Nossa Senhora das Dores – Memória Obrigatória
S. João 19,25-27.
Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!»
Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Acolhestes então as palavras: «Mulher, eis aí o teu filho» (Jo 19,26). Da cruz, recebestes uma nova missão. A partir da cruz ficastes Mãe de uma maneira nova: Mãe de todos aqueles que querem acreditar no vosso Filho Jesus e segui-Lo. A espada da dor trespassou o vosso coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objectivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente as palavras com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: «Não temas, Maria!» (Lc 1,30). Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos [...].
Na hora de Nazaré, o anjo também vos tinha dito: «O seu reinado não terá fim» (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, [...] vós tornastes-vos mãe dos crentes. Nesta fé, [...] caminhastes para a manhã de Páscoa. A alegria da ressurreição tocou o vosso coração e uniu-vos de um novo modo aos discípulos [...]. O «reino» de Jesus era diferente daquele que os homens tinham podido imaginar. Este «reino» iniciava-se naquela hora e nunca mais teria fim. Assim, vós permaneceis no meio dos discípulos como a sua Mãe, como Mãe da esperança.
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