Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 16 de março de 2013



5º DOMINGO DA QUARESMA C





“Reconciliados, caminhamos para a Páscoa


Leituras: 

Isaías 43, 16-21; 
Salmo 125 (126), 1-2abc.2cd-3.4-5.6; 
Carta de São Paulo aos Filipenses 3, 8-14;
João 8, 1-11.

COR LITÚRGICA: ROXA

Nesta eucaristia, somos convidados a experimentar a imensa misericórdia de Deus e ainda superar todo o legalismo para salvar os pecadores. A compaixão do nosso Deus faz com que os que são estritamente “legalistas” se enxerguem e que os pecadores voltem atrás e deixem de lado o passado, assumindo uma atitude de conversão. Que possamos assumir a juventude de nossa comunidade em sinal de nossa conversão nesta caminhada quaresmal.

1. Situando-nos

Neste quinto domingo da Quaresma, somos convidados a reconhecer nossos pecados e a acolher os irmãos em suas fragilidades, em face de mais uma manifestação do poder libertador do agir misericordioso de Deus, através dos gestos e palavra de Jesus.

A liturgia de hoje revela-nos um Deus que ama e cujo amor nos desafia a ultrapassar a escravidão da lei e das nossas próprias fragilidades para chegar à vida nova, à ressurreição.

Na reta final da caminhada em direção à Páscoa, o domingo de hoje se constitui num forte apelo à conversão. A conversão do coração significa mudança de orientação de vida. Ora, exige-se mudança radical quando a pessoa se encontra desviada do caminho do amor a Deus e aos irmãos, centrada em si mesma e “com as mãos repletas de pedras”.

A Quaresma é um tempo para cuidar de nosso coração, libertando-o daquilo que o destrói, da agressividade do julgamento e do rancor. E se fizermos parte do rol agraciado daqueles que necessitam da misericórdia, por não pertencermos ao grupo oficial dos “justos”, resta-nos a bem-aventurança da misericórdia do Cristo em seu olhar de ternura e em sua voz firme e suave que diz: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais”. Permitamos que a misericórdia toque nossos corações!

Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade, com o testemunho da sua vida; o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai que vem ao encontro de todos (BENTOXVI, Carta Apostólica Porta Fidei, n.13).

2. Recordando a Palavra

Depois de um dia tumultuado e que todos tinham voltado para sua casa, Jesus se retira no Monte das Oliveiras e aí passa a noite em oração. Nas primeiras horas da manhã, ele já se encontra no templo e o povo ao seu redor atento a tudo o que ele ensinava. A fala do Mestre e a escuta do povo é interrompida pela cilada dos fariseus e escribas.

Diante de Jesus e no meio do povo colocam uma mulher surpreendida em flagrante adultério. Pela lei a mulher devia ser apedrejada (cf. Lv 20,10; Dt 22,23ss). Para testar a autenticidade e fidelidade da pregação do Mestre, eles desejam ouvir sua opinião. Jesus percebendo a armadilha, nada responde, mas serenamente se inclina e com o dedo começa a escrever no chão.

Os acusadores nervosos insistem para que Jesus emita seu parecer. Jesus se ergue e sentencia: “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” Não discute com eles a lei, apenas muda o alvo do julgamento. Pede que eles (fariseus e escribas) examinem a si mesmos à luz do que a Lei lhes exige. Os que imaginavam ser observantes da Lei e com o direito de julgar os outros, a começar pelos mais velhos, envergonhados, se retiram e com suas pedras.

No fim, Jesus está com a mulher e nem lhe pergunta se está ou não arrependida. Livre dos acusadores, ela ouve as palavras de Jesus: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais”. Ela está de pé diante daquele que não permite que alguém use a Lei de Deus para condenar. Ela é absolvida, redimida e dignificada (Evangelho).

Da Babilônia ecoa o grito por uma nova libertação. Os judeus exilados se sentem desorientados e sonham com um novo êxodo libertador. O profeta anuncia a iminência da libertação e compara a saída da Babilônia e a volta à Terra Prometida com o êxodo do Egito.

Os exilados devem confiar no Senhor. Ele não se esqueceu deles. Ele acompanha com solicitude e amor a caminhada do seu Povo. Esse “caminho” é o paradigma de nossa libertação que Deus nos convida a fazer na Quaresma e que nos conduzirá à Terra Prometida onde corre a vida nova (1ª Leitura).

Reconhecendo as maravilhas que o Senhor fez em favor de seu povo, o salmista nos convida a sair de nossos cativeiros e proclamar as vitórias que acontecem ao longo da caminhada do povo, unidas à vitória de Cristo. “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos todos juntos de alegria!” (Salmo responsorial).

O Apóstolo Paulo, da prisão, escreve com terna afeição aos amigos de Filipos. Relata sua experiência de conversão. Para se identificar com Cristo, abandonou inúmeras realidades. No horizonte de sua caminhada está Cristo crucificado e ressuscitado. No passado ficou tudo aquilo que o afastava de Cristo. A conversão exigiu dele uma nova escola de valores centrada em Jesus Cristo (2ª Leitura).

3. Atualizando a Palavra

A vida cristã é uma caminhada permanente em direção à Páscoa, à ressurreição. Eis que estamos na reta final para a Páscoa. Neste tempo de Quaresma, com maior intensidade, somos convidados a deixar para trás o passado que nos aprisiona e a aderir à vida nova que a lógica da misericórdia de Deus nos propõe.

Em cada Quaresma ressoa o apelo: “coração ao alto”, convidando-nos a olhar para o futuro e a ir além de nos mesmos, na busca do Homem Novo. Olhar para frente requer mudança de atitudes no sentido de esquecer os rancores do passado, os pecados, as tristezas que imobilizam a vida, daquilo que no presente é causa de queda, de fracasso, de frustração.

Sempre há um caminho longo pela frente, sempre podemos mudar o curso da nossa vida, de nossa história, basta que haja o desejo profundo de mudança no interior de nosso coração. Contudo, a conversão é um caminho em construção. Precisamos estar conscientes de que, enquanto caminhamos neste mundo, “ainda não atingimos a meta”. A identificação com Cristo é, pois, um desafio constante, que exige empenho diário, até chegarmos à meta do Homem Glorificado.

Olhando para a nossa sociedade, averiguamos que o fundamentalismo e a intransigência, muitas vezes, falam mais alto do que o amor: mata-se, oprime-se, escraviza-se em nome de Deus; desacredita-se, calunia-se, em razão de preconceitos; marginaliza-se em nome da moral e dos costumes. O que fazer para transformar a realidade em que estamos mergulhados?

Jesus, face à atitude condenatória dos fariseus e escribas, denuncia a lógica dos que se julgam “perfeitos e autossuficientes”. O que se considera justo não sabe perdoar. “Devemos perdoar como pecadores, não como justos” (CENCINI A. Viver Reconciliados. São Paulo: Ed. Paulinas. 2002. p.114). Todos temos alguma pedra na mão para atirar contra os outros. Estamos todos a caminho e, enquanto caminheiros, somos imperfeitos e limitados.

É preciso reconhecer, com humildade e simplicidade, que necessitamos todos da ajuda do amor e da misericórdia de Deus para chegar à vida plena do Homem Novo. A única atitude que faz sentido, neste esquema, é assumir o compromisso para com os seres humanos. O mais importante não é acusar, mas que o amor seja mais forte do que o nosso pecado (CABALLERO B. Nas fontes da Palavra, leitura, meditação e anúncio – Ano C. Aparecida: Ed. Santuário, 1991. PP. 81-83.

Mais uma vez, contemplamos na história da salvação, que o agir de Deus não segue a lógica da morte, mas a lógica da vida. A proposta que Deus faz às pessoas, através de seu Filho, não passa pela eliminação dos que erram, mas por um convite à vida nova, à conversão, à transformação, à libertação de tudo o que oprime e escraviza.

“A imagem de Deus que Jesus nos revela é a de Deus que aceita o ser humano com sua fragilidade, o compreende e o perdoa porque o ama. A única condição é que o ser humano se reconheça pecador e queira se converter ao Senhor e ao bem, abandonando o pecado” (CABALLERO B. Nas fontes da Palavra, leitura, meditação e anúncio – Ano C. Aparecida: Ed. Santuário, 1991. P.80).

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

A Eucaristia é sacramento de unidade, de comunhão. Para a celebração eucarística, somos convidados a tomar parte, com nossas mãos repletas de frutos, de uma vida pautada pela dinâmica do amor solidário. Nas mãos carregadas de pedras, não há espaço para o pão que o próprio Senhor nos oferece para a vida de caridade, de união e de doação ao próximo. Substituamos as pedras por gestos de partilha e de perdão.

Somente com um coração convertido, poderemos tomar parte dignamente da Celebração Eucarística que começamos sempre reconhecendo-nos pecadores, confiantes na misericórdia de Deus e no perdão dos irmãos. Como é possível apresentar-nos diante do altar, para assentar à mesa da Palavra e da Eucaristia, se estivermos divididos, julgando e condenando uns aos outros? O perdão recíproco é condição indispensável, antes de achegarmo-nos às mesas, para recebermos o “Pão da Vida”.

A Eucaristia atualiza o perdão, uma vez que, por ela, se apresenta a Deus Pai o sacrifício de Jesus pela remissão de nossos pecados. “Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheios de fervor e exultando de fé” (Oração do dia, 4º Domingo da Quaresma).

A Eucaristia que celebramos é sacramento da misericórdia e do perdão divino. Não a celebramos porque somos melhores do que os outros, e nem somos perdoados porque merecemos, mas porque Deus é perdão gratuito. É por isso que, com a Igreja, rezamos: “Ó Deus, que recompensais os méritos dos justos e perdoais aos pecadores que fazem penitência, sede misericordioso para conosco: fazei que a confissão das nossas culpas alcance o vosso perdão” (Oração do dia: Quarta-feira da 4ª  semana da quaresma).

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