Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 5 de julho de 2014



14º DOMINGO DO TEMPO COMUM
06 de julho de 2014





“Eu te louvo, ó Pai!”


Leituras: 
Zacarias 9, 9-10; 
Salmo 144 (145), 1-2.8-9.10-11.13cd-14; 
Carta de São Paulo aos Romanos 8, 9. 11-13; 
Mateus 11, 25-13.

COR LITÚRGICA: VERDE

Nesta Eucaristia, Jesus revela a sua união com o Pai de tal modo que para conhecer um, é necessário conhecer o outro. O Pai revela-se aos pequenos através de Jesus, assim Ele convida todos os que andam curvados sob o peso da vida, para que venham e aprendam uma nova forma de viver livre, na sua simplicidade e humildade.

1. Situando-nos brevemente

Amados irmãos e irmãs em Cristo, a palavra “eucaristia”, vem do grego e se traduz como “ação de graças”. Ela tem três significados: o primeiro, o ato de dar graças. O Concílio Vaticano II restaurou essa conotação da palavra eucaristia quando preferiu, nos livros litúrgicos, chamar a “celebração dos divinos mistérios” de “Celebração Eucarística”, ou seja, todo esse rito que estamos agora celebrando se chama “eucaristia”.

O segundo significado da palavra eucaristia se aplica à oração por meio da qual damos graças. Assim a oração central desta “celebração eucarística” é chamada de “Oração Eucarística”. Já no seu início encontramos o sentido de dar graças: “Demos graças ao Senhor nosso Deus”. Os antigos não tinham uma palavra semelhante ao nosso “obrigado”, então para se agradecer a alguém por algum bem recebido, o “agraciado” comentava publicamente o que aquela determinada pessoa, o agraciador, tinha feito em seu beneficio. Assim os Prefácios das Orações Eucarísticas, fazendo memória dos benefícios que Deus nos fez, a Ele rende graças.

Para a Igreja, Jesus Cristo é o nosso motivo de Eucaristia, de ação de graças: “Compadecendo-se da nossa fraqueza humana, ele nasceu da Virgem Maria. Morrendo no lenho da Cruz, ele nos libertou da morte. Ressuscitado dos mortos, ele nos garantiu a vida eterna” (Prefácio dos domingos do Tempo Comum II). “Por ele, vós nos chamastes das trevas à vossa luz incomparável  “ (Prefácio dos domingos do Tempo Comum I), etc. Por fim a terceira realidade à qual se aplica o termo eucaristia, são os elementos sobre os quais, na celebração eucarística, se pronuncia a oração eucarística, isto é, o pão e o vinho eucarístico,o Corpo e o Sangue de Cristo.

Neste sentido, a celebração deste nosso XIV Domingo do Tempo Comum é, em todos os sentidos, eminentemente eucarística.

2. Recordando a Palavra

O Evangelho deste domingo está entre as páginas mais intensas e profundas de todo o Evangelho; ele, na verdade é composto de três partes. A primeira é uma oração: “Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra”.

A segunda é uma narração dos feitos salvíficos de Deus de Deus em favor do seu povo: a revelação “destas coisas aos pequeninos”, a entrega, por parte do Pai, de todas as coisas ao Filho – “Tudo me foi entregue por meu Pai” e a profunda intimidade entre o Pai e o Filho que resulta na “revelação” do rosto paterno de Deus àquele “a quem o Filho o que quiser revelar”. Essas duas primeiras partes, oração e memória, nós podemos afirmar que são “eucarísticas”. A terceira parte é um convite: “vinde a mim”.

Os destinatários da revelação feita pelo Pai são os pequeninos, os humildes, os simples. Os pequeninos deste Evangelho, são em primeiro lugar os discípulos de Jesus; todo e qualquer discípulo de Jesus, como é afirmado em Mt 10,42: “quem der, nem que seja um copo d’água fria a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, receberá a vida eterna”.

As coisas que o Pai escondeu “aos sábios e entendidos” consiste no “mistério do Reino dos céus”, como ouviremos no Evangelho do próximo domingo: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus” (Mt 13,11).

Nesta perspectiva, no entanto, encontramos Jesus como o mais pequenino entre os pequenos, o mais humilde entre os humildes, o mais simples entre os mais simples. Tal imagem é evidenciada pela figura real, plena de contradições, apresentada na primeira leitura: o rei, o justo, o salvador. O rei é humilde e vem sentado num jumento; é justo porque vem eliminar “os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém e quebrar o arco de guerreiro”, mas o seu estandarte é a paz; é simples mas tem um “domínio” que se estende de mar a mar e de rios a rios, “até aos confins da terra”. Este rei do qual fala o oráculo é Jesus Cristo.

Estas “contradições” do Rei-Messias está ainda expressa na coleta da missa de hoje: é pela humilhação, pela queda, pelo rebaixamento, pela desclassificação do Filho que o Pai reergue o mundo decaído. Esta verdade revelada aos pequeninos nos remete a uma aclamação eucarística: “Jesus Cristo deu-nos a vida por sua morte” (Aclamação da Oração Eucarística IV).

3. Atualizando a Palavra

Irmãos caríssimos escutando esta página do Evangelho muitos de nós podemos interpretá-la “ideologicamente” que Deus revela os mistérios do Reino a uma categoria social e a outra não. Mas isso não corresponde à mensagem de Jesus Cristo que não faz acepção de pessoas, “pois ele é Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam” (Rm 10,12).

O Pai não “esconde o Reino” aos sábios e inteligentes, mas ele o “protege” dos que se arrogam inteligentes e se recusam a toda e qualquer forma de obediência e submissão àquele conhecimento que não vem necessariamente através da comprovação científica: o conhecimento da fé.

O fechamento a toda revelação que vem do alto, e, portanto à fé, não é conseqüência da inteligência, mas do orgulho. A falsa ideia do homem de pensar saber tudo de todas as coisas anula e bloqueia o conhecimento de Deus. Eis porque a Bíblia afirma que “Deus resiste aos soberbos, mas dá a graça aos humildes” (Tg 4,6).

É verdade que muitas vezes os “humildes” são identificados com os “Pobres”, o que não quer dizer, necessariamente, que os desprovidos do bem material sejam humildes. Pobreza e humildade são sinônimos, na Bíblia, de abertura e disponibilidade à novidade, à dependência de Deus, e estes se opõem por natureza à riqueza/grandeza como sinônimo de autossuficiência, que é uma espécie de orgulho que consiste na recusa de toda dependência e na reivindicação de uma autonomia absoluta com relação ao próximo e a Deus.

O convite de Jesus hoje é feito a todos nós, mas especialmente àqueles que entre nós estão cansados e fadigados sob o jugo da superfluidade que nasce da busca desenfreada por essa por essa “pobre riqueza”: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos”.

O teólogo do século V, Filoxeno de Mabboug (440-523) diz que “a busca da riqueza humana é um caminho que não tem fim na vida: quanto mais se avança, mais ele se alonga diante de nossos passos; só a morte marcará o seu fim”; e prossegue o sapiente e atual teólogo: “O mundo pesa sobre nós com todas as suas ocupações, e os que carregam seus fardos, não tem consciência disto, porque o amam; vão de encontro a ele, como cegos, sem discernir; carregam pesados fardos, e os acham leves; cansam-se na busca de prejuízos, sem o saber” (Filoxeno de Mabboug. Homilia IX, 270-273. In SCh 44, p. 254-256).

“Eu não vos farei ricos”, diz o Senhor. Não como estes ricos que precisam de muitas coisas, pelo contrário, vos farei ricos verdadeiros, que de nada precisam, pois o verdadeiro rico não é o que tem muito, mas aquele a quem nada falta; pois existe uma riqueza que empobrece e existe uma pobreza que enriquece, assim como existe um saber que obscurece o entendimento e um “não saber” que é sapientíssimo.

O texto de hoje se conclui com outro trocadilho da parte do Salvador. Ele fala de “jugo suave e fardo leve”. O seu jugo e o seu fardo são suaves, não porque são menos exigentes, permissivos, licenciosos, mas porque eles fazem do homem um ser verdadeiramente livre e, ao mesmo tempo, somente os livres os podem tomar sobre si.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Vinde a mim, diz Jesus nesta eucaristia, vinde a esta mesa. A primeira antífona para a comunhão deste domingo nos coloca em conexão com a solenidade de domingo passado e uma extensão do convite do Evangelho: “provai e vede quão suave é o Senhor, feliz o homem que tem nele o seu refúgio”.

A oração depois da comunhão pede para “que enriquecidos por tão grande dádiva (eucaristia), possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar” o louvor. A Eucaristia (o pão eucaristizado) que daqui a pouco receberemos não é só “fruto” da eucaristia/celebração que estamos colocando em ato, mas é também ela “fonte” de eucaristia/louvor/oração.

A participação neste banquete deve nos levar “cada vez mais a viver a vida” do Reino, nos ensina a oração sobre as oferendas. A vida do Reino é uma vida de “santa alegria” de “gozo das alegrias” eternas que tem sua fonte na consciência de que fomos libertados da escravidão do pecado e da morte, como nos ensina a coleta da missa de hoje.

A vida do Reino nos foi descrita por São Paulo hoje na segunda leitura: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também os vosso corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em vós”.

Que a “eucaristia” de hoje – celebração/oração/ Corpo e Sangue de Cristo – transforme a nossa vida numa “vida eucarística”; assim uniremos a nossa voz a voz de Cristo para dizer: “eu te louvo, ó Pai”!

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