Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

Para você entrar em nossos artigos click nas imagens nas laterais e encontrarás os lincks dos artigos postados.

Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 31 de outubro de 2012



31º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO B
SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS E SANTAS
04 DE NOVEMBRODE 2012




“Não se manifestou ainda o que havemos de ser”

Leituras: 
Apocalipse 7, 2-4.9-14; 
Salmo 23 (24); 
Primeira Carta de João 3, 1-3; 
Mateus 5, 1-12a.

COR LITÚRGICA: Branco.

A celebração de hoje nos fala de duas realidades: a do céu e a da terra, que nos conduz à santidade. Como nós estamos a caminho para a eternidade é importante nos perguntarmos sobre nossa vida de santidade ainda neste mundo, pois um dia estaremos vivendo mergulhados na santidade divina, no céu.

1. Situando-nos brevemente

Estamos no primeiro domingo do mês de novembro. No Brasil, a solenidade de todos os santos e santas de Deus é transferida para o domingo, para que todos os cristãos possam hoje celebrar sua vocação para a santidade.

No último domingo, tivemos o segundo turno das eleições em algumas cidades. A partir de agora, vivemos, no contexto municipal, um novo momento político, perante o qual, como comunidade, somos sinal de unidade, pela qual todos são convidados a tomar consciência de que somos parte de um mesmo povo. É hora de superar e esquecer divisões que possam ter ocorrido em tempo de campanha.

Ainda temos presente o dia de Finados, que celebramos na última sexta-feira, através do qual somos levados a vivenciar a comunhão dos Santos que professamos na fé.

A solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus, que celebramos neste domingo, nos lembra que o chamado à santidade é uma proposta a todos os fiéis para buscarem o seguimento do caminho do Senhor e para esperarem pela sua ação redentora, testemunhada através da Igreja.

A liturgia destes dias está, de certa maneira, unida à reflexão escatológica que os domingos que seguem nos apresentam. Aqui, com certeza, não se trata de uma especulação sobre o futuro e sim de uma esperança viva que se experimenta a partida da fé.

2. Recordando a Palavra

O evangelho traz para nossa meditação a vocação à santidade partindo da proclamação das bem-aventuranças.

As bem-aventuranças dentro do Evangelho de Jesus integram a proclamação da nova aliança, da nova Lei. Através dela Jesus introduz o cumprimento da justiça de Deus e o anúncio de seu Reino entre nós.

O evangelho diz que Jesus, para proclamar as bem-aventuranças, subiu à montanha. É preciso lembrar que, no contexto bíblico judaico, “montanha” é o lugar onde Deus se manifesta e fala com Moisés e ainda o lugar onde Deus confiou os dez mandamentos (a Lei) a Moisés.

O evangelho fala que, na montanha, Jesus “sentou-se”. “Sentar” significa que Jesus é mestre, ensina com autoridade. Esta autoridade se confirma no evangelho, porque ele mesmo vive as bem-aventuranças e nele elas se cumprem.

A nova lei, proposta por Jesus, é apresentada aos discípulos, que “se aproximaram” e junto dele estão para escutar seus ensinamentos. O discípulo que está na montanha junto ao mestre participa desta realidade nova, ao ser destinatário da proclamação e convocado a testemunhar a ação de Deus. Isto é, os discípulos são proclamados felizes, quando se fazem testemunhas de Jesus, em particular quando perseguidos por causa de seu nome.

O contexto de perseguição e adversidade ao qual aquele que se faz discípulo está sujeito, conforme a última bem-aventurança anunciada, aproxima o discípulo ainda mais do seguimento ao mestre.

Os bem-aventurados, de acordo com o evangelho, cumprem seu caminho a partir da fé e da esperança.

As promessas das bem-aventuranças anunciam a presença do Reino que já se cumpriu através da ação redentora de Jesus. Por isso, para o discípulo, mesmo como promessa, pela fé abraçada no seguimento de Jesus, torna-se uma realidade atual e confere-lhe um estado do bem-aventurado. A acolhida e a vivência da bem-aventurança é o lugar a partir do qual, no seguimento de Jesus, Deus realiza seu Reino.

O conteúdo da proclamação do Reino, a proposta das bem-aventuranças, tem como tema central a justiça do Reino. As bem-aventuranças são assim um juízo de Deus sobre os homens, tornando justos e felizes os que acolhem o reino na fé e o realizam a partir do seguimento a Jesus.

A proclamação das bem-aventuranças apresenta a ação de Deus que santifica e torna felizes, isto é, leva a participar de seu Reino aqueles que estão destituídos da vida e da dignidade humana e aqueles cuja prática promove a justiça.

O programa das bem-aventuranças propõe, pois, através do conteúdo da promessa, uma ligação entre a primeira e a última. Em ambas se estabelece a vivência da fé como condição para possuir o estado de bem-aventurado.

Na primeira, a condição da fé aparece em “felizes os pobres em espírito”, como despojamento diante dos valores do mundo: dinheiro, poder e prazer. Na última, a condição da fé aparece como seguimento e testemunho de Jesus e de sua obra, ao dizer: “felizes sereis quando vos perseguirem por causa do meu nome”.

A partir desta fé, Jesus leva o discípulo a testemunhar a ação de Deus que cumpre a justiça para com “os aflitos”, “os despossuídos” e “aqueles que têm fome e sede de justiça”, como parte de uma promessa de libertação para a humanidade.

É Deus que se solidariza com o gênero humano da mesma forma como no Egito, quando libertou o povo da escravidão. A santidade aqui aparece como pura graça de Deus, como ação de Deus que santifica e restitui a vida.

A mesma realidade podemos afirmar a partir das promessas que Deus fez por meio de profetas, anunciando seu messias.

O discípulo pode ainda experimentar a ação de Deus que justifica, santifica, torna felizes aqueles cujas ações concretizam a prática da justiça esperada por Deus. Assim, Jesus apresenta como ditosos “aqueles que prestam ajuda”, “os limpos de coração” e “aqueles que promovem a paz”.

Enquanto buscamos viver as bem-aventuranças, temos o testemunho daqueles que alvejaram a veste no sangue do Cordeiro, o que se constitui num vivo apelo ao testemunho (martírio). O destaque que a leitura do Livro do Apocalipse atribui aos eleitos que deram testemunho do seguimento ao Senhor com suas vidas, perante todos os demais eleitos, é um vivo apelo à santidade, através da fidelidade e da entrega radical da vida nas mãos de Deus.

3. Atualizando a Palavra

Na festa de Todos os Santos, celebramos a vida daqueles que estão na glória com o Senhor e nossa comunhão de vida e de fé com eles, através de Jesus, em quem todos fazem parte de uma mesma Igreja, Corpo Místico, e de um mesmo mistério pascal que se atualiza em cada Eucaristia.

Nesta festa de Todos os Santos, queremos refletir sobre a ação de Deus que nos santifica, contemplando aqueles que já trilharam este caminho aqui na terra e hoje estão na glória. Esta festa nos lembra, em especial, que, como cristãos, devemos ter a esperança de um dia estar com ele nesta mesma glória. Assim proclamamos que Jesus é o caminho que nos leva a participar da mesma bem-aventurança.

A leitura do Apocalipse mostra que a santidade abrange uma multidão, gente de todos os povos, línguas e nações. Nesta festa, queremos exaltar a força e a ação de Deus que os levou à santidade, para assim podermos também nós participarmos, com esperança renovada, desta verdade que os céus nos dão.

Ao refletirmos sobre a santidade proposta na liturgia da Palavra deste domingo, somos levados a dizer que Jesus se fez fonte e modelo de santidade, pois nele as bem-aventuranças encontram realização.

As bem-aventuranças nos ajudam a ver e conhecer o rosto de Jesus, isto é, a descobrir a santidade de Deus proposta para a humanidade e a tomar parte nela. Elas ajudam também a mostrar para onde o olhar de Deus se dirige e qual a vontade de Deus a ser buscada, para que se realize seu Reino.

O programa de vida que enuncia as bem-aventuranças é o caminho do discípulo para conhecer Jesus na intimidade e, ao mesmo tempo, para segui-lo, isto é, tomar parte na realização do Reino de Deus e de sua justiça entre nós.

A santidade que Jesus nos apresenta e proclama, a partir da ação de Deus no mundo, é, em primeiro lugar, graça em que Deus restitui vida e realiza a justiça. Em segundo lugar, é tarefa pela qual Deus confirma a ação daqueles que colaboram com a realização de seu reino, promovendo o perdão e a paz para todos.

A santidade, assim, está longe de ser uma prática ritual vazia. Ela é um efetivo e íntimo convívio e conhecimento do Senhor e de sua vontade, para o serviço eficaz aos irmãos.

No contexto do Evangelho de Mateus e das bem-aventuranças, Deus espera de seu povo a prática da justiça, mas não qualquer justiça e sim aquela cuja ação devolve esperança e vida. Nestas ações, estão em destaque aquele que busca ser limpo de coração, sem segundas intenções, e aquele que é fonte de perdão, pois estes colaboram para que haja paz, shalom, o bem maior do Reino.

A santidade em Deus não é pietismo ritualista mas ação de Deus em favor da vida. A santidade de Deus, presente no meio do povo e apresentada por Jesus no evangelho, confirma a fé daqueles que, contra as certezas do mundo, pautam sua ação pelo cumprimento das promessas do Senhor e pela realização de seu Reino.

Para nos abrirmos a este caminho de santidade no seguimento de Jesus, devemos hoje ser sensíveis aos apelos daqueles que são os aflitos, os desprovidos, os que têm fome e sede de justiça, para lhes sermos anúncio vivo, sinal da presença de Deus entre nós.

A palavra de Deus, especialmente através das bem-aventuranças, é critério para avaliarmos nossas práticas espirituais, devoções e participação na comunidade. A vida de santidade, que hoje celebramos na festa de Todos os Santos, é comunhão destes no Senhor e realização das bem-aventuranças em suas vidas, como cumprimento do Reino definitivo.

Perguntemo-nos: nossa prática de fé e busca de santidade conseguem nos despertar para a vida e para as necessidades dos irmãos? Onde o nosso compromisso com os outros consegue fazer parte de nossa oração e busca de Deus?

4. Ligando a Palavra com a Ação Eucarística

Na Prece Eucarística II, assim rezamos: “Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda a santidade!” Isto depois de termos cantado solenemente; “Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo”.

Na Sacrosanctum Concilium n.8, encontramos uma bela reflexão sobre a unidade da Igreja peregrina e da Igreja Celeste, que acontece em cada celebração litúrgica: “Na liturgia terrena nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória”.

Enfim, em cada celebração eucarística somos convidados a participar do banquete nupcial, da ceia do Cordeiro imolado. Um dia, no céu, participaremos, com todos os anjos e santos, desta mesma Ceia, não mais com o Pão e o Vinho, mas na presença, face a face, de Jesus.

A mesa do altar é “a mesa dos peregrinos”, conforme rezaremos na oração após a comunhão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário