Na casa do nosso ser há muitas janelas e nenhuma porta.
Pelas janelas
podem entrar a luz e o calor, por elas podemos ver a tudo que se passa
lá fora. Mas não se entra, nem se sai por meio delas.
As portas traduzem a possibilidade de trânsito.
As portas traduzem a possibilidade de trânsito.
Entrar e sair, mergulhar
em outro meio e dele se retirar de acordo com sua vontade.
São mais
difíceis de construir porque requerem uma estrutura mais firme, que
permita, neste ir e vir, neste abrir-se e fechar-se, que se permaneça
como se é, apesar de sempre renovado. Mais do que aberturas de ver, as
portas permitem que se viva integralmente uma realidade além de nós.
Então, amigos, coloquem mais portas do que janelas nas construções de si.
Então, amigos, coloquem mais portas do que janelas nas construções de si.
Estimulem as intercomunicações, os intercâmbios.
Mais do que
incertezas, eles lhes trarão interiorização, criando novas elaborações,
recriando o ser que você sempre foi.
A vida nos leva a buscar sentido no que fazemos, no que desejamos, no
que repudiamos, para sobreviver aos impasses, conflitos e confusões em
relação ao que somos.
Construir uma identidade firme é fundamental nesse
processo relacional.
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