Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 12 de abril de 2018

O Arrependimento ou a Fé: O que vem Primeiro?


O que é um Ato de Contrição? 

Entre os atos do penitente, a contrição ocupa o primeiro lugar. Ela é «uma dor da alma e uma detestação do pecado cometido, com o propósito de não mais pecar no futuro» (01).

Quando procedente do amor de Deus, amado sobre todas as coisas, a contrição é dita «perfeita» (contrição de caridade).
Uma tal contrição perdoa as faltas veniais: obtém igualmente o perdão dos pecados mortais, se incluir o propósito firme de recorrer, logo que possível, à confissão sacramental (02).

A contrição dita «imperfeita» (ou «atrição») é, também ela, um dom de Deus, um impulso do Espírito Santo. Nasce da consideração da fealdade do pecado ou do temor da condenação eterna e das outras penas de que o pecador está ameaçado (contrição por temor). 

Um tal abalo da consciência pode dar início a uma evolução interior, que será levada a bom termo sob a ação da graça, pela absolvição sacramental. No entanto, por si mesma, a contrição imperfeita não obtém o perdão dos pecados graves, mas dispõe para obtê-lo no sacramento da Penitência (03).

É conveniente que a recepção deste sacramento seja preparada por um exame de consciência, feito à luz da Palavra de Deus.
Os textos mais adaptados para este efeito devem procurar-se no Decálogo e na catequese moral dos evangelhos e das cartas dos Apóstolos: sermão da montanha e ensinamentos apostólicos (04).

A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um regresso, uma conversão a Deus de todo o nosso coração, uma rotura com o pecado, uma aversão ao mal, com repugnância pelas más ações que cometemos. Ao mesmo tempo, implica o desejo e o propósito de mudar de vida, com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda da sua graça. Esta conversão do coração é acompanhada por uma dor e uma tristeza salutares, a que os Santos Padres chamaram animi cruciatus (aflição do espírito), compunctio cordis (compunção do coração) (05)1431).

O que vem primeiro: o arrependimento ou a fé? Essa é uma pergunta desnecessária; e fútil, a insistência de que um é anterior ao outro. Não há qualquer anterioridade. A fé para a salvação é uma fé de arrependimento; e o arrependimento para a salvação é um arrependimento de fé...A interdependência entre a fé e o arrependimento pode ser vista quando lembramos que a fé é a fé em Cristo para a salvação do pecado. Mas, se a fé é direcionada à salvação do pecado, tem de haver ódio do pecado e desejo de ser salvo do pecado. 

Esse ódio do pecado envolve arrependimento, que consiste essencialmente em converter-se do pecado para Deus. Ora, se lembramos que o arrependimento é o volver-se do pecado para Deus, esse volver-se para Deus implica fé na sua misericórdia revelada em Cristo. É impossível separar a fé do arrependimento. A fé salvadora é permeada de arrependimento, e este é permeada de fé. 
A regeneração se torna expressiva em nossa mente por meio do exercício da fé e do arrependimento.

O arrependimento consiste essencialmente em mudança de coração, mente e vontade.  
 
Essa mudança de coração, mente e vontade diz respeito, em especial, a quatro coisas: é uma mudança que diz respeito a Deus, a nós mesmos, ao pecado e à justiça. Sem a regeneração, os nossos pensamentos sobre Deus, nós mesmos, o pecado e a justiça são drasticamente pervertidos. A regeneração muda a mente e o coração. Ela os renova por completo. Há uma mudança radical em nossa maneira de pensar e sentir. As coisas velhas passaram, e todas as coisas se tornaram novas. É importante observar que a fé para a salvação é a fé acompanhada por mudança de pensamento e atitude.
O arrependimento é aquilo que descreve a resposta de converter-se do pecado para Deus. 

Este é o caráter específico do arrependimento, assim como o caráter específico da fé é receber a Cristo e confiar somente nEle para a salvação. O evangelho é não somente a mensagem de que pela graça somos salvos, mas também a mensagem de arrependimento e a mudança radical de mentalidade.

Padre Emílio Carlos Mancini


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01-Concílio de Trento, Sess. 14ª, Doctrina de sacramento Paenitentiae, c. 4: DS 1676.
02-Cf. Concílio de Trento, Sess. 14ª, Doctrina de sacramento Paenitentiae, c. 4: DS 1677.
03-Cf. Concílio de Trento, Sess. 14ª. Doctrina de sacramento Paenitentiae, c. 4: DS 1678: ID., Sess. 14ª, Canones de sacramento Paenitentiae, can. 5: DS 1705.
04-Cf. Rm 12-15: Cor 12-13: Gl 5: Ef 4-6.
05- Cf. Catecismo 1431

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