Solenidade de Todos
os Santos
Primeira leitura: Como descrever a felicidade dos mártires e dos
santos na sua condição celeste, invisível? Para isso, o profeta recorre a uma
visão.
Salmo responsorial: O salmo de hoje proclama as condições de
entrada no Templo de Deus. Ele anuncia também a bem-aventurança dos corações
puros. Nós somos este povo imenso que marcha ao encontro do Deus santo.
Segunda leitura: Desde o nosso batismo, somos chamados filhos de
Deus e o nosso futuro tem a marca da eternidade.
Evangelho: Que futuro reserva Deus aos seus amigos, no seu Reino
celeste? Ele próprio é fonte de alegria e de felicidade para eles.
LEITURA I – Ap 7,2-4.9-14
As primeiras perseguições tinham
feito destruições cruéis nas comunidades cristãs, ainda tão jovens. Iriam estas
comunidades, acabadas de fundar, desaparecer? As visões do profeta cristão
trazem uma mensagem de esperança nesta provação. É uma linguagem codificada,
que evoca Roma, perseguidora dos cristãos, sem a nomear diretamente,
aplicando-lhe o qualificativo de Babilônia.
A revelação proclamada é a da
vitória do Cordeiro. Que paradoxo! O próprio Cordeiro foi imolado. Mas é o
Cordeiro da Páscoa definitiva, o Ressuscitado. Ele transformou o caminho de
morte em caminho de vida para todos aqueles que o seguem, em particular pelo
martírio, e eles são numerosos; participam doravante ao seu triunfo, numa festa
eterna.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 23 (24)
Refrão: Esta é a geração dos que
procuram o Senhor.
Do Senhor é a terra e o que nela
existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.
Quem poderá subir à montanha do
Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o
coração puro,
o que não invocou o seu nome em
vão.
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu
Salvador.
Esta é a geração dos que O
procuram,
que procuram a face de Deus.
LEITURA II – 1 Jo 3,1-3
Segunda mensagem de esperança.
Ela responde às nossas interrogações sobre o destino dos defuntos. Que vieram a
ser? Como sabê-lo, pois desapareceram dos nossos olhos? E nós próprios, que
viremos a ser?
A resposta é uma dedução
absolutamente lógica: se Deus, no seu imenso amor, faz de nós seus filhos, não
nos pode abandonar. Ora, em Jesus, vemos já qual o futuro a nos conduz a
pertença à família divina: seremos semelhantes a Ele.
ALELUIA – Mt 11,28
Aleluia. Aleluia.
Vinde a Mim, vós todos os que
andais cansados e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.
EVANGELHO – Mt 5,1-12
As Bem-aventuranças revelam a
realidade misteriosa da vida em Deus, iniciada no Batismo. Aos olhos do mundo,
o que os servidores de Deus sofrem são, efetivamente, formas de morte: ser
pobre, suportar as provas (os que choram) ou as privações (ter fome e sede) de
justiça, ser perseguido, ser partidário da paz, da reconciliação e da
misericórdia, num mundo de violência e de lucro… tudo isso aparece como não
rentável, votado ao fracasso, à morte.
Mas que pensa Cristo? Ele, pelo
contrário, proclama felizes todos os seus amigos que o mundo despreza e
considera como mortos, consola-os, alimenta-os, chama-os filhos de Deus, introduzi-los
no Reino e na Terra Prometida.
A Solenidade de Todos os Santos
abre-nos assim o espírito e o coração às consequências da Ressurreição.
O que se passou em Jesus
realizou-se também nos seus bem amados, os nossos antepassados na fé, e diz-nos
igualmente respeito: sob as folhas mortas, sob a pedra do túmulo, a vida
continua, misteriosa, para se revelar no Grande Dia, quando chegar o fim dos
tempos. Para Jesus, foi o terceiro dia; para os seus amigos, isso será mais
tarde.
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