A VIDA CRISTÃ
Seguir o exemplo de Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir!
Também de nós Deus exige esta prática cristã: morrer a nós mesmos para viver pelos outros, seguindo o exemplo d’Aquêle cujo nome trazemos, e em cujo sangue nascemos! Morrer ao nosso egoísmo e egocentrismo, morrer à nossa vaidade e ao nosso ciúme, morrer ao nosso orgulho e amor-próprio, morrer à preocupação excessiva por nós mesmos, nosso corpo, nossos bens, nossas riquezas, morrer ao querermos aproveitar-nos dos outros e de tudo que nos rodeia, para o nosso bem, para o nosso proveito e satisfação própria, em suma: morrer ao nosso fechamento para viver pelo outro, para pôr as nossas riquezas e talentos a serviço do outro, para querer o bem e a felicidade do outro, do próximo e, assim, encontrar a verdadeira vida. Seguir o exemplo de Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir! Esta é uma tarefa para a vida inteira. Só no fim Cristo nos pedirá a prestação das contas; e sabemos que não exigirá demais: um talento e seus juros de quem recebeu um só; talentos e seus frutos, de quem recebeu cinco. Teremos a vida inteira para fazer frutificar os talentos. A vida cristã se torna assim uma verdadeira vida: um crescer continuo na fé e na caridade; um progredir, passo a passo, até chegar à estatura madura de Cristo, um morrer sempre mais a si mesmo, para viver sempre mais pelo outro, e tornar-se sempre mais uma pessoa total, conforme o Modelo, Cristo! Seria contra o próprio sentido da vida cristã exigir a perfeição total do exemplo acabado de Cristo de quem não teve tempo nem condições de crescer até lá. O exemplo de Cristo é o ideal, sempre proposto, que nos guia e orienta, e que nos chama para um amadurecimento lento e contínuo. A perfeição de Cristo é o ideal a ser realizado na vida do cristão. Enquanto o cristão crescer para êste ideal, está no caminho de Deus, se bem que consciente da imperfeição que reside em todo crescimento. E por isso que cheguei a dizer que o cristão está, simultâneamente, em estado de graça e em condição de pecador, enquanto simultâneamente cresce em caridade, e cresce em consciência de sua imperfeição. A Graça e a Igreja A perfeição da vida cristã se resume na participação perfeita do mistério pascal de Cristo; viver como cristão quer dizer: crescer na união com Cristo no seu mistério da cruz. A vida cristã é fazer a Páscoa na vida, é morrer a si mesmo para servir os outros! Vida cristã é viver a união com os outros em Cristo, é a realização dinâmica e crescente da convivência com os irmãos. Vida cristã é a construção do Reino de Deus, que é reino de paz, de justiça e de amor, um reino de verdade! O Reino iniciado por Cristo. Cristo! E essa a missão do cristão: sermos um só Corpo em Cristo pela vivência do verdadeiro amor, em obediência, castidade e pobreza , vivenciando os conselhos e virtudes evangélicas que Ele Jesus mesmo viveu. Na Medida que crescemos em união com os irmãol — crescemos no Corpo de Cristo, crescemos em Cristo crescemos em perfeição de ser homem total e pessoa completa. Esta vida de união em Cristo nos salva! Formar o Corpo de Cristo nos salva! Construir o Reino de Cristo nos salva! Pois unir-se aos outros em Cristo é fazer a vontade do Pai, é glorificar o Pai, é fazer com que o seu Reino venha, e que a sua vontade seja feita na terra. Quem vê Cristo vê o Pai que O enviou. Quem se une a Cristo se une ao Pai! E por isso que só enquanto o homem estiver ligado a Cristo, incorporado no seu corpo, formando o Cristo total, êle vive “em graça”, e enquanto estiver consciente da sua imperfeição na construção dêste Reino de Justiça e amor, êle permanece pecador! Com efeito, a graça não cai verticalmente do céu, senão por intervenção extraordinária e milagrosa de Deus. A graça se “encarnou” em Cristo, e está encarnada na Igreja, isto é, na Palavra e no Sacramento, na vida de fé e de caridade da família cristã. A graça está onde se encontram as formas autênticas da convivência cristã, pela qual o Espírito, que Cristo nos enviou, atua na Igreja, a anima e vivifica. Na medida que eu atuo na caridade para com o irmão, o Espírito de Cristo me usa como seu instrumento; e eu me torno instrumento da encarnação dos sete dons do Espírito Santo, sendo fôrça e conselho, estímulo e fortaleza, ciência e sabedoria para o outro. A graça é a Vida de Deus em nós. Esta vida se manifesta no amor para com o outro. Pois a vida de Deus é a vida de amor. Cristo nos manifestou o amor de Deus e nele participamos do amor de Deus, vivendo a comunidade de amor que é a Igreja. A Perfeição de Cristo Mais concretamente se evidencia esta realidade, quando examinamos de mais perto a perfeição de Cristo. O mistério total e mais íntimo da vida de Cristo é a sua Páscoa, a sua morte e ressurreição, glorificação do Pai pela obediência à Sua Vontade. Ora, a Vontade do Pai foi muitas vêzes expressa na própria natureza da criação, e por sua Palavra direta, e mais ainda na vida e no exemplo do Seu Verbo: amar a Deus, e amar o próximo como a si mesmo! Mas Amar como Ele amou, eis ai o viver do novo testamento. São João, porém, explica que podemos mostrar o nosso amor por Deus, só pelo amor aos irmãos. Deus é invisível, diz São João, mas os irmãos são visíveis. Dizer a Deus que Ele é o nosso Pai, é muito fácil mas mostrar que Ele o é, tratando os nossos semelhantes como verdadeiros irmãos, aí está a nossa tarefa, aí está a expressão da nossa fé, aí está a vontade de Deus (ler a primeira carta de São João, especialmente 2,3-12; 3,10-24; 4,7-21). Cristo nos deu o exemplo concreto, na sua vida: o seu mistério pascal se torna um morrer a si mesmo, para viver pelos outros. A morte de Cristo é a expressão vivida da sua Palavra: não há maior amor do que o daquele que dá a sua vida por seus amigos. E esta morte que constitui a vida; é a Cruz que se torna a Vitória. Porque o amor não aniquila o homem, pelo contrário! O amor, que é abertura para o outro, realiza o que há de mais fundamental na sua pessoa: a comunicação, a união, a construção. Ele não é uma ilha, e quando age como ilha, êle se frustra. Para poder realizar a totalidade da sua pessoa, êle deve realizar-se na sociedade, em comunhão com os outros. Este amor exige a reciprocidade. O amor é sempre mútuo, a ponto de exigir a resposta de amor do outro. Esta união constrói a sociedade e a comunidade dos homens, fazendo dela o Reino da justiça e da Paz, conforme a vontade do Pai. Se bem que o amor seja exigente, reclamando a resposta do outro, antes de tudo êle deve ser abertura para o outro. E abertura para o outro significa abandono do egoísmo. E neste sentido que devemos entender as palavras e o exemplo de Cristo. A perfeição do amor o levou a colocar a sua vida inteira à disposição da humanidade, até a última gota de sangue. E a união perfeita com a humanidade, a realização completa de sua humanidade. Assim a sua morte se torna vida, não apenas nossa, mas dêle mesmo. A sua cruz se torna Vitória. Cristo se torna o homem perfeito, aquêle em quem não foi encontrado nenhum pecado. Assim Cristo obedeceu à vontade do Pai, e também assim Ele glorificou o Pai. A vida de Cristo é fazer a vontade do Pai. A vontade do Pai é a união dos seus filhos pela prática do verdadeiro amor. A Páscoa de Cristo não é outra coisa do que a realização perfeita dêste amor. Assim a Páscoa de Cristo a sua passagem se torna glorificação do Pai, se torna sacrifício. E é “por isso que Deus O exaltou. |
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Ani Ledodi Vedodi Li
Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”
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Deus o Abençõe !
E que possas crescer com nossas postagens.
É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!
A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.
Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.
E eu sei quanto resisto a escolher-te.
"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"
Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !
Pe.Emílio Carlos†
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