3º DOMINGO DA PÁSCOA
Simão Pedro, tu me amas?
LITURGIA – 3º DOMINGO DA PÁSCOA 10-04-2016
Simão Pedro, tu me amas?
Então, apascenta as minhas ovelhas.
1.Acolhida.
Jesus
aparece pela terceira vez aos Apóstolos e os orienta para uma pesca
milagrosa – cento e cinqüenta e três grandes peixes. Parece história de
pescador, mas não é! O número corresponde ao número de nações conhecidas
no Tempo Antigo – deviam evangelizar todas as nações do mundo!
Alimentou-os
com pão e peixes e confirmou Pedro na responsabilidade de conduzir a
Igreja na condição de Pastor amoroso: Apascenta meus cordeiros,
apascenta minhas ovelhas. Apascenta com amor, alimente-as com minha
Palavra e minha Eucaristia.
2.Palavra de Deus.
At 5,27-32.40-41 – Os Apóstolos são presos e
açoitados, mas não deixam de confessar Jesus como nosso Salvador. Nós
somos os responsáveis por sua morte e, hoje, precisamos reconhecer nosso
pecado para sermos salvos. E acrescentaram: “Nós e o Espírito Santo
somos testemunhas disso!”.
Ap 5,11-14 - Jesus
ressuscitou, mas a Igreja continua perseguida! A solene liturgia
celebrada na Jerusalém celeste mostra como Jesus é o Senhor da História e
tudo converge para a eternidade feliz. “Ele é o Primeiro e o Ultimo.
Ele é o Senhor, está sentado no trono recebendo o louvor, a honra, a
glória e o poder para sempre”.
Jo 21,1-19 – Os
Apóstolos, provocados por Pedro, vão pescar! Estão sem saber o que
fazer; por isso, vão pescar! Mas Jesus recorda-lhes a Missão de
conquistar o mundo para Ele.
Para isso, precisam alimentar-se do mistério eucarístico: pão e peixe!
3.Reflexão.
Há
muitas lições neste texto do Evangelho; vamos ressaltar apenas algumas.
O Ministério de Pedro é e deve ser um ministério de amor: amar a Jesus e
apascentar o Povo de Deus. Todo ministério – ordenado ou não – é
primeiramente um ato de amor! Pedro confessa a divindade de Jesus –“Tu é
o Cristo, Filho de Deus vivo”! (Mt 16,16). Mas, agora, para ser
confirmado no ministério, precisa de uma tríplice confissão de amor: -
“Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes”? – Sim, Senhor, Tu
sabes que eu te amo! – Somente o amor pode confirmar no ministério! A
inteligência e a vontade não são suficientes.
Os
Apóstolos – Pedro e João – estão sempre juntos: um ativista e cheio de
iniciativas; mas o outro intuitivo e cheio de amor; por ser
contemplativo chega primeiro – vê os panos dobrados e crê que Jesus está
vivo; vê um personagem à beira da praia e diz a Pedro: É o Senhor!
Santo Agostinho vê nisso a presença da contemplação e da ação
apostólica. Duas atividades que fazem a Igreja andar! A Igreja precisa
da atividade pastoral, mas não vive sem a contemplação!
Pedro
não é o dono da Igreja e nem a garantia de sua permanência até o fim!
Ele “representa”, “torna visível”... O verdadeiro fundamento da Igreja –
Jesus Cristo. Jesus não está ausente da Igreja! É e continua sendo a
vida de sua Igreja – Ele e o Espírito Santo! Pedro e seus sucessores,
com suas reais limitações humanas, são o sinal visível de presença, da
ação e do magistério de Cristo em sua Igreja ainda peregrina.
Por
fim, não tenhamos medo das perseguições e dificuldades: são partes da
Igreja sobre a terra! (fazem parte de nossa própria vida) – Jesus é
Cordeiro e Senhor da História e, com certeza, pronunciará a última
Palavra, pois foi constituído Senhor e Juiz dos vivos e dos mortos!
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