O Espírito Santo nos torna cristãos reais e não virtuais -
Muitas pessoas dizem que aprenderam no
catecismo que o Espírito Santo está na Trindade e não sabem mais nada além
disso.
O Espírito Santo é aquele que move a
Igreja. É aquele que trabalha na Igreja, em nossos corações. Ele faz de cada
cristão uma pessoa diferente da outra, e de todos juntos faz a unidade. O
Espírito Santo é aquele que leva adiante, escancara as portas e convida a
testemunhar Jesus. Ouvimos no início da missa: ‘Receberão o Espírito Santo e
serão minhas testemunhas no mundo’. O Espírito Santo é aquele que nos
impulsiona a louvar a Deus, nos induz a rezar: ‘Ele reza, em nós’. O Espírito
Santo é aquele que está em nós e nos ensina a olhar para o Pai e dizer-lhe:
Pai. Ele nos liberta da condição de órfão para a qual o espírito do mundo quer
nos conduzir.
O Espírito Santo é o protagonista da
Igreja viva. É aquele que trabalha na Igreja. Quando não vivemos isso, quando
não estamos à altura dessa missão do Espírito Santo, a fé corre o risco de se reduzir
a uma moral ou uma ética. Não devemos nos deter em cumprir os Mandamentos e
“nada mais”: Isso pode ser feito, isso não; até aqui sim, até lá não! Dali se
chega à casuística e a uma moral fria.
Não tornar o Espírito
Santo “prisioneiro de luxo”
A vida cristã não é uma ética: é um
encontro com Jesus Cristo. E é o próprio Espírito Santo que “me leva a este
encontro com Jesus Cristo”:
“Mas nós, em nossas vidas,
temos em nossos corações o Espírito Santo como um ‘prisioneiro de luxo’: não
deixamos que ele nos impulsione, não deixamos que nos movimente. Ele faz tudo,
sabe tudo, sabe nos lembrar o que Jesus disse, sabe nos explicar as coisas de
Jesus. Somente uma coisa o Espírito Santo não sabe fazer: 'cristãos de salão'.
Isto ele não sabe fazer! Ele não sabe fazer 'cristãos virtuais'. Ele faz
cristãos reais, Ele assume a vida real como ela é, com a profecia de ler os
sinais dos tempos e assim nos levar avante. É o maior prisioneiro do nosso
coração. Nós dizemos: ‘É a terceira Pessoa da Trindade e acabamos ali...".
Refletir sobre o que o
Espírito Santo faz em nossas vidas
Esta semana, acrescentou o Papa, “nos fará bem refletir
sobre o que o Espírito Santo faz em nossa vida” e perguntar-se se “ele nos
ensinou o caminho da liberdade”. O Espírito Santo, que habita em mim, continuou Francisco, “pede-me para sair:
tenho medo? Como é a minha coragem, que o Espírito Santo me dá para sair de mim
mesmo, para dar testemunho de Jesus?” E ainda: “Como está a minha paciência nas
provações? Porque o Espírito Santo também dá a paciência”:
“Nesta semana de
preparação para a Festa de Pentecostes pensemos: “Realmente eu acredito ou é
uma palavra, para mim, o Espírito Santo?’. E procuremos falar com ele e dizer:
“Eu sei que estás no meu coração, que estás no coração da Igreja, que levas
adiante a Igreja, que fazes a unidade entre nós, mas diferentes entre nós, na
diversidade de todos nós”... diga-lhe todas essas coisas e peça a graça de
aprender... mas praticamente na minha vida, o que Ele faz. É a graça da
docilidade para com Ele: ser dócil ao Espírito Santo. Esta semana vamos fazer
isso: pensemos no Espírito Santo, e falemos com ele”. (MJ/SP)
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