Deus nos fez com amor e para vivermos o amor. Ele criou o mundo e viu
que ele era lindo, criou o homem e percebeu a necessidade de uma
companhia para ele e criou a mulher.
Para que vivessem no amor. Cada um
de nos é único para Ele. Cada um de nos é dono da sua própria historia
com o dom de ser capaz e ser feliz. O verdadeiro amor faz com que
humanizamo-nos, e vamos ao encontro do outro. Tendo uma preocupação
constante de sermos melhores a cada dia.
É no encontro com o outro, que podemos desenvolver o amor.
Só estaremos em plena comunhão com o outro, quando formos capazes de
enxergarmos a aceitarmos as nossas fraquezas, para isso é preciso muita
honestidade e humildade para que haja um esvaziamento. É saber que fomos
criados a imagem e semelhança de Deus, mas com muita facilidade
esquecemo-nos de exercitar os dons que Ele nos deu. Normalmente deixamos
falar mais alto o nosso egoísmo, inseguranças, orgulho, e
consequentemente a falta de amor, que tanto Ele nos deu, sem nada
esperar em troca.
Quando vamos ao encontro do outro é normal no ser humano, que é
sinônimo de carência e cuidado, procurar a própria felicidade e não a
felicidade do outro. Como temos horror à rejeição, procuramos mostrar ao
outro somente as nossas qualidades, escondendo os defeitos. E quando
uma relação de torna mais profunda, muitas vezes não admitimos que os
defeitos apareçam. Tornando-se assim a difícil tarefa da partilha.
É comum acusarmos as outras pessoas pelas nossas fraquezas e fracassos,
transferindo a elas as nossas insegurança, nossos medos. Cobramos do
outro o que nos compete. Não assumindo a nossa responsabilidade. Adão
explicou seu pecado a Deus dizendo: “A mulher me tentou”. Eva atribuiu
toda a calamidade a serpente.
Protegemo-nos não dando a oportunidade do outro partilhar os seus
sentimentos, com medo do que podemos ouvir não seja exatamente o que
gostaríamos de ouvir. Porque isto pode nos comprometer a mudanças.
Mudanças são difíceis, é necessário sair do comodismo, ser persistente
nas ações e não deixar que as emoções do outro transforme as nossas
emoções. Não podemos reprimir nossas emoções, mas podemos equilibrá-las.
É uma conquista diária, é como um atleta que para vencer precisa de
muito treino e disciplina, para vivermos o amor precisamos praticar
diariamente gestos de amor.
Amar é preocupar-se com o outro e sua felicidade, sem julgamento,
colocar-se no lugar do outro, entender os motivos que o leva a tais
atitudes, e tentar ajudá-lo a modificar-se. Aceitar o outro sem aceitar
as suas falhas. Amar, respeitando a individualidade e a liberdade do
outro, sem possuí-lo.
É na bíblia (lCor 13,1-13) que Paulo nos ensina que o amor é o centro
do Evangelho. O amor é a fonte do comportamento humano, sustenta o
equilíbrio dando soluções adequadas aos problemas. Os outros dons
dependem do amor, não podem substituí-lo, e sem ele nada significam. O
amor é a fortaleça que sustenta o cristão, pois “tudo desculpa, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta”. O amor é maior que a fé e a esperança,
que nele estão contidas.
Que o amor de Deus, ilumine os nossos caminhos, e nos leva ao encontro do outro.
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