“O sentido da vida”.
Como vejo que muitas pessoas não
sabem responder à questão sobre qual o sentido da nossa vida, pensei em
escrever estas linhas para esclarecê-las, até porque essa é a questão mais
importante da nossa vida.
Antes de existir o mundo, como
sabemos, existia Deus, que é sumamente perfeito. Tanto a sua existência como a
sua suma perfeição podem ser demonstradas inclusive filosoficamente,
racionalmente.
Na sua perfeição, Deus não tinha
nenhuma necessidade de criar algo, pois a sua felicidade já é máxima. No
entanto, com o intuito de comunicar a sua felicidade, decidiu criar o mundo, o
universo, e, de modo especial, os anjos e os homens que são capazes de entrar
numa sintonia mais profunda com Ele.
Ao criar-nos, deu como presente o
melhor que poderia dar: entrar em comunhão com a sua felicidade, viver uma vida
de amor com Ele. Sendo todos destinados ao amor, Deus teve de nos dar também a
liberdade, pois a liberdade é pressuposto do amor. Não tem sentido um amor que
seja obrigatório, imposto.
Criando-nos com liberdade, não
nos colocou diretamente dentro do seu Reino, pois faltaria com o respeito à
nossa liberdade. O que fez então? Colocou-nos aqui na terra de modo passageiro,
para “escolhermos” o que queremos e para “amadurecermos” o nosso coração, até
que esteja preparado para viver com Ele no seu Reino.
O sentido desta vida é, portanto,
“escolher” e “amadurecer”.
E, para amadurecer o nosso
coração, Ele nos deu uma “missão”, que será o caminho para esse amadurecimento.
Esta imagem vai nos ajudar bastante:
Deus nos coloca na terra como “pedra bruta”. E, dentro dessa pedra, há uma
“pedra preciosa”.
Só entraremos no Céu quando
chegarmos a ser essa pedra preciosa (perfeitos no amor, com um amor sem
condições, sem interesse, com o coração sem nenhuma má inclinação, sem inveja,
sem vaidade, sem orgulho, sem ódio, sem mágoa, sem preguiça etc).
Vivemos na terra num processo de
“lapidação”, de “amadurecimento”. A missão é o caminho para essa lapidação,
para esse amadurecimento.
E a lapidação é feita pela alegria
e pela dor. E é na dor que somos mais lapidados, que amadurecemos mais, não é
verdade? Por isso, a dor faz parte da vida. Por isso Deus com certa frequência
envia a dor como processo de purificação. Por isso esta vida não é um mar de
rosas, como muitos desejariam. Esta vida ainda não é o Céu. É uma “preparação”
para o Céu.
Teresa de Jesus nos diz: “
Alegria e dor andam juntas em mim !”
Que essas ideias fiquem claras
para nós! Estamos aqui de passagem. Esta vida é uma “preparação para a outra”.
É um tempo de escolha e de
amadurecimento, de lapidação. Somos pedras brutas, mas lá dentro há uma pedra
preciosa. Através da missão que Deus dá a cada um de nós, que enche a nossa
vida de sentido, dentro de nossa vocação especifica no estado de vida que vamos
realizando a missão querida por Deus e realizando-se, pois Deus é o primeiro
interessado em nossa plenitude de vida, felicidade, percorreremos esse caminho
que leva ao Céu.
Isso acaba por fazer do Céu
também uma grande conquista, em sentirmos o prazer da sua conquista.
Que essas ideias sirvam para
pautar sempre a nossa vida, e também de pano de fundo para entendê-la.
Pe.Emílio Carlos +
“Se formos
fiéis Ele cumprirá sempre suas promessas. Ele honra quem O honra!”
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