Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sexta-feira, 26 de abril de 2013



5º DOMINGO DA PÁSCOA
28 de abril de 2013



" Em Cristo morto e ressuscitado mostra-se a Glória do Pai "

Leituras: 
Atos 14, 21b-27; 
Salmo 144 (145), 8-9.10-11.12-13ab (R/ cf. 1); 
Apocalipse 21, 1-5a; 
João 13, 31-33a.34-35.

COR LITÚRGICA: BRANCA OU DOURADA

O Senhor ressuscitou! Aleluia! Nesta Eucaristia, Jesus nos convida a viver o verdadeiro amor, que é o bem do próximo, o respeito e a dignidade. Esse amor constrói a paz, perdoa sempre e cria comunidade. Devemos estar sempre atentos ao mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

1. Situando-nos brevemente 
                      
Sendo o tempo pascal como “se fosse um só dia de festa” (NALC 22), nos é dada a oportunidade de compreender e experimentar melhor o amor de Deus que Jesus revela por meio dos ritos litúrgicos e que devem alcançar a totalidade da vida de seus discípulos.

Neste período, oportunamente, a Igreja é convidada a portar-se como Cristo Ressuscitado, porque está imbuída do seu Espírito. Com razão, Tertuliano chamava atenção para o fato de que estes cinqüenta dias que se estendem, desde a Vigília Pascal, chama-se “Pentecostes”, pois seu Espírito, que é amor, foi derramado no coração dos fiéis. E para estes, durante este tempo, não cabe nenhuma atitude ou gesto de tristeza (Cf. AUGÉ, Matias. Quaresma, páscoa e pentecostes. Tempo de renovação no Espírito. Soa Paulo: Editora Ave Maria. P.143).

Este texto situa-se no contexto do Último Discurso de Jesus, na Ceia Pascal.  Começa logo após a saída de Judas para trair Jesus, depois que Jesus lhe disse “o que você pretende fazer, faça-o logo” (Jo 13, 27).  Com a licença oficial dada ao agente de Satanás para iniciar o processo que iria matá-lo, Jesus começa o processo da sua glorificação.  A sua fidelidade ao projeto do Pai vai levá-lo à Cruz, que, no Quarto Evangelho, não é um sinal de derrota, mas da vitória última e permanente de Deus. Por isso, a morte de Jesus, aparente vitória do mal, será a glorificação de Jesus, e nele, do Pai.

O anúncio da sua partida, para os judeus uma ameaça (v33), é para a comunidade dos seus discípulos um momento de emoção e carinho.  A sua última dádiva a eles é um novo mandamento: “eu dou a vocês um novo mandamento: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros” (v 34).

2. Recordando a Palavra

A Liturgia da Palavra se abre com um breve relato das viagens paulinas retirado dos Atos dos Apóstolos. Lucas narra sucintamente uma assembléia, provavelmente litúrgica, da comunidade de Antioquia, ponto de partida do itinerário missionário de Paulo e Barnabé. Nela, os dois apóstolos do Evangelho têm a ocasião de contar “tudo o que Deus fizera por meio deles” (At 14,27).

O Salmo Responsorial repropõe este evento, fazendo-nos a ele contemporâneo: “Bendirei o vosso nome, ó meu Deus (...) que vossas obras, ó Senhor vos glorifiquem (...) narrem a glória e o esplendor do vosso reino” (Sl 144, 1.10-11).

A perícope evangélica, por sua vez, nos diz que esta glória se deu no Filho do Homem, isto é, em Jesus e termina repropondo o mandamento do amor, uma vez que é mediante este amor que os discípulos se dão a conhecer e também anunciam o próprio Jesus.

A glória de Deus em Jesus e a experiência do amor de Cristo entre os irmãos parece ser o fim do evangelho deste domingo. Tanto em grego quanto em hebraico, a palavra “glória”, circunscrita ao ambiente da Escritura, refere-se ao esplendor de alguém, cujo valor se deixa notar –se torna sensível, tangível – e envolve aqueles que a contemplam (Saliente-se o fato que “doxa”, fora do contexto bíblico significa também opinião. Esta acepção não aparece nos escritos do Novo Testamento onde o termo grego é empregado. Já o conceito fundamental de glória, honra e poder tributado não é comum fora das Escrituras. Isto se explica pelo fato da palavra grega (“doxa”) ser a tradução do hebraico bíblico kabod na versão dos Setenta {Bíblia Grega, também, chamada Septuaginta}).

É um termo muito recorrente no Novo Testamento e recebe um tratamento especial na obra joanina, uma vez que Jesus é sempre apresentado como aquele que manifesta ao mundo a glória do Pai e por este é glorificado.

Suas ações, suas opções, a envergadura de seu ministério são vistos sempre a partir de seu caráter revelador de Deus. Aqui entra em cena o amor que Jesus confere aos seus, como herança e condição, para que sejam reconhecidos como pertencentes ao seu grupo de seguidores: “Nisto, todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Cf. Jo 13,35).

Por sua morte e ressurreição, Jesus condiciona a experiência de amor a seu caráter epifânico – revelador – do amor que Deus nos dedica.

3. Atualizando a Palavra

A segunda leitura nos apresenta um trecho do livro do Apocalipse de São João em que se anuncia a superação de toda tristeza, porque há um novo céu e uma nova terra como “chão” e “tenda” sobre os quais repousará a humanidade descansada e feliz (Cf. Ap 21, 1.4).

Este desejo de felicidade, tranquilidade e paz habita o nosso mundo. Quantos e quantas não se esforçam por criar condições reais de segurança para que seus filhos e filhas possam brincar e ser felizes! Desde os mais pobres até os mais abastados, a busca por uma vida boa é uma constante na vida. Os meios para que se realize tal desejo, no entanto, nem sempre são os mais condizentes com o Evangelho.

Há os que se corrompem aquilo que não lhes pertence, e está designado para o sustento e promoção do povo, como o fizeram aqueles do famoso caso do mensalão ou aqueles políticos tidos como “ficha-suja”. Homens e mulheres desta categoria pertencem a um mundo que já não existe segundo a Páscoa do Senhor, pois por meio desta não há lugar para sofrimento e dor: “o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar (lugar de tribulações) já não existe [...] a morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes [...]. Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 1.4-5).

O que existe é uma nova cidade que desposou com Deus e participa de seu beneplácito, porque promove a justiça e a fidelidade à aliança. Há quem faça objetos a esta verdade de fé, apontando os sinais de morte que se espalham ao redor. Mas, sabemos que esta verdade se cumpre à medida que o amor de Cristo habita os cristãos e dá contorno à sua existência.

É preciso que este amor tenha a proporção do amor de Cristo, (Cf. Aclamação ao Evangelho (Jo 13,34)), pois toda injustiça surge quando o amor é nossa medida (Cf. Evangelho da Quarta-Feira de Cinzas: “Cuidado para não praticar a vossa justiça diante dos homens”).

Este amor e tão fundamental para a comunidade dos discípulos de Jesus que deve ser tornar o seu sinal característico: “assim todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (v. 35).  Mais do que uma lista de doutrinas, mais do que práticas litúrgicas ou rituais, embora essas tenham o seu lugar e a sua importância, é o amor mútuo e concreto que deve distinguir os discípulos de Jesus. 

O livro dos Atos dos Apóstolos nos lembra que “foi em Antioquia que os discípulos receberam, pela primeira vez, o nome de “cristãos” (At 11,26). Receberam uma nova designação, da parte dos outros, porque a sua maneira de viver era marcadamente diferente das outras comunidades religiosas da cidade – era marcada pelo amor mútuo. O Evangelho de hoje nos convida para que honestamente nos examinemos a nós mesmos, para verificar se este amor-serviço ainda é a marca característica de nós, discípulos/as de Jesus, na nossa vida individual e comunitária!

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

A Oração do Dia calca no coração da assembléia a liberdade e a herança que provém do Senhor por meio de uma súplica a Deus, que nos configurou como homens e mulheres novos ao nos tratar como filhos e filhas.

Esta liberdade e herança, com a qual somos impelidos a progredir na vida, tem sua síntese no amor de Cristo que nos une e reúne (Cf. Aclamação da Assembleia à saudação apostólica (“Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo) e no Rito do abraço da Paz (“O amor de Cristo nos uniu”). A Eucaristia é celebrada para que os fieis abracem a nova vida.

Na verdade, para que façam a páscoa da antiga à nova, conforme a oração depois da comunhão (Cf. Oração depois da comunhão em que se diz: “fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão com os vossos mistérios”). Porém esta vida nova se dá em Cristo, quer dizer, à medida que Deus permanece em nós e sua glória se faz notar como ocorreu em Jesus, quando da sua paixão e cruz. Por essa razão, a oração que fecha o rito da comunhão começa suplicando: “Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo”.

Segundo o testemunho patrístico, a reunião eucarística era precedida da experiência do amor fraterno e este era o fruto mais genuíno da celebração. Por isso, muito nos alenta a fala do Papa Clemente Romano, no final do século primeiro:

“Todos alimentáveis sentimentos de humildade, sem arrogância, mais dispostos a obedecer do que a mandar, mais felizes em dar do que em receber. Satisfeitos com as provisões que Cristo vos dava e atentos às suas palavras, vós as guardáveis cuidadosamente em seu coração, trazendo os seus sentimentos diante dos vossos olhos. Deste modo, a todos era concedida uma paz profunda e esplendia e um desejo insaciável de fazer o bem, pela abundante efusão do Espírito Santo. Cheios de um santo desejo, e com alegria, estendíeis as vossas mãos para Deus todo-poderoso, implorando a sua misericórdia, quando involuntariamente cometíeis algum pecado. Combatíeis, dia e noite, pela comunidade dos irmãos, a fim de conseguir, graças a essa misericórdia e sentir comuns, a salvação de todos os eleitos. Éreis sinceros, simples e sem malícia para com os outros. Abomináveis toda revolta e todo cisma, choráveis os pecados do próximo, consideráveis vossas as suas necessidades. Éreis incansáveis em toda espécie de bem-fazer, sempre prontos para toda boa obra. Adornados por uma vida cheia de virtude e digna de veneração, tudo fazíeis no temor de Deus. Os mandamentos e preceitos do Senhor estavam inscritos no vosso coração” (Clemente Romano - Carta aos Coríntios).

Talvez pela importância dos cristãos, de todos os tempos, trazerem consigo, impregnado em sua corporeidade, a herança eterna do amor de Cristo, o rito da Paz (ósculo/abraço) sempre foi muito querido dentro das celebrações eucarísticas e, mesmo com as turbulências históricas, nunca desapareceu completamente.

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