Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 30 de novembro de 2013



1º DOMINGO DO ADVENTO -  
01 de dezembro de 2013




“Vinde ... Deixemo-nos guiar pela luz do Senhor”


Leituras: 
Isaías 2, 1-5; 
Salmo 121 (122); 
Carta de São Paulo aos Romanos 13, 11-14a.

COR LITÚRGICA: ROXA

Reunindo todos os anseios da humanidade e de toda a criação por dias melhores, iniciamos o Tempo do Advento. Na perspectiva do Natal do Senhor, como acontecimento sempre novo e atual, vislumbramos vigilantes e esperançosos, a lenta e paciente chegada de seu Reino em nossa história. Com o Advento, abre-se para nós um tempo favorável de vigilância e conversão.

1. Situando-nos brevemente:

Neste domingo, iniciamos mais um Ano Litúrgico. Reunindo desejos, sonhos e utopias da humanidade por profundas transformações e dias melhores, manifestadas em veementes clamores em nossos dias, iniciamos o tempo do Advento. Como “memorial da esperança”, o advento alarga nossa vida para acolher o grande mistério da encarnação.

Na perspectiva do Natal e Epifania do Senhor, como acontecimentos sempre novos e atuais, vislumbramos vigilantes e esperançosos, a lenta e paciente chegada de seu Reino e sua manifestação em nossa vida e na história. O Senhor nos garante que, nesta espera, não seremos desiludidos, como nos lembra a antífona de entrada deste domingo.

A liturgia abre para nós um tempo favorável de vigilância e conversão, de retomada de nossas opções como discípulos daquele que sempre vem e cuja ação é libertadora, consoladora e salvífica.

Acendendo, neste domingo, a primeira vela da coroa do Advento, somos convidados a aguçar nossa atenção, acordarmos do sono da passividade para melhor percebermos os sinais da chegada do Reino no cotidiano e, mais despertos, nos levantarmos da acomodação, do individualismo e do consumismo que marcam nosso tempo e nos paralisam.

Por isso, pedimos, na oração inicial, que o Pai nos conceda ardente desejo de buscar o Reino e com nossas boas obras, acorrermos ao encontro do Senhor, cuja vinda nos alegra e salva como cantamos no salmo.

2. Recordando a Palavra

Neste dia do Senhor, iniciamos o Ano A, sendo conduzidos pelo evangelho segundo Mateus (Mateus em aramaico é “Mathaios” e em hebraico “Matatias”, nome que significa “dom de Deus”, “presente de Deus” para nós. Para compreendermos bem o primeiro evangelho, é bom sabermos um pouco do contexto em que foi escrito e como foi elaborado.

Quarenta anos após a morte de Jesus, depois da destruição do Templo e de Jerusalém (ano 70 d.C.), reunindo vários grupos de fariseus e escribas dedicados à pregação, houve uma Assembleia em Jamnia (Israel). Com a destruição ocorrida em toda a parte, para não perderam a identidade e a fé, escreveram o que era fundamental na organização, na crença e no viver judaicos.

Foi surgindo o judaísmo formativo cada vez mais legalista e excludente, devido aos conflitos com outros grupos, como os judeus cristãos da comunidade de Mateus. Esse judaísmo rabínico normativo deixou-nos como herança a frase de Simeão, o justo, que viveu antes de Cristo: “O mundo repousa sobre três pilares: o estudo da Palavra (Torá), a Liturgia (Avodab) e as obras de misericórdia (Hesed)”.

Esse grupo começou a perseguir os judeus cristãos espalhados em diversas comunidades na alta da Galiléia e na Síria. Aí estavam as comunidades de Mateus que escreveram, por essa época, o evangelho segundo Mateus para também afirmar sua identidade e guardar a memória revolucionária de Jesus e do mistério pascal.

A comunidade de Mateus compunha-se de cristãos de origem judaica pelo nascimento, pela educação, pela cultura e particularmente pelas tradições litúrgicas. Como seus antepassados acreditavam na “shekhinah” – santa presença de Deus que desce sobre o povo em oração, a comunidade cristã tem fé em Cristo presente em suas reuniões. Para estes cristãos, a nova Lei, a Palavra de Cristo, é regra de vida, como expressão verdadeira e universal da vontade de Deus.

A composição do primeiro evangelho é clara, estilo sóbrio e tom didático. Os dois primeiros capítulos formam a introdução, inspirada em Moisés. O corpo do evangelho se reparte ente o ministério na Galiléia (4-13) e em Jerusalém (14-28). Conclusão: A Páscoa da Libertação: Mt 26-28.

O evangelho segundo Mateus pode ser reconhecido como o novo Pentateuco: a nova lei anunciada em cinco conjuntos de pregações e narrativas, ou cinco livretos:

1)     “Gênesis” Mt 3-7: vinda do Reino de Deus e a sua justiça que liberta os pobres.
2)     “Êxodo” Mt 8-10: a justiça provoca conflitos.
3)     “Números” Mt 11, 1-13,52: o novo povo de Deus.
4)     “Levítico” Mt 13, 53-18,35: a vida definitiva do Reino.
5)     “Deuteronômio” Mt 19-25: novas relações: mulher/homem; adulto/criança; poderoso/servo...

O trecho do evangelho deste domingo (Mateus 24, 37-44) se insere no quinto livreto, denominado Deuteronômio. A palavra de Deus nos alerta o que permaneçamos atentos, acordados. Lembra o tempo de Noé (cf. Gn 6, 912), quando as pessoas não estavam atentas aos sinais dos tempos, e sobreveio a catástrofe do dilúvio; as catástrofes naturais são inesperadas. Assim será a vinda do Filho do Homem.

O Evangelho usa uma forma apocalíptica de falar sobre a vigilância constante que devemos viver. É preciso vigiar, pois nãos sabemos nem o dia, nem a hora em que virá o Senhor. É necessário estarmos constantemente preparados, como se estivéssemos no fim dos tempos, para não sermos surpreendidos, como por um ladrão. Neste primeiro domingo do Advento, o que o evangelho nos pede é vigilância ativa e prontidão.

Para compreender melhor o que o evangelho nos fala, temos a luz da primeira leitura. O profeta Isaías descreve sua visão sobre a plenitude da história, o final dos tempos: a casa do Senhor como o cume do mundo, todas as nações e povos numerosos reunindo-se aí; Deus mesmo instruindo o povo para que andem em seus caminhos e todos caminhando em suas sendas e em sua Lei.

As espadas e lanças transformadas em ferramentas de trabalhar a terra. Não haverá mais guerra e todos caminharão na Luz do Senhor. É a descrição da utopia do Reino escatológico, Reinado de Deus, esperança inabalável dos que servem a Deus.

O Salmo 121 (122) celebra a cidade de Jerusalém como centro de romarias. Jerusalém significa “cidade da paz”. Há um grande desejo de paz e bem para a cidade em dois aspectos: segurança para os que amam a cidade e para os que nela habitam. A palavra “shalom” tem um significado maior do que a ausência de guerra.

A carta aos Romanos nos fala que precisamos reconhecer o tempo em que vivemos, pois é hora de acordar. É madrugada e o dia já se aproxima. É necessário vestir a veste da luz e deixar as trevas. A salvação está chegando.

Não repitamos as ações do povo do tempo de Noé, como comilanças e bebedeiras, orgias e libertinagens, desonestidades, brigas, rivalidades e guerras. O convite é muito claro: revistemo-nos das obras do Senhor Jesus, o Messias. A vida cristã é dinamismo rumo à consumação do “dia do Senhor”, a vinda de Cristo.

3. Atualizando a Palavra

Iniciando o ano litúrgico, as leituras já nos apontam para o final: a vinda do Filho do Homem, e nos dão uma luz orientadora para nossa caminhada até sua chegada. O salmo nos ajuda a compreender quem é Senhor que nos mantém na caminhada: “Que Ele não deixe teu pé vacilar, que teu vigia não cochile! Não! Ele não cochila, nem dorme, o vigia de Israel”.

Nesta confiança, vamos permanecer vigilantes à espera do Senhor que vem, a cada dia, ao nosso encontro e de toda a comunidade. “acorramos com nossas boas obras ao encontro de Cristo que vem”, conforme rezamos hoje na oração do dia.

A visão de Isaías nos enche de esperança de vermos a humanidade toda vivendo sob a orientação do Senhor, andando em seus caminhos e Ele mesmo nos ensinando seu projeto. A sua Palavra julgará as nações e os povos, e todos, ouvindo sua voz, transformarão suas armas de guerra em instrumentos de trabalho.

Não mais haverá combates uns contra os outros. Toda a humanidade sairá das trevas do ódio, da injustiça, da competição e será guiada pela luz do Senhor. Para que esse final chegue, é urgente começar agora.

Nosso pedido ardente neste tempo é: Vem, Senhor Jesus! Ele já veio, vem e virá mostrar que é possível viver o projeto definitivo do Pai. Projeto comunitário, sociedade igualitária, de irmãos que vivem na justiça e na fraternidade. A nós cabe mudar a história da humanidade no momento atual para que “venha a nós” o Reino de Deus.

É com a globalização da solidariedade, do cooperativismo, da corresponsabilidade, conforme a convocação feita pelo Papa Francisco em Lampedusa, que poderemos “estar preparados para a hora que vem o Filho do Homem”:

“A cultura do bem-estar, que nos leva a pensar em nós mesmos, torna-nos insensíveis aos gritos dos outro, faz-nos viver como se fossemos bolas de sabão: estas são bonitas, mas não são nada, são pura ilusão do fútil, do provisório. Esta cultura do bem-estar leva à indiferença. Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa!” (Publicados por www.ihu.unisinos.br/noticias/521786 - Noticias - terça, 09 de julho de 2013 “A globalização da indiferença nos tirou a capacidade de chorar”. O discurso do Papa Francisco em Lampedusa)

Que o Senhor nos encontre atentos, abertos e solidários ao sofrimento dos irmãos!

Hoje existem catástrofes provocadas por uns poucos que se sentem donos do mundo e do restante da humanidade. É preciso acordar para a questão ecológica, para o direito das águas, das plantas e dos animais. Mais ainda, acordar para os direitos dos pobres, das crianças, das mulheres, dos indígenas, dos sem água, sem terra e sem teto.

“Despertai-nos, Senhor, com a luz da vossa graça para percebemos a gravidade do momento e respondermos com prontidão ao vosso apelo” (Missal Dominical – Missal da assembléia cristã, São Paulo: Paulus, 1995, p.9)

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica

Em cada celebração eucarística, o Pai nos faz passar das trevas para a luz de Cristo. Realizou-se ritual e sacramentalmente a vinda do Senhor, como advento intermediário, na comunhão de irmãos reunidos, na Palavra proclamada e nos sinais eucarísticos do pão e do vinho, até que sua vinda definitiva se realize plenamente e “todos vejam a salvação de nosso Deus”. Este é o grande motivo de nossa ação de graças e nossa ardente súplica até que seu Reino se estabeleça em toda terra.

Como peregrinos em travessia, seres inacabados em processo permanente de crescimento e maturação e, vivendo num mundo ainda não totalmente redimido, marcado por tantas discórdias, exclusões, guerras e desrespeito à vida, recebemos do Senhor, nesta celebração, o dom do seu Espírito. Ele nos mantém vigilantes, firmes, confiantes e insistentes, despojando-nos das atitudes e ações das trevas, para vestirmos as armas da luz.

É necessário continuar suplicando e nos comprometendo incansavelmente com a vinda do Reino de amor, de justiça, de inclusão, de igualdade, de solidariedade e de paz em nosso tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário