Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pedro, tu me amas?

TENHO SEDE!

“Ponho-me a ouvir: o que o Senhor dirá? Ele vai falar de paz” (Sl 84) e de amor.

Jesus pergunta três vezes a Pedro: - “Pedro, tu me amas?” E Pedro respondeu: - “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. E ainda Jesus entrega a ele este mandato: - Cuida do meu rebanho!

Tudo o que Deus faz é por amor, com amor e no amor. Um amor que, segundo Paulo, “é paciente, é amável, não é invejoso, não é fanfarrão, não é orgulhoso, não faz coisas inconvenientes, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas alegra com a verdade. Tudo desculpa, tu crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais se acabará... O maior de tudo é o amor” (1Cor 13,4-8.13). Sem amor nada nesta vida nada tem valor. Dizia Santa Teresinha, padroeira das missões: “amar é tudo dar. É dar-se a si mesmo”. E acrescentava o grande místico São João da Cruz: “no entardecer da vida seremos julgados pelo amor”.

O amor o tema do diálogo – melhor dizendo: um diálogo de amor - entre Jesus com Pedro, na manhã da ressurreição, à beira do Lago de Tiberíades. “Pedro, tu me amas? Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Da boca de quem se ouviu três negações, ouvir agora três declarações de amor é experimentar o melhor fruto que a ressurreição produz. A tríplice confissão pagou a tríplice negação.

Pedro e Paulo são substancialmente dois “homens do Evangelho”. No espírito missionário, depois de Cristo, Paulo foi único. E no espírito do amor, depois de Jesus, Pedro também foi único. Ninguém como Pedro e Paulo nestes dois ministérios. Paulo único no serviço missionário, Pedro único no serviço do amor. Os dois únicos na missão de servir e amar. A Pedro Jesus pediu-lhe amor, a Paulo Jesus pediu-lhe serviço. Aos dois Jesus pediu-lhes missão.

Amar é servir, servir é amar! Amar é missão, missão é amar!

Temos, pois, amados, amadas de Deus, hoje para a nossa meditação, longe dos olhos, mas perto dos corações, a vasta e complexa realidade do tempo e do lugar da aparição de Jesus, na manhã da ressurreição, à beira do mar da Galileia.

Receba tudo isto como apelo, inspiração e iluminação à vasta e complexa realidade missionária de cada um de nos batizados.

Neste dia queira selá-la com a marca destas duas colunas da Igreja a tua vida: Pedro e Paulo.

Esteja aberto a ouvir, com muita atenção, e até ruminar este mandato de Jesus: Pedro, apascentas as minhas ovelhas que estão em.....(no seu lar, trabalho,ao seu redor)

Entenda perfeitamente que a nossa missão, aqui, é a mesma de Pedro e de Paulo.

Manhã é o limite entre noite e dia; litoral é limite entre mar e terra; manhã e litoral são o tempo e o lugar, típicos do homem, posto entre duas realidades contrárias, chamado a transpor o limiar das trevas à luz, da noite ao dia, da morte à vida. Neste sentido, Paulo, em outra ocasião, afirma: “Já é hora de vocês acordarem. A nossa salvação está agora mais próxima do que quando começamos a acreditar. A noite quase passou e o dia se aproxima. É preciso então deixar de lado tudo o que em nós ainda é escuro e revistamo-nos dos instrumentos da luz para viver como quem vive em pleno dia” (Rm 13, 11- 12).



Este capítulo 21, posto no fim do evangelho de João, mais do que conclusão e epílogo, é, ao mesmo tempo, prólogo, abertura e começo. No amor, começa tudo, tem origem a tudo, inclusive a nossa missão. Nossa missão começa aqui: no amor! Portanto, como a Pedro, à beira do Mar da Galileia, à beira do Rio de Nossa Vida, iniciemos a cada dia esta Grande Missão de amorização. Deus escolhe seus discípulos missionários por amor. Missionário só exerce bem o seu ministério com amor. Só o amor justifica a missão. Tenho sede deste amor que alimenta, impulsiona, traz ardor e dá sentido à missão.

Porque se é PADRE? Por que se é bispo? Por amor! Por que se é missionário? Por amor! Por que ser pai de família? Por amor!

O amor, amados, amadas de Deus, é a razão de estarmos aqui. Sem amor não estaríamos aqui. Somente por amor e nada mais. O amor é vital, é existencial, é contagiante, atrai... O amor é o princípio da vida e da missão. Sem amor nada tem valor! A missão sem amor é omissão. A Igreja sem amor é gueto. O padre ou bispo sem amor é carreirismo. Instituição e amor não são algo separados. Sem amor a instituição é perversão. O primado de Pedro é o primado do amor. Só quem ama Jesus é autorizado por Ele a apascentar e guiar o seu rebanho. Amor e missão: o amor é missão e a missão é amar, é amor. A missão é um caso de amor.

Jesus fez Pedro entender que amar a Jesus é amar, cuidar, apascentar o rebanho são partes da mesma missão.

Seja esta sede de amor que possa mover os nossos dias e a nossa vida .

Amor a Jesus, amor à Igreja, amor à missão! Apascentar o rebanho do Senhor é um “amoris officium”, no dizer de Santo Agostinho. A ação pastoral da Igreja e, portanto, do padre, do bispo de um pai de uma mãe de um cristão , é um ofício de amor.

Num mundo como o nosso que prima pela banalização da violência, que explora, marginaliza e martiriza os pobres, que joga no lixo a verdade e a vida, que endeusa a ganância e o egoísmo, que busca desenfreadamente o supérfluo, o poder e o dinheiro, a corrupção e a malversação do bem comum, que dizima a vida cristã, que privatiza e comercializa o sagrado e transforma a religião em comércio, o milagre em algo a ser vendido e comprado, que busca a Deus pelo dinheiro, que vive a tirania e a ditadura do relativismo, que desfruta, à exaustão, a natureza e destrói o meio ambiente, reafirmamos o primado do amor.

Aos amantes de si mesmos anunciamos os amantes de Jesus.

Segundo o papa Bento XVI o amor é a carta magna de todo o serviço eclesial, de modo especial, do serviço que padres e os bispos prestam ao povo de Deus. Amar é fazer Deus presente no mundo, é gerar Jesus no coração das pessoas, das comunidades e da sociedade.

Como Santa Teresinha, encontrei e entendi, afinal, que a minha vocação nesta Igreja de é AMAR. Enquanto em são Francisco: “o amor, na cruz, não foi amado”, em Pedro, sim, o amor foi amado. Jesus não se contenta com um amor menor e igual. Mas pede sempre de nós, como de Pedro, um amor maior, mais do que o amor dos outros e aos outros.

Creio muito nas palavras de Santa Teresa de Jesus: “nada te perturbe, nada te espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem tem Deus, nada lhe falta. Só Deus basta!” Tudo passa mesmo: poderes, glórias e grandezas humanas, honrarias e títulos honoríficos... Só Deus basta porque Ele é Amor. E é esta Palavra eterna que quero anunciar.

O Espírito é doador de todos os dons. E entre eles, estou eu aqui, este pequenino dom, este pequenino grão de areia, esta pedra britada.

Igreja amada de Jesus, me ajude a anunciar que “Deus Caritas est” - que Deus é amor!

A Igreja não é um palanque político para divulgação de programa de governo. Não é um centro comercial para se fazer propaganda de produtos religiosos. Mas, sim, é uma assembléia liturgia, lugar de se fazer a memória daquele que primeiro nos amou e, por amor, se sacrificou por nós.

Por isto, hoje neste tempo Pascal não posso prometer outras coisas. Não as tenho. Ouro e prata não tenho. Mas o que tenho prometo e dou: o meu amor. “Meu peso é meu amor, por ele sou levado aonde quer que eu seja levado” (Santo Agostinho).

Rezem com a vida: “Eu não possuo nem mesmo Cristo só para mim. Eu não tenho um projeto de evangelização, o meu é o projeto de Jesus. Eu não trouxe um projeto de evangelização; o meu é o projeto da Igreja. Em nome de Jesus Cristo, eu me proponho amar mais a Palavra de Deus; amar mais a Jesus Cristo; amar mais os pobres e os simples; amar mais a Igreja, em suas Comunidades Eclesiais; amar mais aos presbíteros, diáconos e vocacionados; amar mais as irmãs e os irmãos de especial consagração, das antigas e das novas Comunidades; amar mais os Movimentos, as Associações; a amar mais a missão. Em Cristo, prometo dar a minha vida por amor ao meu rebanho”.

No final deste evangelho, Jesus deixou a Pedro, a mim e a nós esta grande lição: quando Pedro era jovem planejava sua vida, agora não, deve fazer a vontade de Deus. Depois de uma longa caminhada o Senhor quer Pedro de mãos estendidas para serem amarradas e crucificadas. Este é o melhor fruto que devemos colher da ressurreição de Jesus: estender nossas mãos para que Ele possa reinar sobre nós. Agora, então, é que Jesus se dirige a Pedro: SEGUE-ME! Em João, diferente dos sinóticos, Pedro é chamado no final de um longo caminho de maturação, quando é outro, transformado, de mãos estendidas, atadas, crucificadas, ressuscitadas... Este deveria ser o nosso projeto de vida: levar, nas palmas das mãos, o amor missionário.

O mesmo amor prometido e jurado por Pedro a Jesus, à beira do Mar da Galileia, e declarado por Paulo às Comunidades, é o mesmo amor que prometo, juro e declaro a Jesus Cristo e a Igreja.

Concluo estas minhas palavras com as mesmas palavras de Paulo aos coríntios: “Eu amo vocês todos de coração” (1Cor 16,24 ). Assim seja. Amém!

Pe. Emílio Carlos Mancini+

Grãozinho de areia.


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