Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 30 de setembro de 2016



Misericórdia e perdão: Re-encontro com Senhor e com os irmãos

Quem é que nunca errou? Todos temos as nossas falhas, os nossos momentos de fraqueza, de “pecado”. Todos temos limitações que nos retraiem e que, muitas vezes, nos afastam de Deus, o Deus da alegria e da vida. Perante o erro e o pecado, podemos pensar que não há caminho de regresso. Enganamo-nos.

Nós somos, pois, convidados a voltar sempre como nos sugere a parábola do Filho Pródigo [Lc 15, 11-32], também conhecida como “parábola da misericórdia”, “do pai bom”, “do reencontro, do recomeço, da vida”.

Nesta parábola do Pai Misericordioso, Jesus apresenta-nos o retrato do Pai. E, porque temos a graça de acreditar, vemos em Jesus a imagem perfeita do Pai, portanto, o rosto da misericórdia que encarnou no seio da Virgem Maria.
Ele, Jesus, é o sinal da Aliança de Deus com os homens, é a Cabeça da Igreja que é ‘’sacramento universal da salvação” (Lumen Gentium 48). ‘Verdadeiro Deus e verdadeiro homem’, como professamos, é modelo que vem, em tantas ocasiões, ao nosso encontro e nos pede que tenhamos essa Sua mesma atitude, porque n’Ele somos filhos do Pai.

Jesus não está distante. Vive no meio de nós, no mais íntimo da nossa pessoa. São Paulo ensina que ‘somos templos do Espírito Santo’, morada do Altíssimo. Por isso, o ser humano deve ter a coragem de olhar para dentro de si e buscá-l’O aí mesmo, no seu íntimo. Dado que a Lei de Deus está gravada nos nossos corações, o ser humano é capaz de distinguir o que está certo ou o que está errado. Por isso, com os olhos fixos em Jesus, é capaz de perceber o que agrada a Deus e o que Lhe desagrada. Daí, pois, a necessidade do exame de consciência.

Como é Deus que opera em nós o querer e o agir do mesmo modo o ser humano coopera deixando-se encorajar, olhando para dentro de si e buscando um novo recomeço de vida, através de um bom exame de consciência e mudança de atitudes. Ele é chamado a passar do ‘homem velho para o homem novo, “como barro nas mãos do oleiro” [Jr 18.1-6], deixando-se modelar.
Esta mudança na vida humana-espiritual-social-comunitária, acontece através do caminho da “reconciliação”.

Como sabemos, os passos para a reconciliação são:
1. Exame de consciência,
2. Contrição,
3. Confissão dos pecados,
4. O perdão,
5. A penitência.

Ao buscarmos este momento na nossa vida (a reconciliação), experimentamos a graça do “re-encontro” com o Senhor. Saboreamos a Sua atitude de misericórdia para conosco.
É na intimidade com o Senhor que podemos encontrar e descobrir ‘quem somos nós’ e ‘quem é Ele e, aqui, nesta intimidade, que descobrimos que ‘Ele é misericórdia’ e nós chamados a sermos misericordiosos como Ele.

A ação é de Deus, mas a resposta é nossa. Dado que Ele nos amou primeiro, temos a capacidade de amar. E porque Ele usou de misericórdia antes, temos a capacidade de exercer a misericórdia, pois trazemos dentro de nós o mesmo Espírito da Misericórdia. Conversão é, pois, deixar-se conduzir pelo Espírito. Daí, que, a verdadeira conversão acontece quando fazemos um encontro pessoal com Deus que é rico de misericórdia e nos deixamos conduzir por Ele. Quando consinto que Deus aja em mim, sou como o “vaso nas mãos do oleiro”; experimento o processo de conversão, de mudança, de vida nova. É o momento de fazer a “caminhada pelo deserto ao encontro da terra prometida”.

 
Como cristãos, devemos fazer o mesmo caminho, que Jesus fez. É Impossível seguir Jesus sem optar pelo seu caminho. E Ele convida-nos a ver com radicalidade. Não podemos ser como a igreja de Éfeso, que, segundo o Apocalipse, era morna, ou seja, não era quente nem fria. Seguir Jesus é fazer as mesmas opções que Jesus fez, ainda que sejam dolorosas e causem muitos dissabores. “Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-Me” (Mt 16,24). Não é possível seguir Jesus sem cruz.
Nós seguimos o Crucificado que ressuscitou. A cruz, portanto, é sinal de libertação para nós. Abraçar o crucificado-ressuscitado é aprender a morrer cada dia para gerar vida; morrer ao homem velho (homem que vive dos instintos egoístas) e ressuscitar homem novo (homem que vive pelo Espírito).

É bom recordar o que a igreja nos diz sobre as Obras de Misericórdia:
Obras de misericórdia corporais:
1) Dar de comer a que tem fome,
2) Dar de beber a quem tem sede,
3) Dar pousada aos peregrinos,
4) Vestir os nus,
5) Visitar os enfermos,
6) Visitar os presos,
7) Enterrar os mortos.

Obras de misericórdia espirituais:
1) Ensinar os ignorantes,
2) Dar bom conselho,
3) Corrigir os que erram,
4) Perdoar as injúrias,
5) Consolar os tristes,
6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo,
7) Rezar a Deus por vivos e defuntos.

Todas as vezes que entramos na dinâmica da reconciliação, saímos renovados. A reconciliação faz de nós, homens e mulheres, novas criaturas. Da ‘confissão’ não se pode sair da ‘mesma maneira’ como se entrou. Sai-se de maneira diferente, com novos propósitos de querer crescer na vivência e convivência com os filhos e filhas de Deus.

Por isso, devemos sempre buscar este momento de “reconciliação” na nossa caminhada eclesial, pessoal, mesmo com algumas dificuldades inesperadas. Não é fácil falarmos de nós mesmos, das profundezas de nosso ser, principalmente quando ainda temos muito enraizados em nós os indícios do homem velho, homem que vive da aparência. Por isso, aproximar-se da confissão requer, num primeiro momento, esforço humano para vencer-nos a nós próprios. E isso só é possível pela fé, esta força (virtude teologal) que tem a sua origem no próprio Deus e que age no interior da pessoa.

Devemos ter a certeza, a alegria, de que estamos a buscar o “sacramento da paz”, “ da vida”, “da conversão”. Um sacramento que nos alivia, não só no aspecto espiritual, mas também no aspecto humano, na mudança profunda do ser humano para o serviço do próximo.
Podemos dizer que se trata “dum sacramento de partilha”, pois, ao sairmos renovados, descobrimos não só a misericórdia de Deus que atua na nossa vida e também na nossa relação com os outros. E, na partilha com o outro, faz-nos viver de maneira diferente. Trata-se, pois, duma nova oportunidade, onde não somente vivenciamos o “sacramento da paz”, mas levamos a paz com a mesma atitude de Jesus como nos recorda a Oração eucarística VI-D quando diz: “Jesus que passa fazendo o bem”.

Sejamos Seus discípulos e sejamos discípulos missionários, conforme nos convida o Documento de Aparecida (177):
“… valorizem este presente maravilhoso de Deus e se aproximem dele para renovar a graça batismal e viver, com maior autenticidade, o chamamento de Jesus a serem seus discípulos e missionários“.
Enfim, como filhos e filhas do Deus amado, somos chamados a ser Igreja, “a ser sal e luz no mundo” (Mt 5,13-16) e a uma renovação diária, através da oração, da escuta da Palavra de Deus, da Eucaristia, da reconciliação, superando as nossas limitações e dificuldades.

Numa palavra, a testemunhar o nosso batismo, renovando a todo o momento a nossa fé; uma fé viva e verdadeira, sentindo e manifestando a misericórdia de Deus na nossa vida e no mundo. Deixemo-nos conduzir pela ação de Deus na nossa vida.

Pe .Emílio Carlos Mancini.

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