Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quinta-feira, 31 de março de 2011

Bem-aventurado João Paulo II, ocd

João Paulo II e o Carmelo

A notícia que milhões de fiéis católicos esperavam é chegada: no dia 1º de maio de 2011 João Paulo II será proclamado beato pelo Papa Bento XVI.

Se muitos são os motivos para alegrar-se dessa notícia, o Carmelo e todos aqueles que lhe são ligados apresentam alguns especiais. Uns motivos são de natureza histórica, outros de natureza espiritual e cultural.

À sombra do Carmelo

Karl Wojtyla nasceu em Wadowice em 1920 e naquela cidade, fundado por Rafael Kalinovski, havia um convento carmelitano. Como ele contou em 1996 em "dom e mistério", o seu primeiro encontro com a espiritualidade carmelitana e com o sinal do escapulário ocorre justamente graças a esta presença: "Também eu o recebi (o escapulário), creio na idade de 10 anos, e o trago ainda comigo". Este escapulário tornará uma espécie de relíquia para Wanda Poltawska que assim escreverá no seu "Diário de uma Amizade" no dia 31 de outubro de 1978, quando o seu amigo e bispo Wojtyla tornou-se Papa: "Ontem fiz uma limpeza no seu quarto (na cúria de Cracóvia), e encontrei o seu velho escapulário e o levei comigo".

Os laços de João Paulo II com o ambiente carmelitano prosseguiram mesmo depois de 1938, quando com o pai, transferiu-se a Cracóvia. No convento daquela cidade fez um retiro espiritual, e a hipótese de entrar na Ordem apareceu-lhe no horizonte. Em Cracóvia, em 1940, através da amizade com Jan Tyranovski, começou a ler os escritos de Santa Teresa e São João da Cruz.

Quando já bispo auxiliar de Cracóvia, no dia 12 de maio de 1963, na igreja dos Carmelitas, abençoava a lápide em memória de Rafael Kalinovski e auspicava de poder um dia invocá-lo com o título de santo. Vinte anos depois seu desejo se realizará porque em junho de 1982 ele mesmo o proclamará Beato e , em novembro de 1991, Santo.

Quando Pontífice, numerosas foram as ocasiões nas quais não deixou de exprimir o seu laço espiritual com o Carmelo. Entre as tantas recordamos duas. No dia 24 de janeiro de 1982, ao fum da visita pastoral à Paróquia de Santa Teresa de Ávila em Roma, quis visitar também a Casa Geral da Ordem. Depois de um breve momento de oração na capela, durante um discurso improvisado, falou de sua vida passada e disse: "Se olho ao meu passado, desde quando menino, quase desde o nascimento, vejo que eu vivi perto de um convento carmelita... e devo acrescentar que desde menino ia sempre confessar-me junto à vossa igreja". Em 1986, recebendo um grupo de carmelitas poloneses, por ocasião do 40º aniversário da sua ordenação, confidenciou-lhes: "Faltou pouco para que fosse um de vocês".

Os santos carmelitas no magistério de João Paulo II

Depois do que ocorreu em Cracóvia, o sacerdote Karol teve um confronto bem mais sistemático com os escritos de João da Cruz . Em 1948, pela conclusão do seu ciclo de estudos em teologia, escolhe para escrever a sua tese de laurea, o tema: "a doutrina da fé em São João da Cruz". Sucessivamente voltará a refletir, com outras breves contribuições, sobre os escritos do grande místico espanho.

Durante os quase 27 anos do seu pontificado, os contatos com a tradição carmelitana não só não se interromperam, como intensificaram-se: a partir de 15 de março de 1979 (à distância de 5 meses da sua eleição), quando visitou as Carmelitas Descalças do Mosteiro Regina Coeli em Roma, até o dia 11 de fevereiro de 2004 quando, de surpresa, apresentou-se para visitar o mosteiro Mater Ecclesiae do Vaticano, habitado naquele tempo pelas Carmelitas Descalças.

Os principais santos carmelitas foram recordados por ele nas viagens que fez às suas cidades de origem ou onde viveram: em Segovia e Ávila (1982), em Lisieux (1980), em Colônia (1987).

A doutrina dos santos carmelitas foi por ele recordade em importantes documentos: em 1990 a de São João da Cruz com a carta apostólica "Mestre na fé"; em 1997, a de Santa Teresianha com a carta apostólica "Divini amoris scientiz", com a qual conferia à jovem santa o título de Doutora da Igreja; e, enfim, em 1999, com a carta apostólica "Spes Aedificandi" com a qual proclamava Edith Stein, junto a Santa Catarina de Sena e Santa Brigida da Suécia, Co-patrona da Europa. Digno de nota é também o fato que em março de 1993 o poeta e Papa Karl Wojtyla tenha proclamado São João da Cruz patrono dos poetas de língua espanhola.

Numerosos os escritos do seu magistério pontifício nos quais aparecem, direta ou indiretamente, referências a testos dos santos carmelitas. Aqui é suficiente uma única lembrança, não porém a um documento oficial, mas ao livro entrevista "Passando o umbral da esperança", de 1994: "João da Cruz não propõe somente o desapego do mundo. Propõe o desapego do mundo para unir-se a Cristo que está além do mundo: e não se trata do nirvana, mas de um Deus pessoal. A união com Ele não se realiza somente sobre a via da purificação, mas mediante o amor. A mística carmelitana inicia no ponto no qual terminam as reflexões de Buda e as suas indicações para a vida espiritual. Na purificação ativa e passiva da alma humana, em preparação necessária para que a alma humana possa ser invadida pela chama viva do amor. E tal é também o título da sua obra principal: chama viva de amor".

Conclusão

Se a próxima beatificação de João Paulo II é motivo de alegria para todos os cristãos, para todos aqueles que, por diversos títulos e em diversas formas, sentem-se ligados à história carmelitana, o motivo é ainda maior. A santidade de João Paulo II é antes de tudo a santidade do cristão Karol Wojtyla que a história, a vontade dos homens e a de Deus chamaram-no ao sacerdócio, ao episcopado e ao papado. A santidade de Karol Wojtyla talvez não é senão a santidade de um místico que tornou-se tal também graças ao seu profundo laço com a mística carmelitana. Talvez uma indireta prova desta santidade das profundidades místicas, está justamente naquilo que ele confiou a um dos participantes de um encontro em Lima, no Peru, em fevereiro de 1985, que o parabenizou pelo seu bom espanhol: "Certo, homem! Tive que aprender o espanhol porque sempre tive um grande interesse pela mística... Minha tese de doutorado em Sacra Teologia foi baseada sobre as obras de Santa Teresa e São João da Cruz, os dois maiores místicos que já teve a Igreja Católica".

P. Aldino CAZZAGO, ocd in Movimento Ecclesiale Carmelitano

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