Não quero diminuir o valor dos sacrifícios, mas o próprio Jesus falou que preferia a Misericórdia ao sacrifício.
Isto significa que o maior sacrifício que podemos fazer já é o amor ao próximo.
Amar como a nós mesmos, sermos misericordiosos com todos e nos amarmos com a mesma medida que Ele nos amou.
A troca de favores como princípio é a base da corrupção.
Já o amor cristão é completamente gratuito, não espera nada em troca.
O amor não se negocia, se dá. Não se negocia nem mesmo com o próprio amor, com a retribuição, aliás, nem mesmo com o reconhecimento.
Alguém dirá: é difícil!! Claro que é, por isso é maior que os sacrifícios. Porém, não é impossível.
"Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.
Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles?
A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça.
Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito.
Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos.
E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.
A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento!
Ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo.
Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra-amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao coliseu.
Pe. Emílio Carlos +
grãozinho de areia.
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