Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 26 de junho de 2015



A ÂNCORA

Senhor me salva!
(Mt 14,30)


Eu tenho certeza que todos vocês sabem o que é uma âncora assim como conhecem a sua finalidade, de firmar os navios com segurança, seja no porto seja no mar. Trata-se de um pesado artefato de ferro, preso a uma corrente, que quando acionado cai com um grande estrépito em direção ao fundo do mar. Todos os navios têm suas âncoras. Alguns, seja pelo motivo que for – e o depósito de ferrugem nas engrenagens no-lo revela – jamais ou raramente as utilizam. O fato é que todas as embarcações, desde os simples barcos pesqueiros até os gigantescos superpetroleiros, todos são equipados com esse indispensável dispositivo de segurança.

Assim como os navios, expostos às grandes ameaças do mar, o ser humano também é vulnerável e impotente, tornando-se muitas vezes uma presa fácil das investidas do mal. Se não nos fixamos em algo consistente, mais precisamente em alguém, que nos dê amparo e segurança, nossa existência corre o risco de, qual um frágil barco de madeira, despedaçar-se contra os rochedos do pecado, da violência, da doença e de tantos fatores capazes de colocar em risco nossa vida material, psíquica e espiritual.

O apóstolo Pedro era um pescador que certamente sabia nadar. Seguindo a ordem de Jesus ele se dispôs, como o mestre, a caminhar sobre as águas, naquela noite em Genesaré. Quando o vento agitou o mar, sentindo-se ameaçado, mesmo sabendo nadar, ele pediu a ajuda de Jesus:

Senhor me salva!

Todos nós entendemos alguma coisa de carpintaria. Serramos aqui, pregamos ali e colamos acolá. Nosso conhecimento nessa área nos permite elaborar alguns serviços de emergência, algo assim para “quebrar o galho”, não é mesmo? Mas na hora de fazer um trabalho mais importante, definitivo e de maior responsabilidade, a quem apelamos? A um “carpinteiro” profissional, um especialista na matéria. Assim ocorre a graduação em nossas necessidades e urgências humanas. Alguém duvida?

Os crentes mais humildes oram e cantam ao Deus da vida, pedindo proteção. O pessoal mais sofisticado e de mais posses prefere confiar no poder da sua inteligência, do dinheiro, das amizades influentes, dos advogados, etc. Eu já conhecia a música, mas quando morei no nordeste, senti de perto a fé daquele povo simples das comunidades de base, cantando a plenos pulmões:

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus,
pois ela, ela te sustentará...
não temas, segue adiante
e não olhes para trás,
segura na mão de Deus e vai!

As seguranças que o mundo tem para oferecer podem ser muito boas, e resolver uma porção de problemas do dia-a-dia, mas não são cem por cento eficazes. Pedro sabia nadar, mas na hora do sufoco preferiu “segurar na mão de Deus”, pois intuiu que só dali viria a solução para a angústia daquele momento.

Nada é tão radicalmente eficaz como a âncora que Deus nos oferece a cada instante. E não se trata de algo miraculoso que desce dos céus nos momentos aziagos. Não! Os grandes navios têm motores potentes, rádio, radar e âncora. Então porque naufragam? Por imperícia e imprudência do comandante, que deixa de utilizar aqueles instrumentos de apoio na hora certa. Na nossa vida também ocorre, muitas vezes, algo parecido. As âncoras estão à nossa disposição. Se naufragamos é porque não soubemos ou não as utilizamos na hora adequada. Nesse aspecto, gostaria de relacionar alguns fatores, que reputo como importantes para a “fixação” de nossa vida cristã:


1.    Vida familiar comprometida

A responsabilidade com a unidade da família é fundamental para a criação de um tipo de consciência que é capaz de reagir contra tantos males que agridem as pessoas, e que se não compulsados devidamente, contribuem para a dissolução do grupo familiar; o mundo por aí está cheio de histórias de derrotas, individuais e conjuntas que tiveram sua gênese a partir do desmoronar da família;

2.    Vida comunitária atuante

A manutenção de uma vida comunitária atuante, por conta da necessidade de um testemunho permanente, é um ponderável esteio contra todo tipo de mal; quando nos inserimos numa comunidade cristã, adquirimos a consciência de que é preciso combater o mal e todas as investidas do pecado;

3.    Oração
A oração é a ferramenta mais eficaz contras as tentações. Santo Afonso de Ligório ensina que “quem ora se salva; quem não ora, facilmente se perde”. As grandes vitórias contra o pecado e suas armadilhas foram desenhadas a partir dos joelhos em terra, da contemplação ao Cristo no sacrário e com a grande arma do Terço nas mãos; os antigos místicos bizantinos usam a figura da âncora, comparando-a com a oração, como o instrumento contra as tentações; para eles, a Rosário é a corrente que ajuda a fixar a âncora;

4.    Estudo da Palavra de Deus

Quem não estuda Palavra de Deus, não medita o evangelho e não lê diuturnamente a Bíblia, é incapaz de encontrar um porto seguro onde deixar abrigado o barco de sua vida espiritual; a leitura permanente das Sagradas Escrituras dá ao cristão a orientação para o caminho do bem, da virtude e da santidade;

5.    Freqüência (no mínimo dominical) à Santa Missa

Inserida na vida comunitária, a freqüência à Santa Missa é um poderoso auxílio contra as urdiduras do diabo, livrando o crente da sedução das armadilhas malignas. A Missa é para nós um prazeroso encontro com alguém que nos ama. Não se trata de ir quando temos vontade, mas alimentar o desejo de uma comunhão permanente, profunda e regeneradora. A Missa é o cimo referencial de toda a nossa vida cristã. É por onde começam todos nossos projetos de santidade;

6.    Frequência aos sacramentos (Reconciliação e Eucaristia)
Junto com a Missa, a frequência à Eucaristia é um ato de amor e comunhão. Não é possível um cristão, especialmente um católico, viver sem a recepção dos sacramentos, seja da Eucaristia, seja da Reconciliação. Quem comunga (pelo menos uma vez por semana) e confessa (pelo menos uma vez por mês) tem melhores meios de fugir do pecado e manter-se puro e isento das tantas tentações que assaltam os menos prudentes;

7.    Atos permanentes de caridade
A caridade (ou o amor) é a principal das virtudes cristãs; trata-se daquela dedicação à pessoa do outro, da família, da Igreja e da sociedade; quem pratica o bem, representado por uma caridade discernida (não se trata de um mero assistencialismo) mantém-se ligado às coisas, sem tempo para pensar no mal, tornando-se assim mais resistente ao pecado.


Esses fatores auxiliam sobremaneira o desenvolvimento da nossa fé e, como tal, são capazes de formar uma resistência contra os assaltos do maligno. Tem gente que naufraga, famílias que se destroçam, espíritos que se desviam, porque os engodos do mundo, sedutores como eles só, tiram dos trilhos aqueles que foram incapazes de se organizar a partir do conjunto de fatores acima relacionados. Não basta praticar um ou outro; temos que exercitar todos.

 

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