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A nossa travessia da vida e a santidade
Uma das incontáveis qualidades com a qual Plinio Corrêa de Oliveira encantava seus ouvintes era a capacidade extraordinária de relacionar as coisas da vida com uma realidade superior.
Nada mais aprazível para as pessoas que sabem elevar sua alma e planar nos horizontes mais elevados do que interpretar as “mensagens” com as quais Deus inundou o mundo criado por Ele.
Numa tentativa de imitar, sem a menor pretensão de me equiparar, a grande Águia do Espírito que foi Plinio Corrêa de Oliveira, arrisco um comentário sobre o segundo clipe abaixo, que me dessedentou a alma como, num dia de forte calor, faz um bom copo de água fresca e cristalina.
A maneira como o navio, literalmente, fura as ondas e as vence, uma após a outra, se parece com a travessia da vida na qual estamos todos engajados.
Cada um de nós conduz o seu barco – sua alma – na tentativa de vencer as tempestades e as agruras incontáveis que aparecem à nossa frente. Quem chegará ao porto sem naufragar?
A sensação de tristeza que dá o afundamento de um navio, lembra uma alma que se entregou aos vícios e pecados, abandonou a luta da vida e naufragou aos olhos de Deus.
Porém, contemplando o navio na tempestade podemos fazer uma analogia entre o seu calado e os princípios mais firmes, inegociáveis, que furam mais impetuosamente o ataque das águas.
A proa, parte mais elevada reflete a altaneria com a qual a pessoa enfrenta e desafia as ondas da vida, por vezes mais altas do que o próprio navio; tem algo que lembra o cavaleiro com a lança em riste.
O corpo do navio simboliza a estrutura moral da alma fiel, intransigente consigo mesma e com as seduções do mundo, segura de suas convicções, inabalável diante dos ataques continuados que a vida traz consigo.
Por fim há a ponte, local onde está o timão e onde opera o capitão, a qual poderíamos comparar à Fé, que está na parte mais alta da alma, que inspira o rumo certo por cima da tempestade e que garante ao navio não virar de lado para que não se torne vulnerável ao ataque das ondas evitando o seu afundamento.
A luta contra as ondas é cheia e risco sem o qual não haveria glória em vencer. É precisamente o risco imenso que torna a cena tão admirável.
O navio que atravessa todas as tempestades e todas as ondas gigantescas e chega ao porto vitorioso, simboliza o maior dos êxitos a ser colhido no final da vida, a santidade. Fruto que só se colhe com a ajuda do sobrenatural proporcionada pelo próprio Deus por meio e Maria Santíssima.
Para isso todos nós nascemos, e é o que Deus mais quer de nós.
Peçamos a Ele por meio de Nossa Senhora as graças necessária para vencermos essa travessia da vida. Sobretudo neste mundo tão cheio de insídias e tão mais difícil de não naufragar.
Isso é realização. O resto é ilusão e aflição de espírito.
A†Ω
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