Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 16 de julho de 2016

A espiritualidade que desejo
Apesar de tudo, insisto. A despeito de mim mesmo, teimo. Insisto e teimo por querer a eternidade. Alguém plantou transcendência em minha alma.  Mesmo diante do pavor de confundir esperança com alucinação, não consigo dissimular minha obstinação pelo que está além de mim.

Preciso tornar-me peregrino que se descalça diante do Sagrado. Deixar que o Mistério me deixe atônito. Desfazer-me de panos velhos para não remendar-me com os andrajos de uma religiosidade rota. Trocar odres antigos pelo vinho novo do Espírito.

Quero uma espiritualidade que enfrente a verdade de existir com tudo o que a vida trouxer de bom ou de ruim.  Desejo viajar até as fronteiras do universo não como fuga, mas como sede da grande Utopia – a mesma que move os Santos. Quero soprar o pavio fumegante da minha voz profética para ser farol, mesmo em um vilarejo distante.

Anseio por uma espiritualidade que esgote a soberba de minha onipotência e permita que a mesma bruma que empurra a caravela empine a bandeira do meu combate. Preciso repensar a coragem para que a minha força venha da fragilidade.

Almejo uma espiritualidade suave: delicada como a mão da criança, indefesa como o olhar do cordeiro e despretensiosa como o fluir do ribeiro. Necessito esvaziar-me do desejo de brilhar – que a oração mais pura fique escondida no quarto onde durmo. Ainda hei de encarar o apelo do poder como maldição. Qualquer glória só a Deus pertence – invejá-la é diabólico.

Anelo por uma espiritualidade que não se encaramuja. Que abre mão de palavras piedosas como disfarce e procura a magia de viver na encarnação, fazendo do corpo o lenho que transforma água amarga em doce.
Suspiro por uma espiritualidade sem fronteiras. Quero rasgar mapas para chamar o Próximo de meu irmão. 

Exorcizar o medo de perder a reputação. Abrir espaço para que o excluído se sinta acolhido. Sonho entender como o grão de trigo morre sem murmurar – por saber que carrega o futuro em suas entranhas.

Aspiro por uma espiritualidade que ame igualmente o belo e o disforme, o funcional e o deficiente; o lépido e o claudicante. E alimente a alma com as cores do cotidiano: azul, preto, rubro, amarelo, cinza, branco.

Ambiciono navegar. Já que viver nunca é preciso, abrir mão de atracar em qualquer Porto Seguro.  Sem âncoras, continuar a singrar o futuro como um oceano de possibilidades.

Soli Deo Gloria

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