Todas as bem-aventuranças são a lei nova do amor ou a pedagogia dele - o seu lado oculto - e supõem uma espiritualidade pascal de morte e ressurreição.
Amar é sair de si; para sair de si é preciso esquecer-se de si... (2)
O espírito de Jesus que está na base de todas as bem-aventuranças é o espírito da humildade...
As bem-aventuranças são sete, oito ou nove situações (podem ser muitas) - situações humanas concretas que implicam um comportamento moral - em que o espírito de Jesus se vive, em estreita relação com o amor do Pai derramado nos corações. Sem elas, o amor não é verdadeiro.
Os pobres, os mansos, os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça são homens modestos que não fazem alarido, que pensam pouco em si e que, por isso mesmo, não têm medo de dar a cara. A humildade é neles energia de aceitação de si que lhes dá capacidade de integração de todas as coisas, define a sua personalidade de homens e os prepara para serem perseguidos por causa da justiça. São homens unificados que não esperam nada de nada e podem olhar o mundo pelo prisma de Deus com olhos de misericórdia, de justiça, de pureza...
Homens que vivem o espírito de Jesus, vão reproduzindo neles a sua imagem». -
Luís Rocha e Melo, em "Se tu soubesses o dom de Deus"
(1) Caridade - cfr. 1 Cor 13: 4-7.
(2) «Negar-se a si mesmo» - Mt 16, 24; «perder a vida para ganhá-la» - Mt 16, 25.
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