Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Por que existe o Purgatório?
 
Será Deus tão rigoroso a ponto de não tolerar nem mesmo a menor imperfeição, limpando-a com penas severas? Esta pergunta facilmente pode nos vir à mente.
Em primeiro lugar, devemos nos lembrar desta verdade: depois de nossa morte, não seremos julgados segundo nossos próprios critérios, pois "o que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor olha o coração" (1Sm 16, 7). Estaremos diante de um Juiz sumamente santo e perfeito, e em seu Reino "não entrará nada de profano" (Ap 21, 27). Com efeito, na presença de Deus, de sua Luz puríssima, a alma percebe em si mesma qualquer pequeno defeito, julgando- se, ela mesma, indigna de tal majestade e grandeza. Santa Catarina de Gênova, grande mística do século XV, deixou uma obra muito profunda sobre a realidade do Purgatório e do Inferno.
Explica ela o seguinte: "Digo mais: no concernente a Deus, vejo que o Paraíso não tem portas e ali pode entrar quem quiser, pois Deus é todo misericórdia e seus braços estão sempre abertos para nos receber na glória; mas a divina Essência é tão pura - infinitamente mais pura do que podemos imaginar - que a alma, vendo nela mesma a menor das imperfeições, prefere atirar-se em mil infernos a aparecer suja na presença da divina Majestade. Sabendo então que o Purgatório está criado para a purificar, ele mesma se joga nele e encontra ali grande misericórdia: a destruição de suas faltas".
Essas manchas, a serem purificadas na outra vida, o que são? São os restos de apego exagerado às criaturas, ou seja, as imperfeições, e os pecados veniais, bem como a dívida temporal dos pecados mortais já perdoados no Sacramento da Reconciliação. Tudo isso diminui na alma o amor de Deus.
Por causa dessas afeições desregradas se estabelece um estado de desordem em nosso interior, afastando- nos do Mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas. Essa é a causa pela qual, antes de permitir a uma alma subir até a glória celestial, "a justiça de Deus exige uma pena proporcional que restabeleça a ordem perturbada" (Suma Teológica, Supl. q. 71, a. 1) E a alma se sujeita ao castigo do Purgatório com alegria, em plena conformidade com a vontade do Senhor.
Nossa Senhora_almas-do-purgatorio_.jpg
 "Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do
inferno". Não obstante, para beneficiar-se deste
privilégio, é preciso usar o Escapulário com
reta intenção.
Seu único desejo é ver-se limpa, para poder configurar-se com Cristo. As almas nesse estado "purificam-se", diz São Francisco de Sales, "voluntariamente, amorosamente, porque assim Deus o quer" e "porque estão certas de sua salvação, com uma esperança inigualável".


A pena do Purgatório
As dores infligidas nesse local de purificação são "tão intensas que a menor pena do Purgatório ultrapassa a maior desta vida" (Suma Teológica, Supl., q. 71, a. 2). Mesmo assim, pondera São Francisco de Sales, "o Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, pois as chamas nele existentes são chamas de amor".
Mas como entender que esse terrível sofrimento seja transpassado de amor? Na verdade, o maior tormento das almas do Purgatório - a "pena de dano" - é causado precisamente pelo amor. Essa pena consiste no adiamento da visão de Deus. Criado para amar e ser amado, o homem, ao abandonar esta terra, descobre a inefável beleza da Luz Divina e deseja correr para Ela com todas as suas forças, como o cervo sedento corre em direção à fonte das águas. Contudo, vendo em si o defeito do pecado, fica privado temporariamente daquela presença tão pura. Afastada, assim, d'Aquele que é a suprema e única felicidade, a alma sente um padecimento incalculável.
Para nós, que ainda somos peregrinos neste vale de lágrimas, é difícil entender a imensidade dessa dor. Vivemos sem ver a Deus, embora n'Ele creiamos. Somos como cegos de nascimento, pois nunca vimos o Sol de Justiça, que é Deus; embora sintamos seu calor, não podemos fazer ideia de seu resplendor e grandeza.
Entretanto, as almas benditas do Purgatório, logo após terem abandonado o corpo inerte, discerniram a inefável e puríssima beleza de Deus, mas não podem possuí-la imediatamente. Santa Catarina de Gênova usa uma expressiva metáfora para explicar essa dor: "Suponhamos que, no mundo inteiro, exista apenas um pão para matar a fome de todas as criaturas, e que basta olhar para esse pão para ficarem satisfeitas. Por sua natureza, o homem saudável tem o instinto de se alimentar.
Imaginemos que ele seja capaz de se abster dos alimentos sem morrer, sem perder a força e a saúde, mas aumentando cada vez mais a fome. Ora, sabendo que só aquele pão pode saciá-lo e que não poderá matar sua fome enquanto não o alcançar, ele sofre sacrifícios insuportáveis, os quais serão tanto maiores quanto mais longe ele estiver do pão".
Apesar de tudo, as almas do Purgatório têm a certeza de que um dia poderão se saciar de modo pleno com esse Pão da Vida, que é Jesus, nosso amor. E por isso seu sofrimento é em tudo diferente do tormento dos condenados ao Inferno, os quais nunca poderão se aproximar da Mesa do Reino dos Céus. Esperança e desespero, eis a diferença fundamental entre esses dois lugares.

Disposição das almas no Purgatório
Por isso, há nas almas do Purgatório um matiz de alegria no meio da dor. De forma brilhante, explica- o o Papa João Paulo II, na alocução de 3 de julho de 1991: "Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, pois sabe que pertence para sempre ao seu Deus".
E Santa Catarina de Gênova afirma: "Estou certa de que em nenhum outro lugar, excetuando o Céu, o espírito pode achar uma paz semelhante à das almas do Purgatório". Isso ocorre porque a alma se fixa na disposição em que se encontra na hora da morte, ou seja, contra ou a favor de Deus, pois a liberdade humana termina com a morte. E tendo falecido na amizade de Deus, a alma do Purgatório se adapta com docilidade à sua santa vontade. Daí conservar a paz em meio a terríveis sofrimentos.
Dos lábios do suavíssimo São Francisco de Sales ouvimos dizer que "entre o último suspiro e a eternidade, há um abismo de misericórdia". Todos acham melhor fazer um esforço para evitá-lo. Outros, porém, sem se oporem aos anteriores, enfrentam o problema com uma ousada confiança no amor misericordioso do Senhor.
Santa Teresa de Jesus, por exemplo, diz com veemência: "Esforcemo- nos, fazendo penitência nesta vida. Como será suave a morte de quem a tiver feito por todos os seus pecados, e assim não precisar ir para o Purgatório!" Já sua discípula, Santa Teresinha do Menino Jesus, formula de modo surpreendente sua atitude, se nele caísse: "Se eu for para o Purgatório, ficarei muito contente; farei como os três hebreus na fornalha, caminharei entre as chamas cantando o cântico do amor".
Uma atitude não contradiz a outra, mas ambas se completam, e, mesmo se tivermos de passar por esse lugar tão doloroso, tenhamos uma confiança sem limites na bondade divina.
Purgatorio.jpg
 "Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela
passagem para o Céu, à purificação das últimas
escórias, mediante o Purgatório, ela já está
cheia de luz, de certeza, de alegria, pois
sabe que pertence para  sempre ao
seu Deus". (Beato João Paulo II)
De qualquer modo, a Santa Igreja coloca maternalmente à nossa disposição as indulgências, para nos poupar das penas do Purgatório. Mas este tema pode ficar para outro artigo.

Ajudemos as almas benditas
Não devemos pensar só no nosso destino pessoal, mas também nos perguntarmos como podemos ajudar aquelas almas que já estão à espera da libertação. Elas não podem fazer nada por si, pois estão impossibilitadas de alcançar méritos, e dependem de nós. Interceder por elas é uma belíssima e valiosa obra de misericórdia: de certo modo, não há ninguém mais carente do que elas. O costume de rezar pelas almas dos falecidos vem do Antigo Testamento.
Também diversos Padres da Igreja promoveram essa prática, como São Cirilo de Jerusalém, São Gregório de Nissa, Santo Ambrósio e Santo Agostinho. No século XIII, o Concílio de Lyon ensinava: "As almas são beneficiadas pelos sufrágios dos fiéis vivos, quer dizer, o sacrifício da Missa, as orações, esmolas e outras obras de piedade, as quais, segundo as leis da Igreja, os fiéis estão acostumados a oferecer uns pelos outros".
Como é bela a devoção às benditas almas do Purgatório! É agradável a Deus e nos beneficia também, levando-nos à verdadeira dimensão cristã da existência, fazendo-nos viver em contato e comunhão com o sobrenatural, e com o futuro, no sentido mais pleno da palavra. Como essas pobres almas nos ficarão agradecidas ao receber nosso auxílio! Poderão ser nossos parentes, ou até mesmo nossos pais. Poderá ser alguém que não conhecemos, e que nos dará uma afetuosa acolhida na eternidade. No Céu, e enquanto ainda estiverem no Purgatório, elas rezarão por nós, com todo o empenho, pois Deus lhes dá essa possibilidade.
Concluindo, gostaria de fazer ao prezado leitor uma proposta: reze por essas almas necessitadas, ofereça- lhes Missas, dê esmolas por elas, faça sacrifícios e consiga que outras pessoas se tornem devotas fervorosas das almas benditas. Sabe quem será o maior beneficiado? Você mesmo!

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