Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 19 de junho de 2015



12º DOMINGO DO TEMPO COMUM
21 de junho de 2015



“Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem”

 
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Leituras: 
Jó 38, 1.8-11; 
Salmo 106 (107), 23-24.25-26.28-39.30-31 (R/ 1b); 
Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5, 14-17; 
Marcos 4, 35-41.

COR LITÚRGICA: VERDE

 Nesta Eucaristia, veremos que muitas vezes temos a impressão de que Jesus está dormindo, como diz o Evangelho de hoje, e que não percebe o que se passa conosco. Mas Jesus nos mostra seu poder transformador, fazendo que vençamos os obstáculos nas situações em que não o sentimos. Ele não nos abandona, por isso, seja qual for a tempestade, vamos poder contar sempre com sua presença.

1. Situando-nos brevemente

O evangelista Marcos continua sua narrativa, revelando quem é Jesus. Hoje, Ele se revela como o Senhor das forças da natureza, acalmar a tempestade que amedronta seus discípulos.

Em meio às tempestades e perigos da vida, a Palavra do Senhor nos enche de confiança e nos faz renovar a fé em sua presença permanente. Mesmo que os ventos sejam contrários, Ele está no meio de nós, indicando caminhos, nos dando segurança nos momentos de temor.

2. Recordando a Palavra

O Evangelho de Marcos narra o episódio da tempestade acalmada. O ensino em parábolas (cf. 4, 1-34) é seguido de quatro narrativas de milagres: a tempestade acalmada (cf, 4,35-41), o endemoninhado da região dos gerasenos (cf. 5,1-20), a cura da mulher com hemorragia e a ressurreição da filha de Jairo (cf. 5,21-43). Jesus, depois de ensinar através da Palavra, ensina por meio de ações salvíficas, sendo chamado pelos discípulos de “Mestre” (4,38).

“Essas ações de Jesus se sucedem no decorrer de alguma viagem: para ir à região dos gerasenos é necessário atravessar o lago e, durante a travessia desencadeia-se a tempestade; do outro lado, em terra pagã, Jesus cura o endemoninhado e volta para o território judeu. Jairo pede a Jesus que vá curar sua filha; no trajeto dá-se a cura da que sofria de hemorragia e, chegando à casa de Jairo, Jesus ressuscita a menina” (Cf. Delmore Jean. Leitura do Evangelho segundo Marcos, p.62). O sentido pleno dos milagres é descoberto à luz da ressurreição de Cristo, de sua vitória sobre a morte.

A narrativa da tempestade acalmada começa com o convite de Jesus dirigido aos discípulos ao cair da tarde: “Passemos para a outra margem!” (4,35). Depois de serem instruídos de forma particular por Jesus (cf. 4,34), os discípulos são impelidos a fazer a travessia com ele, que permanece no barco “do modo como estava”. Quando dirigiu o ensino em parábolas (4,1-2). Enquanto atravessavam o lago Tiberíades, “veio, então, uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água” (4,37).

Conforme a mentalidade da época, o mar era o lugar onde surgiam as forças caóticas e os poderes promotores do mal (Cf. Dn 7). Os discípulos, ameaçados pelas adversidades, procuram Jesus: “Mestre, não te importa que estejamos perecendo?” Jesus “se levantou e repreendeu o vento e o mar: Silêncio! Cala-te!” (4,39). Em 1,25, Jesus liberta a pessoa do espírito impuro, dizendo: “Cala-te, sai dele!”. Seus seguidores são exortados a confiar em sua presença salvífica: “Ainda não tendes fé?” (4,40). A confiança na vitória de Cristo sobre a morte pela ressurreição garante a eficácia da missão dos discípulos.

A experiência da fé leva os discípulos a descobrir progressivamente quem é Jesus, seu poder de salvação sobre as forças opostas ao projeto de Deus. A pergunta: “quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?” (4,41) já contém uma profissão de fé implícita em Jesus, o Filho de Deus. O reconhecimento da identidade de Jesus conduzirá à libertação plena do medo.

Em 1,27, o povo também dizia: “Quem é este?”, diante da libertação da pessoa do espírito impuro. As obras realizadas por Jesus, como controlar o vento e o mar, eram atribuídas a Deus (cf. Sl 107, 23-32). Jesus liberta os discípulos dos fenômenos cósmicos, das forças caóticas, assim como libertou a pessoa escravizada.

A leitura do livro de Jó, em sua última parte (38,1-42,6), ressalta a experiência do encontro com Deus, que dá sentido à existência do ser humano: “Eu te conhecia só por ouvir dizer, mas agora, vejo-te com meus próprios olhos” (42,5). O caminho da Palavra conduziu Jó ao encontro com o Senhor da vida. O texto de hoje começa dizendo que “Então, o Senhor, do meio de a tempestade, respondeu a Jó” (38,1), revelando a eficácia de sua Palavra que domina as forças do mal e do caos.

A tempestade remete às “teofanias”, à maneira de Deus manifestar sua presença de salvação (Cf.  Sl 18, 8-16; 50,3; Na 1,3; Ez 1,4; Ex 13,22; 19,16). O Senhor manifesta sua presença de salvação, que ilumina o povo ao longo da história. Depois de colocar os fundamentos da terra (38, 4-7), Deus controla o mar, “Eu o demarquei com meus limites” (38,10). Sua Palavra criadora organiza e conduz o universo com sabedoria.

O Salmo 106 (107) é um hino de ação de graças ao Senhor por seu amor, suas maravilhas manifestadas em favor do ser humano. O Deus, que ouviu o clamor e “transformou a tempestade em brisa suave” revelou-se plenamente em Cristo acalmando a tempestade, vencendo as forças que geram o mal.

A leitura da segunda carta aos Coríntios apresenta o amor de Cristo, revelado em sua morte na cruz, como o fundamento do ministério apostólico. “O amor de Cristo nos impele” (5,14), levando-nos a uma vida nova. “Cristo morreu por todos, para que não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (5,15). Sua entrega nos impele a permanecer em comunhão com Ele e seu projeto (Cf. 1Ts 5,10). Paulo, após o encontro com o Ressuscitado no caminho de Damasco, afirma: “Já não sou eu que vivo é Cristo que vive em mim“ (Gl 2,20).  

A adesão a Cristo implica em testemunhar a nova humanidade: “Se alguém está em Cristo, é criatura nova. O que era antigo passou, agora tudo é novo” (5,17). A nova criação revelou-se na Páscoa de Cristo, mediante a qual Deus reconciliou o mundo (5,18-21). Assim, somos chamados a anunciar o amor reconciliador, que brota do encontro com Jesus, o Crucificado e Ressuscitado. O novo modelo de viver em Cristo leva a construir uma ordem social verdadeiramente justa e redimida.

3. Atualizando a Palavra

Jesus, por meio da morte e ressurreição, manifesta sua força vitoriosa que nos conduz a “passar para a outra margem”. Na época em que o Evangelho de Marcos foi escrito, por volta do ano 70 d.C., os discípulos eram ameaçados pela perseguição e pela hostilidade.

A falta de fé e confiança impede de correr o risco com Jesus que está na “barca”, na comunidade de seus seguidores e seguidoras. É necessário escutar as palavras de Jesus, dirigidas aos discípulos, no meio da tempestade: “por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?”.

O discípulo, que segue o caminho indicado por Cristo, testemunha a paz e a reconciliação, diante das adversidades que dificultam a difusão da Boa Nova do Reino de Deus. A fé a confiança na graça do Senhor, levam a praticar gestos de misericórdia e compaixão que proporcionam transformar situações de morte em vida plena. O amor gratuito de Deus, manifestado em Cristo, impulsiona a vivermos como criaturas novas, comprometidas com seu reinado de justiça e fraternidade.

Deus, o Senhor, não abandona nenhuma de suas criaturas, mas sustenta sua vida com amor eterno. O mistério insondável de Deus, sua bondade, providência, justiça e amor com todos os seres criados, especialmente o ser humano, leva a confiar e a escutar sua Palavra como Jó o fez. A experiência profunda do encontro com Deus conduz Jó a superar o principio de justiça e retribuição, que guiava especialmente seus amigos. Deus atua continuamente, mesmo nos sofrimentos, desastres, tribulações, fazendo novas todas as coisas.

No entanto, tempestades e catástrofes naturais – como o tsunami que, em dezembro de 2004, deixou milhares de mortos em vários países banhados pelo Oceano Índico, sobretudo na Indonésia, Tailândia, Índia, Sri Lanka; o tufão, como o das Filipinas, em novembro de 2013, que também causou devastação e mortes; as inundações e as secas em diversos lugares do mundo – podem ser evitadas com políticas ambientais consistentes e com o compromisso das autoridades e de cada cidadão. A falta de preservação do planeta e de seus recursos, destinados ao bem comum de todos, compromete a vida digna.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Jesus está presente na comunidade, reunida, como Ele próprio afirmou. Não precisamos temer. Ele, que acalmou mares e tempestades, nos encoraja com sua presença na comunidade reunida, na Palavra proclamada, na pessoa de quem preside e no pão e no vinho consagrados.

O Senhor é força do seu povo, fortaleza e salvação do seu Ungido. Ele nos salva, nos abençoa e nos governa para sempre (cf. antífona de entrada).

Vivemos em tempos de mar agitado por tanta desigualdade, corrupção, injustiças e infidelidade ao Senhor. Porém, Ele não nos abandona jamais. A certeza de sua presença em nossa vida nos anima e fortalece para remarmos o barco da vida.

Participando ativamente da ação litúrgica, renovamos nossa fé no Senhor que morreu por nós. Tocados e plenificados por mistério tão sublime, não vivamos mais para nós mesmos, mas para aquele que por nós morreu e ressuscitou (Cf. 2Cor 5,15-16). Por Cristo, com Cristo e em Cristo, sejamos criaturas novas, transformando o mundo velho em um novo mundo.

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