Venerável Conchita do México (1862-1937)
Maria Concepción Cabrera de Armida, Conchita,
esposa e mãe de numerosos filhos, é uma das santas modernas que Jesus preparou
para uma maternidade espiritual
para os sacerdotes. No futuro ela terá grande
importância para a Igreja universal.
Jesus uma vez explicou
para Conchita: “Existem almas que receberam uma unção através da ordenação
sacerdotal. Porém há também almas sacerdotais que têm uma vocação sem ter a
dignidade ou a ordenação sacerdotal. Elas se oferecem em união comigo... Essas
almas ajudam espiritualmente a Igreja de maneira poderosa. Tu serás mãe de um
grande número de filhos espirituais, mas eles custarão ao teu coração como mil
martírios. Oferece-te como holocausto, une-te ao meu sacrifício para obter as
graças para eles” ... “Desejaria voltar a este mundo...nos meus sacerdotes.
Desejaria renovar o mundo, revelando-me neles e dar um impulso forte à minha
Igreja, derramando o Espírito Santo sobre os meus sacerdotes como numa nova
Pentecostes”.
“A Igreja e o mundo necessitam de uma nova
Pentecostes, uma Pentecostes sacerdotal, interior”.
Quando jovem Conchita rezava com freqüência
frente ao Santíssimo: “Senhor, sinto-me incapaz de te amar, portanto quero
casar. Doa-me muitos filhos assim que eles possam te amar mais de quanto eu sou
capaz.”.
De seu casamento muito feliz nasceram nove filhos, duas mulheres e
sete homens. Ela os consagrou todos a Nossa Senhora: “Entrego-os
completamente a ti como se fossem teus filhos. Tu sabes que eu não os sei
educar, pouco sei do que significa ser mãe, mas Tu, Tu o sabes”. Conchita
viu morrer quatro de seus filhos e todos tiveram uma morte santa. Conchita foi
realmente mãe espiritual para o sacerdócio de um de seus filhos; e sobre ele
escreveu: “Manuel nasceu na mesma hora em que morreu Padre José Camacho.
Quando ouvi a noticia, roguei a Deus que meu filho pudesse substituir este
sacerdote no altar. Desde quando o pequeno Manuel começou a falar, rezamos
juntos para a grande graça da vocação ao sacerdócio... No dia de sua primeira
Comunhão e em todas as festas importantes renovei a súplica...Aos dezessete
anos entrou na Companhia de Jesus”.
Em 1906 da Espanha, onde estava, Manuel
(nascido em 1889 e terceiro filho por idade) comunicou-lhe sua decisão de se
tornar sacerdote e ela lhe escreveu: “Doa-te ao Senhor com todo o coração
sem nunca negar-te! Esquece as criaturas e principalmente esquece a ti mesmo!
Não posso imaginar um consagrado que não seja um santo. Não é possível doar-se
a Deus pela metade. Procura ser generoso com Ele!”.
Em 1914 Conchita encontrou Manuel na Espanha
pela última vez, porque ele não voltou nunca mais ao México. Naquela época o
filho lhe escreveu: “Minha querida, pequena mãe, me indicaste o caminho.
Tive a sorte, desde pequeno, de ouvir de teus lábios a doutrina salutar e
exigente da cruz. Agora queria pô-la em prática”. A mãe também experimentou
a dor da renúncia: “Levei tua carta frente ao tabernáculo e disse ao Senhor
que aceito com toda minha alma esse sacrifício. No dia seguinte coloquei a
carta no meu peito enquanto recebia a Santa Comunhão para renovar o sacrifício
total”.
Mãe, ensina-me a ser sacerdote
Dia 23 de julho de
1922, uma semana antes da ordenação sacerdotal, Manuel, então com trinta anos
de idade, escreve para sua mãe: “Mãe, ensina-me a ser sacerdote! Fala-me da
imensa alegria de poder celebrar a S. Missa. Entrego tudo em tuas mãos, como me
protegeste no teu peito quando eu era criança e me ensinaste a pronunciar os
belos nomes de Jesus e Maria para introduzir-me nesse mistério. Sinto-me
realmente como uma criança que pede preces e sacrifícios... Assim que eu for
ordenado sacerdote, te mandarei a minha benção e depois receberei ajoelhado a
tua”.
Quando Manuel foi ordenado sacerdote, aos 31
de julho de 1922 em Barcelona, Conchita levantou-se para participar
espiritualmente da ordenação; devido ao fuso horário no México era noite. Ela
comoveu-se profundamente: “Sou mãe de um sacerdote! ... Posso somente chorar
e agradecer! Convido todo o céu a agradecer em meu lugar porque me sinto
incapaz pela minha miséria”. Dez anos mais tarde escreveu ao filho “Não
consigo imaginar um sacerdote que não seja Jesus, ainda menos quando ele é
parte da Companhia de Jesus. Rezo para ti para que tua transformação em Cristo,
desde o momento da celebração, se cumpra de modo que tu sejas, dia e noite,
Jesus” (17 de maio de 1932). “O que faríamos sem a cruz? A vida sem as
dores que unem, santificam, purificam e obtêm graças, seria insuportável”
(10 de junho de 1932). P. Manuel morreu aos 66 anos de idade em odor de
santidade.
O Senhor fez com que Conchita compreendesse
para o seu apostolado: “Confio-te mais um martírio: tu sofrerás aquilo que
os sacerdotes cometem contra mim. Tu viverás e oferecerás pela infidelidade e
pelas misérias deles”. Esta maternidade espiritual para a santificação dos
sacerdotes e da Igreja a consumiu completamente. Conchita morreu em 1937 aos 75
anos.
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Conchita, jovem viúva O filho Manuel
Maria Concepción Cabrera de
Armida, Conchita, esposa e mãe de numerosos filhos, é uma das santas
modernas que Jesus preparou para uma maternidade espiritual para os
sacerdotes. No futuro ela terá grande importância para a Igreja
universal.
Jesus uma vez explicou para Conchita: “Existem
almas que receberam uma unção através da ordenação sacerdotal. Porém há
também almas sacerdotais que têm uma vocação sem ter a dignidade ou a
ordenação sacerdotal. Elas se oferecem em união comigo... Essas almas
ajudam espiritualmente a Igreja de maneira poderosa. Tu serás mãe de um
grande número de filhos espirituais, mas eles custarão ao teu coração
como mil martírios. Oferece-te como holocausto, une-te ao meu sacrifício
para obter as graças para eles” ...
“Desejaria
voltar a este mundo...nos meus sacerdotes. Desejaria renovar o mundo,
revelando-me neles e dar um impulso forte à minha Igreja, derramando o
Espírito Santo sobre os meus sacerdotes como numa nova
Pentecostes”.
“A Igreja e o mundo necessitam de uma nova Pentecostes, uma Pentecostes sacerdotal, interior”.
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Quando jovem Conchita rezava com freqüência frente ao Santíssimo:
“Senhor,
sinto-me incapaz de te amar, portanto quero casar. Doa-me muitos filhos
assim que eles possam te amar mais de quanto eu sou capaz.”. De seu casamento muito feliz nasceram nove filhos, duas mulheres e sete homens. Ela os consagrou todos a Nossa Senhora:
“Entregoos
completamente a ti como se fossem teus filhos. Tu sabes que eu não os
sei educar, pouco sei do que significa ser mãe, mas Tu, Tu o sabes”.
Conchita viu morrer quatro de seus filhos e todos tiveram uma morte
santa. Conchita foi realmente mãe espiritual para o sacerdócio de um de
seus filhos; e sobre ele escreveu:
“Manuel nasceu na mesma hora em
que morreu Padre José Camacho. Quando ouvi a noticia, roguei a Deus que
meu filho pudesse substituir este sacerdote no altar. Desde quando o
pequeno Manuel começou a falar, rezamos juntos para a grande graça da
vocação ao sacerdócio... No dia de sua primeira Comunhão e em todas as
festas importantes renovei a súplica...Aos dezessete anos entrou na
Companhia de Jesus”. Em 1906 da Espanha, onde estava, Manuel
(nascido em 1889 e terceiro filho por idade) comunicou-lhe sua decisão
de se tornar sacerdote e ela lhe escreveu:
“Doa-te ao Senhor com todo
o coração sem nunca negar-te! Esquece as criaturas e principalmente
esquece a ti mesmo! Não posso imaginar um consagrado que não seja um
santo. Não é possível doarse a Deus pela metade. Procura ser generoso
com Ele!”.
Em 1914 Conchita encontrou Manuel na Espanha pela última vez, porque ele
não voltou nunca mais ao México. Naquela época o filho lhe escreveu:
“Minha
querida, pequena mãe, me indicaste o caminho. Tive a sorte, desde
pequeno, de ouvir de teus lábios a doutrina salutar e exigente da cruz.
Agora queria pôla em prática”. A mãe também experimentou a dor da renúncia:
“Levei
tua carta frente ao tabernáculo e disse ao Senhor que aceito com toda
minha alma esse sacrifício. No dia seguinte coloquei a carta no meu
peito enquanto recebia a Santa Comunhão para renovar o sacrifício
total”.
Mãe, ensina-me a ser sacerdote
Dia 23 de julho de 1922, uma semana antes da ordenação sacerdotal,
Manuel, então com trinta anos de idade, escreve para sua mãe:
“Mãe,
ensina-me a ser sacerdote! Fala-me da imensa alegria de poder celebrar a
S. Missa. Entrego tudo em tuas mãos, como me protegeste no teu peito
quando eu era criança e me ensinaste a pronunciar os belos nomes de
Jesus e Maria para introduzir-me nesse mistério. Sinto-me realmente como
uma criança que pede preces e sacrifícios... Assim que eu for ordenado
sacerdote, te mandarei a minha benção e depois receberei ajoelhado a
tua”.
Quando Manuel foi ordenado sacerdote, aos 31 de julho de 1922 em
Barcelona, Conchita levantou-se para participar espiritualmente da
ordenação; devido ao fuso horário no México era noite. Ela comoveu-se
profundamente:
“Sou mãe de um sacerdote! ... Posso somente chorar e
agradecer! Convido todo o céu a agradecer em meu lugar porque me sinto
incapaz pela minha miséria”. Dez anos mais tarde escreveu ao filho
“Não
consigo imaginar um sacerdote que não seja Jesus, ainda menos quando
ele é parte da Companhia de Jesus. Rezo para ti para que tua
transformação em Cristo, desde o momento da celebração, se cumpra de
modo que tu sejas, dia e noite, Jesus” (17 de maio de 1932).
“O que faríamos sem a cruz? A vida sem as dores que unem, santificam, purificam e obtêm graças, seria insuportável” (10 de junho de 1932).
P. Manuel morreu aos 66 anos de idade em odor de santidade. O Senhor fez com que Conchita compreendesse para o seu apostolado:
“Confio-te
mais um martírio: tu sofrerás aquilo que os sacerdotes cometem contra
mim. Tu viverás e oferecerás pela infidelidade e pelas misérias deles”.
Esta maternidade espiritual para a santificação dos sacerdotes e da
Igreja a consumiu completamente. Conchita morreu em 1937 aos 75 anos.
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