Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 12 de julho de 2014




15º DOMINGO DO TEMPO COMUM
13 de julho de 2014
       “Jesus Cristo é o semeador 
                                          e a semeadura”
Leituras: 
Isaías 55,10-11; 
Salmo 64 (65), 10.11.12-13.14; 
Carta de São Paulo aos Romanos 8, 12-23; 
Mateus 13, 1-23.

COR LITÚRGICA: VERDE

 Nesta Eucaristia, Jesus vem falar da semente lançada na terra e os diferentes tipos de terrenos que ela pode encontrar, terreno este que é o nosso coração. Jesus é a semente e não se deixa abater diante dos vários tipos de terrenos que encontra. Devemos acolher a Palavra, para que ela crie raízes e assim poderemos dar muitos frutos
1. Situando-nos brevemente:

Diletos, é na liturgia que a Escritura se sente verdadeiramente em casa, porque na proclamação litúrgica a Escritura se torna plenamente aquilo que é: Palavra de Deus viva, presente em meio a nós. O Concílio Vaticano II nos ensina que a proclamação da Palavra de Deus na liturgia tem um valor sacramental da presença de Cristo, pois “é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura”. (SC, n.7).

O Concílio ensina que “é enorme a importância da Sagrada Escritura na celebração da Liturgia porque é nela que se vão buscar as leituras que se explicam na homilia e os salmos para cantar; com o seu espírito e da sua inspiração nasceram as preces, as orações, e os hinos litúrgicos; dela tiram a sua capacidade de significação às ações e os sinais” (SC, n.24).

Por causa desse imenso valor dado às Sagradas Escrituras, o mesmo Concilio pediu que fossem “mais abundante variada e bem adaptada a leitura da Sagrada Escritura, nas celebrações litúrgicas” (SC, n.35,1) e exortou que se preparasse para os fiéis, com maior abundância, a mesa da Palavra de Deus e se abrissem mais largamente os tesouros da Bíblia (cf. SC, n.51).

Neste XV Domingo do Tempo Comum de maneira especial somos convidados a uma atenção a esse dado, à riqueza com que a Palavra de Deus acaba de ser semeada nos nossos corações. “A proclamação litúrgica infunde vida nos ossos ressequidos das antigas escrituras, as desperta para fazê-las tornarem-se, no mundo, a presença transformadora e fecundante de Cristo ressuscitado” (Cf. 50 N. Bonneau, II lezionario domenicale, origine, struttura, teologia. EDB, Bologna, 2012, p.7).

Eis-nos, pois, neste domingo diante de uma realidade ímpar, uma das mais desconcertantes e, ao mesmo tempo, reconfortante realidade: Deus fala. O Deus da Bíblia é um Deus que fala. “Um dos traços mais característicos do Deus vivo – escreveu alguém – é que ele fala aos homens. Revela-se não só na linguagem silenciosa da natureza e dos sinais das criaturas; ‘fala’ por suas intervenções históricas de salvação e de misericórdia” (Comentário in Missal dominical, missal da assembléia cristã, Paulus, São Paulo, 1995, p.742).

Ele acabou de falar-nos neste evento histórico, que é esta celebração eucarística e na proclamação solene das leituras das Sagradas Escrituras. E o que nos disse?

2. Recordando a Palavra

O Evangelho que acabamos de ouvir é tirado do capítulo 13 de São Mateus; os biblistas o chamam de capítulo das parábolas, que se insere dentro de uma sessão própria do evangelista Mateus, na qual ele reúne os discursos de Jesus feitos de forma “metafórica”. O capítulo reúne sete parábolas, cujo tema central é o Reino de Deus, não como uma realidade teórica, mas como uma proclamação que só se entende depois que se responde positivamente ou negativamente.

Os que respondem positivamente encontrarão o reino como um tesouro, uma pérola, os que respondem negativamente são “sufocados pelos espinhos”, “comidos pelos pássaros” e “morrerão entre “os pedregulhos” da terra, sufocados pelo calor do sol. As parábolas são: a do semeador, com sua explicação, a que acabamos de ouvir; a do joio; a do grão de mostarda; a do fermento, que ouviremos no próximo domingo; a do tesouro; a da pérola e a da rede, que ouviremos no domingo seguinte.

Algumas parábolas, como a de hoje, tem uma estrutura litúrgica: uma “proclamação” e uma “homilia”, ou exposição do sentido teológico/moral da palavra anunciada. Jesus Cristo é ao mesmo tempo o proclamador e o homileta. A parábola tem como personagem principal um agricultor que tem um objetivo preciso, isto é, “saiu para semear”.

Tal agricultor é aparentemente descuidado, ou desprovido do senso da sua profissão. Ele parece “desperdiçar” a semente. Ele a deixa cair à beira do caminho, em terreno pedregoso, em meio aos espinhos, outras porém caíram “em terra boa”. Reparem que a parábola não fala da “terra pronta, perfeita”, mas terra boa, isto é, terra propensa a acolher a semente.

Na “segunda parte da parábola”, Jesus deixa claro quem são os “personagens” da sua parábola: o semeador é Deus, a semente é a Palavra de Deus (cf. Mc 4,14), a beira do caminho, o terreno pedregoso, o terreno espinhoso e a terra boa são o coração do homem. Certo que por coração não se entende “órgão corporal”, mas a vida do homem, o cotidiano, o existencial.

Mas não só, indica também o lugar onde o homem centraliza a sua existência, onde ele “esconde” a sua fonte vital. Isto quer dizer que da parte de Deus vem o dom, a gratuidade da Palavra que cria todas as coisas. Da parte do homem deve vir a responsabilidade de abrir espaço para a Palavra germinar.

A primeira leitura também é uma parábola e, como o Evangelho ela também tem como tema central o Reino de Deus. Aqui o profeta usa outra imagem para a Palavra: ela é chuva e neve. Ele vem do céu, ela vem irrigar e fecundar a terra, ela é eficaz. “Assim a palavra que sair de minha boca, não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo o que for da minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.

Claro está que tanto lá no Evangelho como aqui na profecia a “semente e chuva” são, não coisas, mas uma pessoa, Jesus Cristo. Assim como a chuva e a semente vêem de cima, Jesus vem do alto; a semente é Sua imagem porque gera a vida, a chuva é Sua imagem porque alimenta a vida, porque permite à semente germinar.

O salmista usando a linguagem de um agricultor resume toda a História da salvação com imagens emocionantes: é Deus quem visita a terra com a sua chuva, Jesus Cristo, e a faz transbordar de fartura, confirmou o povo ao ver ressuscitada a viúva de Naim: “um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo” (Lc 7,16), “conforme prometera a nossos pais” (Lc 1,55) “o Senhor Deus de Israel, visitou e redimiu seu povo fazendo para nós surgir um poderoso Salvador” (Lc 1,68-69), como os “pastos que brotam no deserto” e “colinas que se enfeitam de alegria e os vales que se revestem de trigais”.

3. Atualizando a Palavra

Amados irmãos, esta Palavra é mais que atual. O sistema no qual vivemos nos obriga a sermos cada vez mais insensíveis à Palavra. Quantas vezes ela soa estranha aos nossos ouvidos. “A Palavra é fogo” (outra metáfora), escreve Pronzato. E nós atiramos sobre ela baldes de água de nosso bom-senso, de nossa falsa prudência, de nossa incrível preguiça.

Eis o que significa ‘tornar inócua’ a Palavra, atraiçoar a Palavra, ter o coração empedernido. Portanto, a culta não deve ser procurada [somente] e nossa cultura deficiente [pois o semeador é ‘aparentemente’ descuidado e não de fato]. [...] a causa profunda deve ser procurada, como podemos [deduzir], em uma atitude fundamental que está errada. O coração empedernido, precisamente.

O terreno já está ocupado: por nós mesmos, pelos nossos esquemas, pelos nossos preconceitos, pelo nosso bom-senso. A Palavra em nós deve tornar-se vida. Não pode permanecer No estágio da inteligência e nem também naquele do vago sentimentalismo. É preciso que se torne vida, caso contrário acaba por se desvirtuar, envelhecer, tornar-se incompleta.

Irmãos, intencionalmente, e não por negligência, o divino semeador semeia a Palavra sobre o caminho, entre os espinhos, e em terreno pedregoso. “Deus parece semear seu Reino em pura perda, entre os homens, mas dessas estéreis tão pouco promissoras surge ‘uma ceifa que supera todas as esperanças’” (Cf. Bible er Vie Chrétienne, 87 (1978), p. 42).

Ele semeou no coração de Saulo e este se tornou Paulo, no coração de uma prostituta e ela se tornou Maria Egipcíaca, semeou no coração do mundano Francisco, o Francisco, “do mundo” e ele se tornou o Francisco “de Assis”, ele semeia ainda hoje no coração de um estuprador e ele se transforma num pregador, semeia no coração de um drogado e ele se torna um voluntário num hospital infantil do câncer, ele semeia no coração de um assassino e ele se transforma em um missionário na África.

Repreende-se justamente um semeador por fazer assim, por não ser atento à técnica da semeadura, por não fazer uma planilha, um cálculo, por não consultar um engenheiro. A técnica e o bom-senso sabem e nos ensinam que “a pedra não poderia tornar-se terra, os espinhos não podem deixar de ser espinhos, o caminho pode não ser mais pisado pelos transeuntes e tornar-se um campo fecundo; os espinhos podem ser arrancados e permitir ao grão, uma vez desembaraçado, frutificar. Se tudo isso não fosse possível, o [divino] semeador não teria espalhado o seu grão” (João Crisóstomo. Homilia sobre Mateus. 44, 3, in PG 49, 983).

Lembremos do salmista: “É assim que preparais ‘a nossa terra’: os seus sulcos com a chuva amoleceis... Transborda a fartura onde passais, brotam pastos no deserto. As colinas se enfeitam de alegria... Nosso vales se revestem de trigais: tudo canta de alegria”.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Conta-se que um jovem padre assumiu uma paróquia localizada em uma zona rural e na sua primeira semana de pastoral, com o seu belo carro, começou a percorrer os sítios. Passou de frente a um belíssimo campo arado, onde o milho e o feijão já estavam viçosos, e, para demonstrar-se simpático, dirigiu-se ao agricultor que estava sentado sob uma árvore: _ Seu José, que beleza de campo. Veja a obra estupenda que Deus fez. Ao que o agricultor respondeu com simplicidade: _ Pois é, seu padre, pena que o senhor chegou atrasado. O senhor deveria ter passado aqui para ver quando Ele trabalhava sozinho. Isso era um matagal só.

De fato, a perfeição da obra de Deus não exclui a nossa parte, o nosso esforço em preparar o terreno. O gesto que estamos prestes a realizar, de trazer processionalmente pão e vinho, “fruto do trabalho humano”, é de fundamental importância para que Deus opere aquela transformação dos nossos dons no maior de todos os dons, o “Pão da vida eterna e cálice da salvação”.

Esse grande mistério acontece pela Palavra, e ao mesmíssimo tempo esse mistério é a Palavra: “Ele é a vossa Palavra viva pela qual tudo criaste” (Prefácio Oração Eucarística II). Não só a liturgia da Palavra é um semear. Também, e especialmente, na Liturgia Eucarística, pela participação à mesa, a Palavra que foi proclamada no Evangelho, que se tornou carne humana no seio da Virgem Maria, que se transformará em Pão, será “semeada”, “plantada” dentro de nós.

Sim, Jesus Cristo é para nós o Semeador, o que proclama a Palavra, e a Semeadura, a Palavra proclamada.

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