Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

sábado, 22 de setembro de 2012



25º DOMINGO TEMPO COMUM 
ANO B
23 DE SETEMBRO DE 2012

Jesus denuncia e pede que tenhamos cuidado com o poder com as tentativas de domínio sobre os outros, com os sonhos de grandeza, com as manobras para conquistar honras, lucros e privilégios, com a busca desenfreada por títulos e posições de prestígio, pois são atitudes que revelam uma vida segundo a “palavra do mundo”.

“Quem é o maior?”

Leituras: 
Sabedoria 2, 12.17-20; 
Salmo 53 (54); 
Tiago 3, 16-4,3; 
Marcos 9, 30-37.

COR LITÚRGICA: Verde

Nesta Eucaristia Jesus nos mostra que a grandeza da sociedade não está na riqueza e nem no poder, mas no serviço sem pretensão e interesse. Este serviço faz com que cada um de nós nos tornemos servos uns dos outros, pois para Deus não somos maiores ou menores, somos todos iguais.

1. Situando-nos brevemente

Animados pela celebração do mês da Bíblia, na qual encontramos a palavra por excelência, que se diferencia das que normalmente ouvimos, queremos orientar nosso agir tentando entender, a cada domingo, o que Deus nos fala. À medida que nos aproximamos do Tempo Comum o anúncio da Paixão é uma realidade muito próxima.

A liturgia deste domingo apresenta a palavra como luz para nossa vida e nos coloca diante de duas realidades que, continuamente, nos interpelam e exigem nossa opção: a “palavra do mundo” e a “palavra de Deus”. Convida-nos a pensar no modo como nos situamos na comunidade cristã e na sociedade e até que ponto esta palavra é capaz de orientar nosso agir.

Jesus denuncia e pede que tenhamos cuidado com o poder com as tentativas de domínio sobre os outros, com os sonhos de grandeza, com as manobras para conquistar honras, lucros e privilégios, com a busca desenfreada por títulos e posições de prestígio, pois são atitudes que revelam uma vida segundo a “palavra do mundo”.

Jesus nos convida a uma opção de vida que manifeste o que ele mesmo é, tendo nos deixado como testamento: um coração simples e humilde, capaz de amar e acolher a todos em especial os excluídos, sem necessidade de retribuição e reconhecimento público.

Não há meio termo, Jesus é claro e exigente: quem quiser segui-lo deve acolher sua proposta e, consequentemente, seus desafios. Como Igreja devemos estar dispostos a testemunhar nossa fé por meio de atitudes que manifestem a verdadeira palavra que é Caminho, Verdade e Vida.

2. Recordando a Palavra

O texto do livro da Sabedoria que nos é proposto, na 1ª Leitura deste domingo, reflete o destino dos justos e o dos ímpios. O autor apresenta os raciocínios dos que se identificam com a lógica incoerente dos ímpios, destacando principalmente suas manifestações de desprezo para com os justos.

Pode-se perfeitamente ver uma crítica às atitudes incoerentes dos ímpios, mostrando que suas condutas corruptas e imorais manifestam uma vida fundamentada na autossuficiência, no egoísmo, em valores que privilegiam o ter, colocando em primeiro lugar a ambição e o poder, prescindindo da presença de Deus.

Mostra que não há sentido na conduta dos ímpios, pois suas atitudes geram violência, divisão, conflito, infelicidade, escravidão e morte. Assim, o autor convoca a uma vida fundada na justiça e a firma valer a penas ser justo e manter-se fiel aos valores da fé até o fim.

Na segunda leitura, Tiago, depois de convidar os cristãos à autenticidade e à coerência da fé, enumera alguns aspectos que precisam de atenção por parte dos que crêem. Estes aspectos dizem respeito aos dois tipos de palavras já mencionados.

O cristão, pelo Batismo, faz sua opção de seguir Jesus Cristo. Assume uma postura de vida fundamentada em valores que são próprios da palavra de Deus, em contradição aos diferentes valores chamados “do mundo”: “inveja, rivalidade, desordem, guerra e toda a espécie de más ações” (Tg 3,16).

A pessoa, assumindo valores que não são de Deus, fica dividida e, automaticamente, divide a comunidade, levando-a para a destruição. São Tiago convoca a um sério exame de consciência, propondo uma mudança na maneira de pensar a própria vida.

O evangelho segue a mesma lógica. Neste sentido é interessante unir a primeira parte do evangelho com a primeira leitura e a segunda parte com a segunda leitura, ou seja, para o “mundo”, ser o primeiro, o maior, significa ser o mais importante, aquele que, frente aos demais, procura uma posição de destaque. Para “Deus”, nas palavras de Jesus, maior é aquele que se coloca a serviço: “Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos”.

Mesmo diante de uma possível morte, as palavras de Deus deixam transparecer a tranquilidade própria de quem sabe aonde vai, da missão que recebeu e a serena aceitação destes fatos que irão se concretizar num futuro muito próximo.

Jesus tem consciência da missão que recebeu do Pai e está disposto a levá-la até o fim, mesmo se isto significa uma morte humilhante na cruz. Ensinamento fundamental para os que querem seguir a Cristo e participar na construção de um mundo novo. Desanimar, parar, não ser fiel ao proposto e assumido não constrói nada.

Diante do anúncio da Paixão, o silêncio toma conta dos discípulos que não entendem e tem medo de perguntar. Não entendem que o caminho da vida passará necessariamente pela morte. Como entender que o aparente fracasso possa ser sinal de vitória e a morte marco de uma nova vida?

Mas o ensinamento central de Jesus parte da pergunta aos discípulos: “que discutíeis pelo caminho?” Ele sabe do que se trata, mas quer ouvir deles, de suas próprias bocas, qual era o verdadeiro interesse de seus corações, o objetivo principal do seguimento. A cena mostra que é na intimidade com ele que vamos aprendendo certas coisas com relação à palavra. Não serão chavões, manchetes, slogans sobre Jesus que nos farão entender o que Deus quer de nós.

3. Atualizando a Palavra

Os “ímpios” descritos pelo autor da 1ª leitura são os que, além de não aderirem aos valores de Deus, ainda zombam dos costumes e dos valores religiosos, por considerarem essas práticas religiosas inadequadas para os dias de hoje, ou seja, não compatíveis com a modernidade.

Os justos, com sua prática de vida, acabam por ser uma espécie de empecilhos aos ímpios que se sentem continuamente questionados. Estes reagem, atacando os justos e colocam Deus a prova para ver até onde ele permite o sofrimento dos que o temem.

O Livro da Sabedoria nos oferece uma palavra de ânimo, muito oportuna para nossos dias, pois todo justo será recompensado e sua vida experimentará a plena e definitiva vida que Deus reserva para aqueles que escutam suas palavras, aceitam seus desafios, trilham seus caminhos e se comprometem com a construção de um mundo mais fraterno, lutando pela justiça e pela paz.

Quem optar viver segundo a “palavra de Deus” não terá facilidades, nem viverá em um romantismo mágico pelo qual tudo acabará em alegrias e grandes realizações. Estará, porém, sujeito a críticas, a perseguições, a incompreensões e até ao próprio fracasso. Entretanto não serão as situações contrárias que farão com que desanimemos na prática da justiça.

O texto que nos é proposto na carta a São Tiago leva o cristão a fazer uma sincera análise sobre as origens das discórdias que destroem a verdadeira vida das comunidades cristãs. O autor exorta a comunidade para que não perca os valores cristãos autênticos e coloque em prática a palavra de Deus, que se encontra, de maneira privilegiada, em Jesus Cristo, fazendo de suas vidas um dom de amor aos irmãos, traduzido em gestos concretos de partilha, serviço, solidariedade e fraternidade.

Vigiemos para que nosso coração não esteja ocupado por ambições, invejas, orgulhosos, competição, egoísmo, que nada mais criam que divisões e nos impedem de entrar na vida plena.

Jesus teve dificuldade de fazer com que entendessem. Ainda hoje podemos ter essa mesma dificuldade. Não temos tempo para saborear e entender a palavra de Deus, pois nossas preocupações podem estar sobre outras realidades.

Será que não ficamos falando tantas coisas que não são tão importantes ou fundamentais? Por isso, a dinâmica de Jesus é muito importante: sentou-se, chamou mais perto, tomou a criança como exemplo... Sempre vai educando os discípulos sobre que tipo de messias é e como quer que sejam os que se dispõem a segui-lo. O evangelho é um contínuo ensinamento, mas a cegueira dos discípulos persiste. Quem quiser segui-lo deve dispor-se a servir.

Assim como no tempo de Jesus, o interesse de saber quem é o maior toma conta de muitas rodas de conversar e orientam as ações de muitas pessoas hoje, determinando as prioridades e os investimentos.

Neste dia, cabe uma pergunta: em que estamos investindo nosso tempo, nossas energias, nosso dinheiro, enfim, nossa própria vida? Em realidades passageiras que, aparentemente, podem ser importantes, pois vivemos em uma sociedade capitalista e imediatista, ou em ações que conscientemente constroem pessoas, famílias e um mundo que proporcione o prazer de uma vida integral?

Jesus nos convida a abandonarmos nossos sonhos egoístas e orientarmos nosso agir para a essência de sua proposta.

No Reino de Deus não há uma escala hierarquizada de pessoas que possam ser umas mais importantes que as outras, mas há uma proposta de amor que se realiza no próximo. Algo difícil para nossos dias. O próximo, neste caso, está simbolizado pela criança que é sinal dos que são os últimos.

Assim, a proposta de Cristo deve começar pelos que são últimos: os sem direitos, os fracos, os pobres, os indefesos, os facilmente manipulados, tal como eram as crianças em seu tempo. O maior é aquele que ama e serve.

4. Ligando a Palavra com a Ação Eucarística

A Eucaristia celebrada nos leva a atualizar, em nossa vida, os mesmos ensinamentos deixados por Jesus aos discípulos na “caminhada para Jerusalém”. Ensina que os valores do Reino são os gestos concretos e que o projeto do Pai não passa por esquemas de poder e de domínio.

A ação litúrgica é múnus, serviço de Jesus Cristo para glorificação do Pai e salvação da humanidade. Em cada celebração eucarística, ele se faz Servo e se doa inteiramente para que “nos tornemos um só corpo e um só espírito”, “um só povo em seu amor”.

Com Cristo, o ministro, em nome da assembléia agradece ao Pai: “E vos agradecemos porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos servir”; serviço de louvor agradável a Deus, que se expressa no empenho leal no serviço aos irmãos desanimados e oprimidos.

Na celebração eucarística, cada dia Jesus levanta-se da mesa, cinge a cintura com uma toalha, lava os pés de seus discípulos (cf. Jo 13, 1-5) e nos transforma em testemunhas da esperança e fonte de unidade e de salvação para muitos.

O interesse autêntico e sincero pelos problemas da sociedade, que nasce da solidariedade para com as pessoas, é sinal privilegiado do seguimento daquele que veio para servir e não para ser servido. Uma comunidade insensível às necessidades dos irmãos e à luta para vencer a injustiça é um contratestemunho, e celebra indignamente a própria liturgia.

Na Eucaristia, Deus manifesta a forma extrema do amor, que derruba todos os critérios de domínio que regem as relações humanas e afirma de modo radical o critério do serviço: ”Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos!” (Mc 9,35).

Neste 25º Domingo, em que relembramos a discussão dos discípulos sobre qual deles era o maior, e fazemos memória da entrega total de Jesus ao Pai, que veio para servir, fazendo-se menor entre os pequenos, o Espírito Santo renova em nós a certeza de que não seremos confundidos em nossa esperança.

Ele faz passar de uma mentalidade triunfalista e prepotente para a busca do verdadeiro poder que vem de Deus e que nos leva a viver a alegria do serviço gratuito aos pobres.

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