Fugir da inautenticidade
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No capítulo XXIII de São Mateus está contido aquele que é considerado o mais veemente de todos os discursos de Jesus. É quando o Divino Mestre, movido de sagrada indignação, recrimina aos fariseus e aos escribas sua hipocrisia. Eles faziam pesar sobre os humildes todo o peso da Lei, carregada ainda de uma odiosa casuística e de uma revoltante problemática a respeito de juramentos, de pagamento de dízimos, de rigorosas abluções rituais na hora das refeições. Eles que deviam abrir a porta da salvação para o povo, fechavam-na. Nem entravam eles - disse Jesus -nem deixavam entrar os que queriam entrar. E, concretamente, não aceitando a Jesus como Messias, impediam que as outras pessoas também o aceitassem. Fechavam a grande porta da salvação. E por outro lado, faziam uma vaidosa ostentação de sua observância e de sua sabedoria doutrinal. Gostavam de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e faziam questão de que todos os saudassem nas praças públicas e que os chamassem de "rabi", que quer dizer "meu mestre". Porém o mais grave é que sua observância da Lei era puramente exterior. Limpavam por fora as taças e os pratos, mas seu coração estava cheio de cobiça e de maldade. Jesus não lhes poupa a acusação de "sepulcros caiados": por fora, brancura e beleza; por dentro, ossos e podridão (cf Mt 23, 13-33).
Pe. Lucas de Paula Almeida, cm
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