“Não faço o bem que quero, mas
faço o mal que não quero”.
Neste
fim de semana a Igreja nos convida a refletir sobre a Lei. Ou o que é a Lei
para nós e como devemos aplicá-la em nossa vida. O que na verdade vemos é que a
Lei trazida por Jesus é o AMOR. Mas vejamos. Moisés diz ao povo “Nada
acrescenteis, nada tireis, à palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos
do Senhor vosso Deus que vos prescrevo”.
Isto é, não mude nada na Lei ela já é suficiente para fazer deste povo o mais
cobiçado por todas as nações, pois verão que este povo tem um Deus justo e que
os instrui com leis e normas que nenhum povo tem e que ninguém havia pensado.
Este é o Deus que se revela e cuida de seu povo.
Mas isso não foi suficiente, este povo de cabeça
dura foi acrescentando leis por sua própria conta que fazia do povo escravos
dos mandos das autoridades e estes mesmos não seguiam a lei que impunham sobre
o povo. Qualquer semelhança com o nosso tempo são mera coincidência. Mas é por
isso que Jesus condena os Fariseus, principalmente, pois estes eram severos no
cumprimento da Lei. Leis que eles mesmos não eram capazes de cumprir. Vemos o
desespero de Paulo que quando olha pra Lei diz: “Não faço o bem que quero, mas
faço o mal que não quero”. Ele próprio, que era Fariseu, passava pela angustia
de não poder cumprir a lei e seus costumes. Por isso que Farisaísmo tornou o
termo referente à hipocrisia. No Evangelho quando Jesus é interrogado sobre os
discípulos que não lavam as mãos, não é que eles comiam com as mãos sujas, mas
que não faziam o ritual judaico que se chamava “lavabo” de purificação das
impurezas de algum contato com os pecadores. Muitos não entendendo pensam que
os apóstolos eram sem higiene. Jesus quebrou os “tabus” dos Judeus e isso os
deixavam irritados, mas estas coisas não faziam parte da Lei de Deus e as
autoridades judaicas faziam questão de colocar como se fosse de Deus.
Assim São Paulo vai dizer: “Todavia, sedes praticantes da Palavra e não meros ouvintes,
enganando-vos a vós mesmos”. Mas que Palavra. A verdadeira Palavra e não a
manipulação feita pelas autoridades e esta está na boca de Jesus as quais
devemos seguir e é simples de entender “Dou-vos um
novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também
vós deveis amar-vos uns aos outros”. (Jo 13, 34). Aí
está nossa vida – AMAR – não este amor egoísta, individualista, egocentrista que
o mundo nos oferece e muitos acompanham este tipo de amor. É o que vemos em
nossa sociedade que se espelham nos meios de comunicação, em uma sociedade pagã
sem nenhum princípio de ética e moral quanto mais religioso. Uma sociedade que
prega um relativismo, um liberalismo em que tudo pode e que a qualquer custo
você tem que ser feliz. E a felicidade falseada em prazer que levam as pessoas
a serem vazias em si mesmas e inquietas que sempre precisam de novidades para
poder tapearem a si mesmas e viverem na ilusão de serem felizes. Mas a cada dia
um “buraco negro” cresce em seu interior e algo insaciável requer sempre
prazeres que levam a muitos a usar qualquer tipo de armas para conseguir seus
objetivos. Na verdade tem algo dentro de si que não dá limites nem critérios e
que tudo pode desde que atinja seus objetivos mesquinhos e odiáveis perante a
Verdade este algo se chama “Demônio”. O pai da mentira, o enganador, o
depravado, o inimigo de Deus que procura a todo custo destruir a imagem de Deus
em sua criatura e a caracturar a pessoa humana num semideus destruindo a
relação com o criador.
Acordemos!
Não nos deixemos levar pelas armadilhas do inimigo. Jesus nos chama atenção a
vermos nosso testemunho. Como anda nosso testemunho de Cristãos? Estamos
seguindo a verdade do Evangelho? Nossa vida se parece com a de Jesus? Ou apenas
louvamos com os lábios, mas nosso coração está cheio do que o mundo nos
apresenta? “Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções,
imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades,
fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo. Todas estas
coisas más saem de dentro, e são elas que tornam impuro o homem”.
Senhor! Converte-nos a Ti e seremos felizes.
Antonio ComDeus
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