Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 28 de março de 2014







4º. DOMINGO DA QUARESMA
30 de MARÇO DE 2014

Viver como filhos da luz
“Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor vivei como filhos da luz”

Leituras: 
Primeiro Samuel 1b, 6-7.10-13a; 
Salmo 22 (23); 
Carta de São Paulo aos Efésios 5, 8-14; 
João 9, 1-4.

COR LITÚRGICA: ROXA

1. Situando-nos brevemente

A época atual é cheia de contradições. Por um lado oferece oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, que as anteriores não tiveram a sorte de encontrar. Por outro, estamos sofrendo aridez espiritual, desequilíbrios sociais, violências nas cidades, corrupção, guerras e fome endêmica em algumas regiões do mundo, que obrigam milhões de pessoas a abandonarem os próprios países na esperança da busca de melhor condição de vida para si e para seus filhos. Ao longo desta autêntica “travessia do deserto”, muitas vezes as pessoas se tornam vítimas de traficantes cruéis que exploram a miséria delas até a perda da vida (Campanha da Fraternidade 2014).

“O pobre e o desamparado” – está gritando repetidas vezes Papa Francisco – “é a carne de Cristo!”. O grito do amor rasga a cortina do silêncio culpado e tira o véu da cegueira voluntária. Indica o caminho da conversão para Páscoa.

Os poderes fortes, políticos, econômicos, ideológicos conhecem bem estas tragédias, mas fazem conta de não ver, de não saber. Não querem ver que isso é fruto amargo e envenenado de um sistema político e econômico, que põe, ao centro, o dinheiro e o lucro, em vez da pessoa humana.

Certas praças e ruas das grandes cidades do Brasil apresentam um rosto de humanidade desfigurada, parecido com o rosto sangrento de Lampedusa. Os poderes o ignoram. É melhor conduzir os olhos do povo para os sonhos reluzentes da Copa do Mundo.

Silenciosos e generosos discípulos e discípulas de Jesus, de dia e de noite, se aproximam a estes feridos da vida, como o samaritano ao homem assaltado pelos ladrões (cf. Lc 10,29-37), versam sobre suas pragas o óleo do consolo e oferecem um abrigo de esperança.

É nas casas e nas ruas da vida cotidiana que Jesus estende sua mão, como fez com o cego de nascença. Cura a cegueira do egoísmo, faz enxergar o que o egoísmo procurar esconder. A luz que vem de Jesus produz frutos de dignidade, de esperança e de alegria.

“Laetare, Jerusalém! – Alegra-te, Jerusalém!”. Com o nome derivado da primeira palavra latina da antífona de entrada, este 4º domingo da Quaresma é denominado “domingo Laetare”, dia de alegria e de luz que antecipa a grande alegria da Páscoa. “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Sacia-vos com a abundância de suas consolações!” (Antífona de entrada - Is 66,10-1).

“Eis a luz de Cristo! Demos graças a Deus!” Eis o grito de alegria, com o qual a Igreja abre a grande Vigília da noite de Páscoa.

 2. Recordando a Palavra

Irmãos, “outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Procedei como filhos da luz” (2ª Leitura – Ef 5,8). O apóstolo destaca que, com o Batismo, não só gozamos da luz do Senhor para conduzir uma vida certa, mas também, em força desta relação vital para com ele, “somos luz”, no Senhor, participamos de seu ser, da sua vida. Desta participação nasce a possibilidade e o chamado a viver como “filhos da luz”, isto é, atuar e agir com o mesmo estilo.

Viver como filhos da luz significa viver segundo o Espírito filial e os critérios de avaliação da vida que correspondem à energia vital e à sabedoria do Espírito Santo. A situação da vida é, por sua natureza, sempre ambígua. Precisamos da luz interior para discernir entre o que vale de verdade e o que tem somente a aparência. “Discerni o que agrada ao Senhor e não tomeis parte nas obras estéreis das trevas, mas, pelo contrário, denunciai-as” (Ef 5, 10-11).

O Espírito da Quaresma nos convida a passar das aparências para a verdade profunda, em relação a nós mesmos e na relação com o Senhor, bem como os irmãos. Esta passagem interior para a autenticidade é a Páscoa a viver cada dia mais, como diz a própria palavra “páscoa”.

O salmo responsorial (Sl 22), conhecido como o salmo do Bom Pastor, destaca como o caminho para Páscoa feita vida é um longo caminho. Encontra desafios e riscos, mas o próprio Senhor cuida de nós, nos orienta, nos alimenta, nos sustenta em seus braços, nos momentos de cansaço e de perigo. “O Senhor é o meu pastor, nada me falta (...) Se eu tiver de andar por vale escuro, não temerei mal nenhum (...) Vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos” (Sl 22).

Nas homilias mistagógicas dos Padres da Igreja, bem como nas imagens que ornavam as paredes das igrejas antigas, a cena de Jesus que cura o cego de nascença (evangelho) ocupava lugar central.

No pano de fundo da narração evangélica, é fácil vislumbrar o caminho que na Igreja faz o catecúmeno, para chegar a celebrar, no Batismo, aquele encontro pessoal com Jesus, que muda seu coração e lhe dá uma luz interior que ilumina, de maneira radicalmente nova, a vida.

É conveniente que, durante a Quaresma, a comunidade acompanhe com muita atenção, seguindo as etapas indicadas pelo Rito da Iniciação Cristã dos Adultos (RICA), os adultos que eventualmente se preparam para receber o Batismo na Vigília Pascal.

Esta atenção pastoral com os catecúmenos adultos pode ser facilmente valorizada para animar também as famílias das crianças que, na mesma noite, vão receber o Batismo.

No relato, encontramos dois processos interiores que vão em sentido contrário. O cego passa através de um cainho de iluminação interior que o conduz a penetrar sempre mais profundamente o mistério de Jesus e sua relação pessoal com ele.

Ao contrário, as autoridades se envolvem numa progressiva cegueira. Não querem reconhecer a manifestação de Deus em Jesus. A aceitação ou a recusa de Jesus se torna critério autêntico para avaliar as obras de cada pessoa e sua real escolha entre a luz e as trevas.

O oposto dinamismo que encontramos na relação do cego e das autoridades judaicas com Jesus, se torna um critério permanente para avaliar a relação de cada um com Jesus. Na minha vida de cristão, Jesus ocupa verdadeiramente o centro e se torna critério para orientar minhas escolhas cotidianas? Ou me deixo determinar pelo costume e pela conveniência social, por critério de aparência, orgulho, até mesmo de medo?

3. Atualizando a Palavra

Nas catequeses dos Padres da Igreja, o Batismo era indicado como “iluminação”. Aqueles que tinham recebido o Batismo eram chamados de “iluminados”. Ainda hoje um significativo rito complementar da celebração do Batismo Põe em evidência sua dimensão iluminadora, que abre o caminho para seguir a Jesus e partilhar seus critérios de julgamento, que não olham as aparências enganadoras, mas a verdade profunda das coisas e das pessoas.

É o rito da vela batismal acesa no círio pascal e entregue ao batizado adulto ou aos pais e padrinhos da criança, com as palavras: “recebe a luz de Cristo. Caminha sempre como filho da luz, para que, perseverando na fé, possas ir ao encontro do Senhor com todos os santos no reino celeste” (Rito da Iniciação Cristã dos Adultos (RICA), n.265).

A luz/vida recebida no Batismo é uma potencialidade divina a desenvolver. É preciso deixar-se guiar pela luz interior do Espírito procurando viver coerentemente segundo seus impulsos interiores. Ele conduz a um estilo de vida no qual se manifesta e resplandece a luz do próprio Cristo.

“Vivei como filhos da luz”. O fruto da luz chama-se bondade, justiça, verdade. Discerni o que agrada ao Senhor. Não vos associeis às obras das trevas que não levam a nada; antes desmascarai-as (...) De repente, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá (Cf. Ef 5, 8-11;14).

Na linha da conformação progressiva a Cristo, realizada por sua luz transformadora, o caminho do discípulo, ao longo da vida, se torna um duro combate espiritual entre a luz de Cristo e as trevas do mundo que em nós habitamos e nos circundam, e que tendem a nos ocupar novamente. É preciso fortalecer-se do poder de Deus e revestir-se da armadura do Espírito e de todos os seus instrumentos (Ef 6, 10-17).

Desde o início, a sorte do Verbo, que é a vida e a luz, é a de brilhar nas trevas, de encontrar oposição, mas as trevas não conseguem apreendê-lo, pois ele é a verdadeira luz que ilumina todo homem, ao vir ao mundo (Cf Jo 1,4-5;9).

Jesus falou ainda: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). A luz, porém, encontra sempre oposição.

A saída de Judas da sala, na última ceia de Jesus com os discípulos, marca o cume da prepotência das trevas: “Depois do bocado, Satanás entrou em Judas (...) Depois de receber o bocado , Judas saiu imediatamente. Era noite” (Jo 13, 27;30). No entanto a entrega de Jesus aos inimigos, em plena liberdade, se torna a raiz da liberdade dos discípulos frente à violência das trevas, ao longo da história.

Jesus afirma que também os discípulos, na medida em que se deixam envolver em sua experiência de total dedicação ao Pai, se tornarão eles mesmos luz irradiante da luz de Cristo para o mundo: iluminados e iluminadores. “Vós sois luz do mundo. Uma cidade construída sobre a montanha não fica escondida” (Mt 5,14).

Como Jesus, também os discípulos, exatamente por causa do contraste com o mundo, são destinados a enfrentar oposição e perseguição: “O servo não é maior que o seu senhor. Se eles me perseguiram perseguirão a vós também. E se guardaram minha palavra, guardarão também a vossa” (Jo 15,20).

A crônica dos nossos dias, infelizmente, confirma esta palavra de Jesus. Quantos cristãos e cristãs estão pagando um preço muito alto pelo motivo de sua fidelidade a Cristo? Contudo as feridas deles se tornaram luz que sustenta também nossa fé e nossa esperança.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

O evento da páscoa de Jesus, com sua vitória sobre as trevas do pecado e da morte, constitui a origem e a meta do caminho do povo de Deus, que vai peregrinando na história, iluminado por Cristo. Sua celebração sacramental na noite da Páscoa constitui, por sua vez, a origem e a meta do caminho quaresmal que, a cada ano, se renova, para atingir, através do dinamismo do Espírito do ressuscitado, uma participação sempre mais profunda à vida de Cristo.

“Oh noite feliz, só tu soubeste a hora em que o Cristo da morte ressurgia; é por isso que de ti foi escrito: A noite será luz para o meu dia!” (Canto do Exultet – Proclamação da Páscoa).

A fé reconhece e proclama o evento da ressurreição de Jesus como o início de uma nova criação, que vive do reflexo da luz de Cristo (Cf. Gn 1,3).

A Eucaristia atualiza o evento pascal, em seu dinamismo transformador pelo Espírito derramado por Cristo e recebido na sua palavra e no seu corpo e sangue.

Iluminada por esta fé, a Igreja, depois da comunhão, experiência de encontro com Cristo luz, reza: “Ó Deus, luz de todo homem que vem a este mundo, iluminai nossos corações com o esplendor da vossa graça, para pensarmos sempre o que vos agrada e amar-vos de todo o coração”.

O encontro com Cristo, pela fé e pelo Batismo, na Eucaristia é aprofundado e atualizado cada vez mais, e instaura um dinamismo de iluminação e transformação progressiva, que nos conduz a “pensarmos sempre o que vos agrada” (oração depois da comunhão), como acontece em toda autêntica relação entre as pessoas que se amam.

O coração se torna sempre mais unificado no Senhor. O mandamento do Senhor – amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito (cf. Mt 22,37) – não é mais um dever ou uma fadiga, mas verdadeira alegria, livre de todo medo e de toda conveniência religiosa, como convém a filhos e filhas.

O prefácio de hoje proclama o louvor ao Pai, estruturando as razões específicas de seu canto, a partir do evento do evangelho e de sua relação intrínseca com o Batismo. “Pelo mistério da encarnação, Jesus conduziu a luz da fé à humanidade que caminhava nas trevas. E elevou à dignidade de filhos e filhas os escravos do pecado, fazendo-os renascer das águas do Batismo”.

Este texto é um exemplo muito significativo de como nossa oração deveria deixar-se inspirar pela Palavra proclamada na liturgia ou meditada pessoalmente. A escuta da Palavra na fé produz a resposta confiante dos filhos e das filhas. A liturgia é grande mestra de vida espiritual e de oração.

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