«“Destruí este Templo, em três dias
erguê-lo-ei”. […] Ele falava do templo do seu corpo»
O antigo Templo foi edificado pelas
mãos dos homens, que desejavam «dar uma casa» a Deus, para terem um sinal
visível da sua presença no meio do povo. Mediante a Encarnação do Filho de Deus
cumpre-se a profecia de Natã ao rei David (2Sam 7,1-29): não é o rei, não somos
nós que «damos uma casa a Deus», mas é o próprio Deus que «constrói a sua casa»
para vir habitar no meio de nós, como escreve São João no seu Evangelho (1,14).
Cristo é o Templo vivo do Pai, e é o próprio Cristo que edifica a sua «casa
espiritual», a Igreja, feita não de pedras materiais, mas de «pedras vivas»
(1Ped 2,5), que somos nós mesmos.
O apóstolo Paulo diz aos cristãos de
Éfeso: vós sois «edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas,
tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo o edifício,
harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É
nele que também vós entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do
edifício que se transforma na morada de Deus» (Ef 2,20-22). Isto é bonito! Nós
somos as pedras vivas do edifício de Deus, profundamente unidas a Cristo, que é
a pedra fundamental, e também de apoio entre nós. O que significa isto? Quer
dizer que o Templo somos nós mesmos, nós somos a Igreja viva, o Templo vivo, e
quando estamos unidos, entre nós está também o Espírito Santo, que nos ajuda a
crescer como Igreja. Nós não estamos isolados, mas somos Povo de Deus: esta é a
Igreja!
Então, gostaria que nos
interrogássemos: como vivemos o nosso ser Igreja? Somos pedras vivas ou, por
assim dizer, pedras cansadas, entediadas, indiferentes? Vistes como é
desagradável ver um cristão cansado, entediado e indiferente? Um cristão assim
não está bem, o cristão deve ser vivo, sentir-se feliz por ser cristão; deve
viver esta beleza de fazer parte do Povo de Deus, que é a Igreja.
Papa Francisco
Audiência geral de 26/06/2013
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