Rosário ou Terço? Qual o nome certo?
“O costume de contar pequenas orações de repetição nos dedos da mão, por meio de pedrinhas, é muito antigo.
Primeiramente, foi introduzido o costume de rezar determinado número de vezes o Pai-Nosso. Isto se dava de modo especial nos mosteiros, sobretudo a partir do século X (depois do ano 900) onde muitos católicos não tinham condições de participar das orações dos salmos (do saltério), com leituras e cânticos.
Seus superiores estabeleciam para eles a recitação do Pai-Nosso determinado número de vezes.
Inicialmente, a recitação da Ave Maria era feita sem a inclusão dos episódios – mistérios – da vida de Cristo. Entre 1410 e 1439, o monge cartuxo Domingo de Prusia, de Colônia, Alemanha, introduziu uma espécie de saltério mariano, com 50 Ave-Marias, cada uma seguida de uma referência a uma passagem do Evangelho, como uma jaculatória. Assim, os salmos eram substituídos pelas Ave-Marias e as antífonas, e pelas passagens evangélicas.
São Pio V, Papa de 1566 a 1572 – época final e de implementação do Concílio de Trento, em que foram organizados os livros litúrgicos utilizados até o Concílio Vaticano II – estabeleceu a atual configuração do Rosário. Ele atribuiu à oração do Rosário a vitória naval de Lepanto, em 07 de outubro de 1571, que salvou a Europa de um grande perigo. Por causa disto, introduziu a festa de Nossa Senhora do Rosário.
Esta designação de “rosário” teve origem no costume de, em alguns lugares, o povo oferecer coroas (guirlandas) de rosas à sua rainha. Os católicos adotaram esta prática para Maria Santíssima, a rainha do céu e da terra: oferecer-lhe uma coroa de 150 “rosas” – Ave-Marias. Daí o rosário, mas dividido em três partes, resultando o nome de “terço”. Portanto, o rosário (150 Ave-Marias) é composto pela recitação de três terços (cada um com 50 Ave-Marias ou 5 dezenas de 10 Ave-Marias).
Fonte: Canto da Paz
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