Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O simbolismo do pão e do vinho na Eucaristia




Tudo o que Jesus fez foi perfeito. 

Desde seus divinos ensinamentos ou seus estupendos milagres, até o mínimo gesto ou atitude. Para o mais sublime dos milagres, então, por que terá Ele se utilizado do pão e do vinho?

Quem, passeando pelos campos e vendo um trigal magnífico, dourado e pronto para a safra; ou ainda, deparando- se com uma parreira carregada de uvas de atraentes tonalidades, no ponto de serem levadas ao lagar, poderia imaginar que de toda essa poesia vai desabrochar o mais belo milagre que se passa na face da terra?

Com efeito, o trigo, depois de ceifado e colhido, é transformado em farinha, misturado com água e assado ao forno, tornando-se assim no alimento mais comum para o sustento do homem: o pão.

A uva é amassada para liberar o seu sumo, que será guardado com carinho pelo viticultor em grandes cubas, para ser fermentado, e dali sairá aquele precioso líquido que “é o júbilo da alma e do coração” (Eclo 31, 36): o vinho.

O pão e o vinho – oferecidos outrora por Melquisedec ao Senhor em sacrifício – são de tal maneira alimentos prediletos de Deus, que Ele os escolheu para operar o milagre da Transubstanciação. É sob as aparências do pão e do vinho que nosso Redentor quis permanecer conosco “todos os dias, até a consumação dos séculos” (cf. Mt 28, 20).

Alimento para a alma

Esta verdade foi contestada por algumas seitas gnósticas dos primeiros séculos do Cristianismo. Uma delas (os artotiritas) utilizava-se de pão e queijo para a Consagração. Outra (a dos catarígios) usava pão de farinha amassada com sangue de um menino de um ano, extraído por meio de finas punções! Várias outras “consagravam” água, em vez de vinho, sob pretexto de sobriedade… O mesmo fazia a seita dos maniqueus, para os quais o vinho era um “licor diabólico”.

Mas a Santa Igreja sem demora pôs fim a todos esses estapafúrdios. E ela sempre usa pão e vinho para o Sacramento da Eucaristia.

Por quê? Porque Jesus assim o fez e mandou fazer.

Na Última Ceia, Ele tomou o pão, benzeu, partiu e deu a seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei; isto é o meu corpo”. Depois tomou o cálice com vinho, rendeu graças e lhes deu, dizendo: “Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue” (cf. Mt 26, 26-28). Assim também o ensina São Paulo, o qual afirma ter aprendido diretamente do Salvador essa mesma doutrina: “Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de Mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei- o em memória de Mim” (1 Cor 11, 23-25).

Um passeio pelo mundo dos símbolos

Mas por que terá Deus escolhido pão e vinho para esse sacramento tão mais importante que os outros? O amor à Sagrada Eucaristia leva muitas almas a fazerem mais esta pergunta.

Convido o leitor a acompanhar os teólogos num atraente e formativo passeio pelos campos da Simbologia, à procura da resposta.

A Eucaristia – explicam eles – é alimento espiritual, da mesma forma como o Batismo é uma ablução da alma. E assim como a água, por servir para o banho corporal, tornou-se matéria do Batismo, pelo qual os homens são lavados espiritualmente, assim também o pão e o vinho, que restauram as forças corporais, tornouse matéria da Eucaristia, pela qual os homens são espiritualmente alimentados.

O pão e o vinho são os mais nobres frutos do reino vegetal, com os quais se nutre e se conserva a vida do corpo, a tal ponto que Santo Irineu os qualifica como “primícias dos dons de Deus“. Convinha, portanto, que fossem eles os escolhidos para a Eucaristia, instituída por Jesus para conservar e aumentar a vida espiritual do homem.

O teólogo Juan Cornubiense, citado por São Tomás na Suma Teológica, inclui no vinho também as gotas de água que o celebrante põe no cálice antes da Consagração e afirma de modo mais belo ainda esse simbolismo: “Entre todas as coisas necessárias para o sustento da vida humana, o pão, o vinho e a água são as mais limpas, mais úteis e mais necessárias. Por isso elas foram preferidas a todas as outras e transformadas no que há de mais puro, mais útil e necessário parA adquirir a vida eterna, isto é, no Corpo e Sangue de Cristo”.

A utilização do pão e do vinho no Sacramento da Eucaristia é também uma admirável imagem da unidade da Igreja: o pão se compõe de muitos grãos de trigo que formam uma só massa, e o vinho deflui de grande quantidade de uvas.

A Eucaristia é como um memorial da Paixão de Cristo, na qual o Sangue preciosíssimo do Divino Redentor foi separado de seu Corpo santíssimo. Então, para bem representar esse mistério, toma-se separadamente o pão como sacramento do Corpo, e o vinho como sacramento do Sangue.

O que é verdadeiro pão

Parece tão simples dizer: pão e vinho… Mas o que é verdadeiro pão e o que é vinho autêntico? Também desses detalhes se ocupa, com beleza e precisão, a Teologia.

Para ser válida a Consagração, só pode ser usado pão de farinha de trigo misturada com água natural. Se misturar qualquer outro líquido, não servirá para o Sacramento do Corpo de Cristo, pois não será verdadeiro pão, ensina São Tomás.

No Rito Grego, a Consagração é feita com pão fermentado, enquanto no Rito Latino se usa pão ázimo ou seja, sem fermento. Qual dos dois está certo? Ambos, porque o fato de ser ázimo ou fermentado em nada altera a natureza do pão, mas diz respeito apenas ao modo de prepará-lo. E a Igreja determina que cada sacerdote celebre segundo o rito ao qual pertence.

Pão ázimo ou com fermento: qual é o mais adequado?

Longe de ser uma opção arbitrária ou de mera conveniência prática, a escolha entre o pão ázimo e o fermentado decorre de considerações altamente simbólicas, que bem demonstram quanto na Santa Igreja tudo tende ao mais elevado, à perfeição.

Argumentam os teólogos do Rito Grego:

Na mescla de trigo e fermento está bem representado o inefável mistério de Cristo, o qual tem duas naturezas numa só Pessoa: a divina e a humana. Ademais, o uso do fermento, por cuja ação o pão se avoluma e se esponja, significa que a mente de quem consagra ou recebe a Eucaristia deve elevar-se ao Céu na contemplação das coisas espirituais e divinas. Por fim, o fermento dá ao pão um sabor mais agradável, por isso designa convenientemente a maior suavidade do Sacramento da Eucaristia.

Os teólogos latinos, por sua vez, fundamentam sua preferência no exemplo de Cristo: na Última Ceia se comeu pão ázimo, segundo preceituava a lei mosaica; portanto, Jesus consagrou pão sem fermento.

E acrescentam a esse argumento razões altamente simbólicas: O pão ázimo é símbolo da pureza e por isso representa melhor o Corpo de Cristo, concebido sem a mínima corrupção no seio puríssimo da Virgem Maria.

Além disso, ele é mais adequado para representar também a pureza de corpo e de alma dos fiéis que recebem a Eucaristia, segundo ensina São Paulo: “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (1 Cor 5, 7-8).

O que é vinho autêntico

Para o Sacramento da Eucaristia, só pode ser usado vinho espremido de uvas maduras. Exclui-se, portanto, o “vinho” de qualquer outra fruta. Igualmente excluído está o agraço (suco de uvas verdes), por estar ainda em vias de formação e não possuir a qualidade ou condição de vinho.

Desde sempre a Igreja determina que, antes da Consagração, o celebrante junte ao vinho “uma pequeníssima” quantidade de água. E o Concílio de Trento (1545 a 1562) sustenta categoricamente a doutrina de que ela adquire as propriedades do vinho: “De acordo com a sentença e o parecer de todos os eclesiásticos, aquela água se converte em vinho”.

A Santa Igreja se baseou em vários motivos para estabelecer essa norma. Em primeiro lugar, porque, como os judeus costumavam tomar vinho misturado com água na ceia pascoal, parece certo que Cristo assim o consagrou na Última Ceia.

Mas a esse motivo somam-se outros de elevada expressão simbólica. Assim diz o Concílio de Trento: “A Igreja preceituou aos sacerdotes que misturem água ao vinho no cálice que se oferece, seja porque se crê que assim fez Cristo Senhor, seja porque de seu Lado transpassado pela lança do soldado fluiu sangue e água”.

Quando no cálice a água se mistura com o vinho, o povo se une a Cristo, afirma São Cipriano. E São Tomás de Aquino vai mais longe: “Quando a água se converte em vinho, significa que o povo se incorpora a Cristo”.

Para outros teólogos, essa mistura é também uma imagem da íntima união de Jesus Cristo com sua Igreja. O vinho, elemento nobre e precioso, simboliza o Homem-Deus; e a água é símbolo da humanidade inconstante e frágil.

Entretanto, a água não é necessária para a validade da Consagração. A mistura de água com o vinho – ensina a Teologia – diz respeito à participação dos fiéis no Sacramento da Eucaristia, significando que o povo se une a Cristo. Ora, tal participação não é de necessidade essencial para ser válido esse Sacramento.

* * *

Quantas e quantas vezes nos sentimos desanimados por causa de nossa fraqueza espiritual, ou quase nos deixamos vencer pelas tristezas desta terra de exílio! E não é raro nos revoltarmos, ou tentarmos culpar outros. Mas bastaria nos olharmos em algum espelho para encontrarmos a quem acusar com certeza.

Sim, nós, que costumamos tomar tanto cuidado com nosso alimento físico, descuramos nossa alma, e esquecemos de que ela também – e muito mais – precisa ser tratada com carinho. Para isso temos à disposição o “Pão do Céu” (Jo 6, 32), que nos dará forças para tudo suportar, para crescer, para alcançar a santidade, conforme a promessa de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele” (Jo 6, 56).

Aproximemo-nos, pois, o mais possível do Sacramento do Altar, prelúdio do eterno convívio que teremos com Jesus no Céu.

(Revista Arautos do Evangelho, Março/2006, n. 51, p. 31 à 33)

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