Desejamos o amor porque ele
jamais acaba.
Que as palavras do Senhor dirigidas a Efraim e Judá não sejam para
nós: “Que te farei, ó Efraim, que te farei, ó Judá, porque o vosso amor é como
a nuvem da manhã e o orvalho da madrugada que cedo passam”, Os 6, 4.
Desejamos o amor porque ele jamais acaba.
Desejamos o amor pelo seu valor: “o amor não faz mal ao próximo”. 1
Cor 13,5, 6.
Vemos esse amor na expressão reconciliadora do pai com o filho
pródigo: quando reabilita o filho. Há uma dúvida sobre a qualidade do amor
quando o pai entrega ao filho menor a parte da herança pertencente a ele. O pai
não dialoga, não resiste à vontade do filho. Ele simplesmente atende o pedido.
Isso é amor?
O pai pode chamar isso de amor, mas um psicoterapeuta vai chamar isso
de paternidade irresponsável.
O amor impõe limites, usa o bom senso, sabe dizer
não. Amar não é concordar. Agora, quando o pai reabilita o filho maltrapilho,
malcheiroso e mal de tudo – isso é amor. O amor determina limites; o perdão
não. O perdão não conhece limites. Amar é perdoar sem limites.
Quando Jesus ministra perdão à mulher pecadora, em João 11, 16, não
discute o tamanho do pecado dela. Não a discrimina e nem a humilha. Atos de
bondade são vistos na parábola do Bom Samaritano que inspira atos de
misericórdia até os dias de hoje.
Amar inspira atos de heroísmo como o belo exemplo de Joquebede, a mãe
de Moisés. O amor nos une, não nos divide. Isaque e Rebeca estavam divididos
pelo amor ou pelas preferências?
No amor não há hipocrisia como bem testemunha a parábola do Bom
Samaritano, nos exemplos reprovados e contestados do sacerdote e do levita;
como também nas expressões ingratas e traidoras de Judas Iscariotes.
Paulo resume magistralmente: “o amor seja sem hipocrisia”, Rm 12, 9,
mesmo porque hipocrisia não combina com amor: “o amor não pratica o mal contra
o próximo”, Rm 13, 10, porque essa é a sua natureza.
Desejamos o amor pela sua qualidade: Ele é bom, justo e verdadeiro.
Paulo defende, Romanos 7, 12, que Ele é bom – porque se porta com
decência; ele é justo nas suas atitudes com o próximo – de pensar, sentir e
agir, e ele é verdadeiro no seu relacionamento. Desejamos o amor pelas
qualidades que ele tem. E uma das grandes qualidades do amor é que ele não
falha.
O amor é maior do que os dons espirituais. A profecia pode falhar; o
amor, não.
A fé, num determinado momento de fraqueza, pode falhar.
Revelações podem falhar. O cristão pode falhar no exercício dos dons
espirituais e no seu testemunho pessoal; só não falha quem ama.
Desejamos o amor pelas suas qualidades.
Um dos hinos que mais gostava de cantar quando criança, e de ouvir do
Padre Zezinho, quando tive minhas primeiras aulas de catequese: “ O amor é bem
maior riqueza de valor/Para o coração/O amor é eficaz e alegria traz/Grande
emoção/O amor é bem maior/Difícil de encontrar/ É joia de valor que a vida faz
mudar./ O amor é inspiração/Na vida uma canção/ O amor.
O amor inspira fé, não mente e faz até O Sol brilhar/ Em noites sem
luar, se o amor eu cultivar Luz haverá
Num mundo de amor, só há inspiração/De ter essa certeza, esse bem
maior/ O amor é inspiração/ Na vida uma canção/ O amor./ É Deus o amor sem par/
E a todos pode dar/Feliz viver/ Foi Deus quem fez Jesus/Levar a minha luz até
morrer/ Foi esse amor que fez/ A sepultura abrir/ E o meu Salvador em glória
ressurgir “O amor é um bem maior é joia de valor para o coração! É o
amor”.
São lindas estrofes descrevendo as qualidades do amor autêntico e
verdadeiro.
A mensagem da Bíblia começa com amor e termina com amor. Começa com o casamento de Adão e Eva no Jardim
do Éden e termina com a união de Cristo e sua igreja no Apocalipse. Você ama?
Ama verdadeiramente? Pois no final só o Amor e seremos julgados pelo amor e No
Amor.
Pe.Emílio
Carlos Mancini.
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