o Ano da Misericórdia e como disse o Papa Francisco, “a misericórdia possui uma valência que ultrapassa as fronteiras da Igreja”. Há muitas sementes de vida que florescem em silêncio, nos espaços de aparente desesperança. Peçamos ao Senhor que nos ensine a deixar-nos guiar pelo Espírito de uma Vida que continuamente está brotando como a nascente de um rio.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

Nesta celebração, somos visitados pela presença amorosa do Senhor que nos faz exaltar de alegria pela salvação.

A Palavra reacende em nós o desejo de ajustar nossos projetos ao projeto de Deus.

Exultamos de alegria, reconhecendo a semente bendita da compaixão de Deus presente em nossa vida, na luta dos pequenos, e na condução de nossa história.

Por isso, em ação de graças, expressamos comunitariamente nossa adesão ao Senhor. A exemplo de Maria, apresentemos amorosamente ao Pai nossa vida, nossos sonhos, como oferenda espiritual, a serviço da salvação.

Ao comungar, recebemos o alimento que nos fortalece para “prepararmos com maior empenho os caminhos para o novo Natal do Senhor”, pedimos na oração depois da comunhão.

Tendo participado da “Eucaristia e pelo poder do Espírito Santo, os fiéis levarão no seu próprio corpo aquilo que Maria carregou no seu ventre. Como ela, deverão ‘apressadamente’ fazer o bem ao próximo. As suas boas ações, realizadas a exemplo de Maria, surpreenderão, então, os outros com a presença de Cristo, fazendo com que dentro deles exista um estremecer de alegria” (CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS. Diretório Homilético. Edições CNBB, 2015, n. 109).

“Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende ‘de geração em geração’ (Lc 1,50)” (Misericordiae Vultus, n. 24).

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