Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 28 de julho de 2011

PAI20FILHO








Em nosso cotidiano e, sobretudo, na catequese, quando queremos passar algum conceito do sagrado, esbarramos nos limites da linguagem humana. Quando falamos de Deus, expressamos em palavras aquilo que mais se aproxima ao que sentimos do Divino. Palavras que, por mais bem elaboradas que sejam, não contemplam com exatidão, nem tão pouco esgotam o sentido do Eterno. Palavras cujos limites acabam empobrecendo e ofuscando, mais do que esclarecendo, algumas ideias. Por isso, a experiência humana influencia nossa fé e a maneira com a qual nos relacionamos com a religião. Dessas experiências dependem muitas de nossas posturas diante de termos e pensamentos religiosos.

Uma definição complicada de se fazer, por exemplo, é a de Deus. Quem é Ele? Como entendê-lo? Como nos dirigir à sua Pessoa? O povo do Primeiro Testamento comumente chamava Deus de Senhor. Jesus, em sua vivência humana, chamou Deus de Pai e, a partir daí, é assim que nos referimos a Ele.

Quando uma criança ouve essa definição, fatalmente fará o paralelo com o seu pai terreno. Aí mora o perigo, pois em certas situações a figura paterna evoca sentimentos ruins. De repente o pai pode ser alguém hostil, pouco carinhoso ou até mesmo agressivo, alguém que, ao invés de proteger, causa dor e insegurança. Então a criança desenvolve prematuramente um sentimento de rejeição com Deus Pai. Sentimento este que deve ser detectado e muito bem trabalhado pelos educadores da fé, a fim de mostrar que o Pai do céu é puro amor e misericórdia, incapaz de querer o mal, abandonar ou desprezar um(a) filho(a).

O Ofício Divino das Comunidades traz muitas alusões à face materna de Deus. Uma de suas orações diz: “Ó Deus do universo, tu nos visitas com amor de mãe. Abre hoje as portas do nosso coração para te acolher...”; em outra temos: “Ó Deus, teu amor maternal é a nossa esperança de salvação...”; ou ainda: “O Deus da paciência e Mãe da Consolação nos dê a unidade”. Talvez, apresentar Deus com uma feição materna seja, para muitos, uma forma de experimentar melhor a figura do nosso Criador.

Particularmente eu não tive problemas com esta definição paterna de Deus. Isso graças ao meu pai, o senhor José, que também foi carpinteiro como o pai de Jesus. Lembro do quanto fiquei feliz quando, ainda criança, ouvi falar que Deus é Pai. Lembrei do meu pai e entendi que Deus era forte, gostava de mim, corria ao meu encontro, me pegava nos braços e até me colocava de cavalinho em seu pescoço quando, inúmeras vezes, o esperava no portão de casa quando retornava do serviço. Junto Dele teria segurança, estaria protegido. Mesmo no silêncio, sabia que se preocupava comigo e fazia todo o esforço do mundo para me ver feliz. Assim, meu relacionamento com o sagrado pode se desenvolver de forma mais madura e prazerosa, pois estava aberto filialmente a acolher a paternidade Divina.

Falando nisso, lembro-me de um episódio que ocorreu comigo ano passado. Estou no seminário há sete anos. Nesse período fico em casa com maior tempo nas férias. Nessas ocasiões meu pai está trabalhando. O vejo geralmente à noite, mas sempre com alguém por perto. Acabamos não tendo ocasiões de ficarmos a sós, relacionarmos como pai e filho. Também já tenho mais de trinta anos, e depois de certa idade os relacionamentos mudam mesmo. Hoje meu pai exerce a profissão de pedreiro e, ano passado, foi contratado para reformar a casa dos padres numa praia do litoral capixaba. Vinha em casa quinzenalmente e, nessas ocasiões, o padre responsável pela obra o buscava e levava novamente. Numa dessas vindas, o padre não podia levá-lo devido a compromissos na agenda. Então ligou pra mim, para saber se eu podia fazer esse favor. Era num domingo à tarde e eu estava em Manhuaçu, numa assembleia com a catequese da paróquia Bom Pastor. Meu pai veio dirigindo até esta cidade e, a partir daí, eu assumi o volante até nosso destino. No caminho conversamos sobre o pessoal lá de casa e ele quis saber como eu estava no seminário. Ao chegar lá, enquanto eu tomava banho, ele arrumou minha cama no melhor lugar do quarto e colocou o melhor ventilador voltado para mim, estava muito calor. À noite, senti um lençol me cobrindo. Pela manhã descobri que meu pai havia tirado o lençol dele e colocado em mim, pois julgou que havia esfriado de madrugada. De manhã fomos dar uma volta na praia. Ele me levou até lá e voltou, pois tinha de trabalhar. Fiquei uns trinta minutos caminhando. Quando retornei do passeio, o carro, que antes estava bem sujo, encontrava-se lavado. Era mais uma obra de meu pai. Então peguei minhas coisas, coloquei no veículo. Na despedida recebi um forte abraço e um beijo. Quando dei a partida no motor, meu pai veio em minha direção, se debruçou na janela e me deu dinheiro para comprar algo no caminho caso tivesse fome. Ao sair, pelo retrovisor pude ainda ver a figura de meu velho amigo no portão da casa observando seu filho retornar.

São detalhes pequenos, mas que aos olhos de um observador atento demonstram cuidado e afeto. É como Deus se relaciona conosco. Daí quero lembrar a responsabilidade dos pais na criação e educação de seus filhos. Vocês são a imagem de Deus na vida deles. Um Deus que cuida, ama de forma gratuita, se doa a nós e nos protege.

O Deus Pai, que pela força maternal do Espírito, santifica o seu povo, nos abençoe agora e sempre. Amém!

Marlone Pedrosa, 4º ano de teologia

Fonte: Revista Diretrizes de maio de 2011

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