Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 9 de abril de 2011

O Mistério da Igreja: sua origem, fundação e missão.
(Parte 1 )


Os Padres da Igreja gostavam de comparar a Igreja à lua, pois assim como a lua recebe toda a sua luz do sol, assim também a Igreja recebe toda a sua luz de Cristo[1]. Meditar sobre o Mistério da Igreja é também meditar sobre o que somos enquanto cristãos, somos Igreja.

O sol que ilumina a Igreja, Cristo, é também quem mantém a sua jovialidade. A Igreja não envelhece, ela passa por fases que a levam ao amadurecimento no curso da história. Contudo, a vitalidade essencial que lhe vem do Pai em Cristo pelo Espírito Santo é sempre a mesma, a de Deus enquanto participada por essa criatura sua, a Igreja, que acolhe no seu seio a nova criação, a humanidade redimida no sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo.

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“Para perscrutar o mistério da Igreja, convém meditar primeiro sobre sua origem no desígnio da Santíssima Trindade e sobre sua realização progressiva no curso da história”[2].

Podemos pensar no mistério da Igreja, isto é, considerando-a, ela mesma, como um mistério; também podemos falar da Igreja do mistério, enquanto que ela é depositária do Mistério de Cristo. A Igreja na terra é – como diz o Concílio Vaticano II[3] – como um sacramento, ou seja, sinal vísivel de uma realidade invisível. A Igreja, Mistério de comunhão entre Deus e os homens, e destes entre si e com Deus, é sacramentum communionis, sacramento da comunhão: ela visibiliza o mistério de união com Deus e com os demais.

O Catecismo da Igreja Católica fala da Igreja como um projeto nascido no coração do Pai, prefigurada desde a origem do mundo, preparada na Antiga Aliança, instituída por Jesus Cristo, manifestada pelo Espírito Santo e consumada na glória[4]. Diz ainda: “A Igreja está na história, mas ao mesmo tempo a transcende. É unicamente “com os olhos da fé” que se pode enxergar em sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina”[5].

Ela é um mistério revelado paulatinamente até que chegasse a plenitude dos tempos (Cfr. Gal 4,4) e Jesus Cristo – que é a plenitude e o mediador da Revelação – a fundasse. Em primeiro lugar: como a Igreja é um projeto nascido no coração do Pai, e como o Pai é eterno, podemos dizer que a Igreja existe desde toda a eternidade no coração de Deus.

Como foi dito anteriormente, a Igreja é mistério de comunhão dos homens com o Pai no Filho pelo Espírito Santo. Esse elemento é central para compreender a Igreja: Comunhão. Deus chama toda a humanidade para viver em comunhão com ele, de tal maneira que podemos dizer que a Igreja é a humanidade redimida e em comunhão com a Trindade beatíssima. Deus chama à comunhão. “A palavra “Igreja” ["ekklésia", do grego "ekkaléin" - "chamar fora"] significa “convocação”. Designa assembléia do povo, geralmente de caráter religioso. É o termo usado freqüentemente no Antigo Testamento grego para a assembléia do povo eleito diante de Deus, sobretudo para a assembléia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus seu povo santo… O termo “Kyriakä”, do qual deriva “Chruch”, “Kirche”, significa “a que pertence ao Senhor”… “A Igreja” é o povo que Deus reúne no mundo inteiro. Existe nas comunidades locais e se realiza como assembléia litúrgica sobretudo eucarística. Ela vive da Palavra e do Corpo de Cristo e se torna assim, Corpo de Cristo”[6].

O amor da Trindade pela humanidade fez com que a Igreja fosse prefigurada na arca de Noé, na assembléia de Israel, no templo de Jerusalém etc. Deus criou o ser humano para fazê-lo participante de sua vida divina, não existe um só ser humano que não tenha esse fim sobrenatural. E o meio através do qual esse fim sobrenatural se realiza é a Igreja. Ao mesmo tempo que a Igreja é o meio pelo qual se realiza essa comunhão com Deus, ela também é – com relação ao mundo – a finalidade de todas as coisas[7].

Quando o homem e a mulher pecaram, o Senhor prometeu a salvação (Cfr. Gn 3,15). A partir daí começou o tempo de preparação da Igreja. Alguns Santos Padres falaram até da Ecclesia ab Adamo, a Igreja desde os tempos de Adão, e da Ecclesia ab Abel, a Igreja desde os tempos de Abel. “A preparação longínqua do Povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que será o pai de um grande povo. A preparação imediata tem seus inícios com a eleição de Israel como povo de Deus”[8].

Quando chegou o momento Cristo instituiu a sua Igreja: “o Senhor Jesus dotou sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a plena consumação do Reino. Há antes de tudo a escolha dos Doze, com Pedro como seu chefe. Representando as doze tribos de Israel, eles serão a pedra de fundação da nova Jerusalém. Os Doze e os outros discípulos participam da missão de Cristo, de seu poder, mas também de sua sorte. Por meio de todos esses atos, Cristo prepara e constrói a sua Igreja.

“Mas a Igreja nasceu primeiramente do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. “O começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado.” “Pois do lado de Cristo dormindo na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja”. Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz”[9].

Podemos observar que o Catecismo não utiliza apenas uma passagem para explicar-nos a fundação da Igreja, como a conhecida “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). É verdade que essa passagem continua mantendo toda a sua importância nesse contexto, pois trata-se de uma promessa do Senhor, já realizada, pois a Igreja foi fundada. O Catecismo da Igreja fala de “atos fundacionais de Cristo”: a reunião de discípulos, a escolha dos Doze, a primazia de Pedro no grupo dos Doze, a instituição da Eucaristia, o Mistério Pascal. Como tudo o que Deus faz ad extram, ou seja, o que acontece fora da vida íntima de Deus, são ações comuns às três divinas Pessoas da Trindade, entenderemos também a função importantíssima do Espírito Santo, que é Espírito do Pai e do Filho, em Pentecostes e nos primeiros anos da Igreja neste processo fundacional. O Espírito Santo pode ser chamado co-fundador da Igreja com Cristo. A Igreja é fruto da missão conjunta do Filho e do Espírito Santo, enviados pelo Pai.

A Igreja foi manifestada pelo Espírito Santo. “Terminada a obra que o Pai havia confiado ao Filho para realizar na terra, foi enviado o Espírito Santo para santificar a Igreja permanentemente”[10]. Esta Igreja também será consumada na glória quando Cristo volte em sua glória[11]. Então a Igreja estará para sempre resplandecente de santidade.

A missão da Igreja é a mesma de Cristo: a salvação da humanidade. Ela continua a missão de Jesus Cristo. “Por ser “convocação” de todos os homens para a salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todos os povos para fazer deles discípulos”[12]. O Cristo glorificado que recebeu do Pai toda autoridade, todo poder, faz com que sua Esposa participe desta mesma autoridade, deste mesmo poder: a missão de Cristo sacerdote, profeta e rei faz-se presente por participação na missão da Igreja, Povo sacerdotal, profético e régio.

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Françoá R. F. Costa*

* Pe. Françoá é Sacerdote secular da Diocese de Anápolis.

[1]Cfr. Catecismo da Igreja Católica (Cat.), 748.

[2] Ib. 758.

[3] Cf. Constituição Dogmática Lumen Gentium (LG), 1.

[4] Cfr. Cat. 759-769

[5] Ib.770.

[6] Ib.751-752.

[7] cfr. Ib.760.

[8] Ib.762.

[9] Ib.765-766

[10] Ib. 767.

[11] Cfr. Ib. 769.

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