Anunciação do Senhor a Virgem
“Segunda-feira,
9 de abril, dia em que o Carmelo celebrava a festa da Anunciação,
transferida devido à Quaresma, foi escolhida para minha entrada.”
Hoje, 130 anos depois do ingresso de Santa Teresinha do Menino Jesus na
clausura, também segunda-feira, também dia 9 de abril, também festa da
Anunciação do Senhor.
“Eis que
conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será
grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo”… (Lc 1,31)
“Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a Vossa vontade.” (Lc 1, 38)
Com este “Fiat” de Maria
um Deus se tornou homem como nós”.
A
Solenidade da Anunciação do Senhor é uma das mais belas
festividades Marianas.
Com o anúncio da Encarnação do Filho de Deus à Virgem Maria, Deus entra
em nosso mundo fazendo-se humano como nós. Assim, a entrada do Verbo
Divino (Nosso Senhor Jesus Cristo) em nosso meio eleva a natureza humana
a um grau de santidade jamais imaginado por alguém. Pelo “sim” de Maria
manifesta-se a maior expressão do amor de DEUS por toda a humanidade.
Maria, o primeiro sacrário vivo da
Eucaristia, recebeu dos cristãos o título de Nossa Senhora da
Anunciação. Virgem Maria foi contemplada no Mistério da Encarnação como a
escolhida para ser a Mãe de Deus. Diante do anúncio do anjo Gabriel,
Ela se submete num ato de fé e de humildade. Aceitando a sua parte na
missão salvífica, Maria Santíssima demonstra sua confiança no Senhor
Deus fazendo-se Instrumento Divino nos acontecimentos que hão de vir.
Pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da
Maternidade Divina, mas também, os sofrimentos e os sacrifícios que a
ela estavam ligados.
Cabe ressaltar, na Anunciação, duas
características da Virgem Maria que foram determinantes para a
Encarnação do Verbo e para a Salvação da humanidade: sua fé e sua disponibilidade.
Por causa de sua fé, Maria, mesmo sem
saber como acontecerão os fatos a partir daquele instante, aceita fazer a
vontade de DEUS, incondicionalmente. Como serva não tem mais direitos,
por essa razão, se coloca numa atitude de total disponibilidade ao Seu
Senhor.
Maria Santíssima compreendia a grandeza
de Deus e o nosso “nada”. Devido à sua humildade, assustou-se ao ouvir
os louvores do Anjo: “Ave, cheia de graça.”
São Tomás de Vilanova (1488-1555)
exclama: “Ó poderosa, ó eficaz, ó augustíssima palavra! Com um “Fiat”
(faça-se) Deus criou a luz, o céu, a terra, mas com este “Fiat” de Maria
um Deus se tornou homem como nós”.
Pela ação do Espírito Santo, formou-se,
no seio da Virgem Imaculada, o corpo do Filho de DEUS. Essa foi a maior
de todas as maravilhas: na Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo
(verdadeiro Deus e verdadeiro Homem), se unem as naturezas divina e
humana.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica:
484. A Anunciação a Maria inaugura a
«plenitude dos tempos» (Gl 4, 4), isto é, o cumprimento das promessas e
dos preparativos. Maria é convidada a conceber Aquele em quem habitará
«corporalmente toda a plenitude da Divindade» (Cl 2, 9). A resposta
divina ao seu «como será isto, se Eu não conheço homem?» (Lc 1, 34) é
dada pelo poder do Espírito: «O Espírito Santo virá sobre ti» (Lc 1,
35).
A Anunciação a Maria inaugura a
«plenitude dos tempos»
508. Na descendência de Eva, Deus
escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe do seu Filho. «Cheia de graça»,
ela é «o mais excelso fruto da Redenção» (182). Desde o primeiro
instante da sua conceição, ela foi totalmente preservada imune da mancha
do pecado original, e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo
da vida.
509. Maria é verdadeiramente «Mãe de Deus», pois é a Mãe do Filho eterno de Deus feito homem que, Ele próprio, é Deus.
De acordo com os Santos:
São João Paulo II: “No
momento da Anunciação, respondendo com o seu «fiat», Maria concebeu um
homem que era Filho de Deus, consubstancial ao Pai. Portanto, é
verdadeiramente a Mãe de Deus, uma vez que a maternidade diz respeito à
pessoa inteira, e não apenas ao corpo, nem tampouco apenas à ‘natureza’
humana. Deste modo o nome ‘Theotókos’ — Mãe de Deus — tornou-se o nome
próprio da união com Deus, concedido à Virgem Maria.”
Santo Agostinho: “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus”.
São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”.
São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus.”
A Virgem Maria, a mais humilde e
gloriosa de todas as criaturas de Deus, por meio do seu “sim” tornou-se
Co-Redentora da humanidade.
Por meio da Encarnação de Nosso Senhor
Jesus Cristo, no sei da Virgem Maria, a proclamamos Mãe de Deus. Então,
afirmamos que o Reino de Deus já está no meio de nós, pois o dogma da
maternidade divina assevera que o próprio Deus, na pessoa de Jesus
Cristo, entrou na história humana.
Peçamos a Nossa Senhora, Mãe de DEUS e nossa Mãe, a graça da fé e da disponibilidade para as coisas de DEUS.
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Fontes Consultadas:
Biblia Católica Ave Maria – Edição
PastoralCarta encíclica Redemptoris Mater – do Sumo Pontífice João Paulo
II sobre a bem-aventurada Virgem Maria na vida da igreja que está a
caminhoConstituição Dogmática Lumen Gentium, 66 – IV. O CULTO DA BEM
AVENTURADA VIRGEM NA IGREJA.Compêndio CatecismoGlórias de Maria
Santíssima – Santo Afonso Maria de Ligório
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