Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Deserto” (midbar) “lugar solitário”





1. Batizado nas águas do Jordão, Jesus parte sozinho para o deserto, a fim de se preparar, para a bem dura prova da sua missão pública. Curiosamente, a palavra “deserto” (midbar), na língua hebraica, tanto pode significar “lugar solitário”, como traduzir esta afirmação: “Eu falo”. Nesse sentido, o deserto é, ao mesmo tempo, o lugar do silêncio e é o lugar da Palavra, que esse silêncio nos guarda! 

2. À semelhança de Jesus, também São Paulo, depois da conversão e do batismo, partiu para o deserto. Diz o Apóstolo: “quando aprouve a Deus revelar o seu Filho em mim, para que o anuncie como Evangelho entre os gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma, nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de mim. Parti, sim, para (o deserto da Arábia e voltei outra vez a Damasco” (Gal.1,15-17). 


Assim, ao seu primeiro arrebatador e entusiástico início, seguir-se-ão, para São Paulo, os tempos de silêncio e provação. Não estranhamos: a resposta à vocação implica um distanciamento de muitas vozes e ruídos, uma verdadeira experiência de escuridão, dúvida e prova (cf. Act. 9,8-9; 22,11.13). Paulo não tem pressa em anunciar. Sente a necessidade de continuar a lavar-se por dentro, no deserto da Palavra. 

Nesta perspectiva, Paulo acompanha-nos no nosso caminho com Cristo, através do deserto. Ele serve-nos de guia espiritual, neste tempo forte, em que somos chamados a consultar Deus, a escutar a voz íntima, para nos convertemos a Ele, para participarmos da vida nova da ressurreição.

3. Frequentemos então este deserto, jejuando, como Jesus, para dar prioridade “a toda a Palavra que nos vem da boca de Deus” (Mt.4,4)! Devíamos criar este deserto, a partir do ambiente austero e silencioso das nossas famílias. Porque não, pais e filhos, combinarem um tempo de silêncio e Oração em comum, à custa de um jejum de TV ou de uns tempos de café? Isso obrigar-nos-á, porventura, a silenciar muitas outras palavras, para as quais os nossos ouvidos estão bem mais dispostos e predispostos! É dessas «palavras», do ruído de outras vozes, com que a rádio, a televisão, a Internet, a playstation, o mp 3/4, o telemóvel, nos distraem, que precisamos agora de jejuar, para nos oferecermos ao Senhor, como um Povo bem disposto faminto da Sua Palavra! 

 De certo modo, - e este desafio é sobretudo para os mais novos - é preciso desconectar-se um pouco das novas tecnologias da informação, diversão e comunicação, para se “conectar mais intimamente com Deus”. Como diz um antigo hino quaresmal, «usemos de modo mais sóbrio palavras, alimentos, bebidas, sono e jogos, e assim permaneçamos mais atentamente vigilantes». Tenhamos, por isso, um maior compromisso na Oração, na “Lectio Divina”, no recurso ao Sacramento da Reconciliação e na participação ativa na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa Dominical. E por que não na missa diária?! As propostas de cada semana, destinam-se a consultar, a gravar, a viver e a rezar a Palavra, que ressoa no deserto das nossas vidas. 
 
4. Mas – insisto - não há deserto, sem experiência de jejum. E nós jejuamos, não apenas, para nos dominarmos, mas também para nos darmos aos outros. Usamos e gastamos menos, para podermos ser e dar mais. “Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente”. Tem particular atualidade, no atual contexto de crise social e econômica, este jejum, que eu definiria sobretudo por um estilo de vida mais sóbrio. 

Com tantas famílias em dificuldades, com o desemprego a deixar na miséria mesmo os mais remediados, impõe-se um jejum. É uma espécie de «greve de fome», um protesto solidário com os pobres, um grito silencioso contra a crise. De facto, o jejum – nas várias formas expressivas da sobriedade de vida e de consumo – aviva e reaviva em nós o amor, abre no nosso coração a fonte da partilha. Não faz barulho, mas dá frutos de justiça e de caridade. 

Então, que “a Quaresma seja valorizada, em cada família, para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma, abrindo-a ao amor de Deus e do próximo”. 

5. O que mais importa mesmo é chegar à Páscoa, de alma e coração lavados; já fomos lavados na água do Batismo; agora, com a crosta do tempo, teremos de ser lavados a seco! Para isso, vamos, com Cristo, como Paulo, ao deserto. Vamos a banhos de areia! E silêncio … que Deus está aqui tão perto!

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