Como seus amores são belos,minha irmã, noiva minha. Seus amores são melhores do que o vinho, e mais fino que os outros aromas é o odor dos teus perfumes. Por isso Eu quero consumir meus dias, no seu amor! ══════ ღೋ♡✿♡ღೋ═══════

Ani Ledodi Vedodi Li


Mais do que qualquer outro motivo, esta é a razão pela qual quero fazer deste blog um caminho para amarmos mais a Deus, por isso seu nome: “Ani Ledodi Vedodi Li”

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Deus o Abençõe !

E que possas crescer com nossas postagens.

É algo louvável esconder o segredo dos Reis; mas há glória em publicar as obras de Deus!

A Igreja não tem pressa, porque ela possui a Eternidade. E se todas as outras instituições morrem nesta Terra, a Santa Igreja continua no Céu.

Não existem nem tempos nem lugares sem escolhas.

E eu sei quanto resisto a escolher-te.

"Quando sacralizamos alguém essa pessoa permanece viva para sempre!"

Sacralize cada instante de tua vida amando o Amado e no Amado os amados de Deus !


Pe.Emílio Carlos

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013



QUARTA-FEIRA DE CINZAS
13 de fevereiro de 2013

A “debilidade” das cinzas faz lembrar a fragilidade humana.




“Convertei-vos e Crede no Evangelho”


Leituras: 
Joel 2, 12-18; 
Salmo 50 (51), 3-4.5-6a.12-13.14 e 17; 
Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5, 20-6,2; 
Mateus 6, 1-6.16-18.

COR LITÚRGICA: ROXA

Com esta celebração de cinzas iniciamos nossa caminhada quaresmal rumo à Páscoa do Senhor.
As cinzas simbolizam a transitoriedade da vida neste mundo, ou seja, que somos peregrinos a caminho de um novo céu e uma nova terra. Estamos de passagem por este mundo; ele não é a nossa casa definitiva. A “debilidade” das cinzas faz lembrar a fragilidade humana.

Neste tempo tão rico, a Igreja do Brasil nos propõe a Campanha da Fraternidade, que, neste ano de 2013, tem como tema: Fraternidade e Juventude, com o lema: “Eis-me aqui, envia-me”! (Is 6.8). Quer “acolher os jovens no contexto de mudanças de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e de paz”. (Introdução - Texto Base da CF – 2013, p. 11)

Que esta Quaresma possa ser para todos nós um caminho de verdadeira conversão.

1. Situando-nos

Animados pela fé, iniciamos o Ciclo Pascal que tem a Quaresma como tempo de preparação. A Quaresma é o tempo que precede e predispõe à celebração da Páscoa: festa central do ano litúrgico.

O início da Quaresma é marcado com o rito da imposição das cinzas. Ela advém do antigo ritual com que os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica. O gesto de se cobrir de cinzas tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que necessita ser redimida pela misericórdia de Deus.

Longe de ser um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como símbolo da atitude do coração penitente que cada pessoa é chamada a assumir no itinerário quaresmal (cf. Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, n.125).

A celebração da benção e a imposição das cinzas lembram as palavras de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. A Igreja suplica a Deus: “Derramai a graça da vossa benção sobre os fiéis que vão receber as cinzas, para que, prosseguindo na observância da Quaresma, possam celebrar de coração purificado o mistério pascal de vosso Filho” (Oração da benção das cinzas).

Receber as cinzas, nesta quarta-feira, significa confirmar nossa fé na Páscoa de Cristo, na reconciliação, na esperança de um dia estar na comunhão do Ressuscitado. Participar do rito da imposição das cinzas significa ainda, como convertidos, agir para que a fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança.

Neste Tempo da Quaresma, fazemos comunhão com todas as comunidades da Igreja no Brasil. Com elas, rezamos e assumimos as propostas da Campanha da Fraternidade: “Fraternidade e Juventude” e o lema: “eis me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

2. Recordando a Palavra

No começo da caminhada quaresmal, Jesus nos dirige sua palavra convidando-nos a seguir com ele o caminho rumo à Páscoa. Sua Palavra, que chega até nós pelo Evangelho de Mateus, situa-se no centro do “discurso da montanha” (cap. 5-7), o primeiro dos cinco grandes discursos de Jesus, assinalados por este evangelista.

Esta passagem tem como conteúdo o anúncio inicial da proclamação do Reino de Deus; Ela deve ser lida na perspectiva da constituição do novo povo de Deus, da nova aliança que se cumpre em Jesus, o Salvador.

Pela escuta da palavra do Mestre e pela acolhida da misericórdia divina, revelada em Jesus, superam-se a falsidade e a infidelidade, constitui-se o novo povo de Deus. É nesta perspectiva que podemos compreender a palavra do evangelho proposto para a celebração da Quarta-feira de Cinzas: os cristãos são chamados pelo Mestre a assumirem, com fidelidade, as obras de justiça no relacionamento com o próximo: a esmola, a oração e o jejum.

A esmola, a oração e o jejum são práticas antigas e consideradas parte dos exercícios da ascese espiritual. Elas sempre foram retomadas e recomendadas pelos mestres a seus seguidores. Jesus também retoma tais exercícios e, para que respondam à sua finalidade essencial, os enquadra na relação de intimidade com o Pai e com os discípulos.

O evangelista ressalta o contraste entre a prática sugerida por Jesus e a dos fariseus e escribas. Para estes, tais práticas são expressão da observância da Lei, em vista da recompensa, mesmo que não correspondam a uma atitude interior. Para o Mestre, a esmola, a oração e o jejum devem simbolizar a fidelidade e a comunhão do novo povo com Deus.

Sua prática deve, contudo, evitar a busca de privilégios, poder e recompensas. Isto, além de bloquear a relação filial com Deus, torna-se fonte de conflitos entre as pessoas. A recompensa anunciada por Jesus não é a correspondência entre prestação de serviço e pagamento. Ela é dom divino, salvação. Ela é o reino prometido e oferecido a quem, na obediência, abre-se às exigências de sua novidade.

O profeta Joel, diante das plantações devastadas pela praga dos gafanhotos, reflete com o povo sobre a exigência de uma nova vida. A devastação era um sinal da proximidade do dia de Javé. O profeta incentiva o povo ao cuidado da terra devastada e convoca todos à conversão, à penitência e à mudança de vida. Isto não pode ser algo apenas exterior, aparente e sem conseqüências práticas, mas deve significar uma transformação radical rumo a Deus.

O Salmo 50 (51) constitui-se numa grande súplica pela libertação da desgraça pessoal e social causada pelos pecados. O canto desse salmo reflete a consciência contrita do pecador e sua confiança na ação misericordiosa de Deus. É ela quem gera um coração novo e imprime o espírito de santidade.

Paulo afirma à comunidade de Corinto que Jesus não cometeu pecado algum. Assumindo, porém, a nossa condição humana, reconcilia-nos com Deus. Em meio às dificuldades e tensões da comunidade, a palavra do Apóstolo transforma-se em exortação, em convite e em oração à reconciliação. Paulo recorda-nos que esse é o momento oportuno e favorável da salvação.

3. Atualizando a Palavra

Na Quarta-feira de Cinzas, quarenta dias antes da celebração da Páscoa, a Igreja abre o tempo de penitência denominado de Quaresma. Esse tempo precede e predispõe à celebração da Páscoa. Pela meditação assídua da Palavra de Deus, a oração e a prática da caridade, somos convidados a entrar na dinâmica pascal da conversão que consiste na passagem da morte para a vida, das trevas para a luz, do egoísmo e do pecado para a vitória da ressurreição.

A Igreja proclama no Prefácio da Quaresma IV: “Pela penitência da Quaresma, corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos e fortalecidos nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa”.

A Quaresma é um tempo primordial de conversão, isto é, de reconciliação com Deus e com os irmãos e irmãs. A Palavra de Deus nos convida a rever nossos relacionamentos com Deus, com o próximo, com o mundo que nos cerca e conosco mesmos, através da prática da oração, do jejum e da esmola.

O terceiro Prefácio da Quaresma ressalta a ação pedagógica de Deus: “Vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O Jejum e a abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia, repartindo o pão com os necessitados”.

São Leão Magno afirma: “Aquilo que cada cristão deve realizar em todos os tempos, agora deve praticá-lo com maiores solicitude e devoção, para que se cumpra a norma apostólica do jejum quaresmal, que consiste na abstinência não apenas dos alimentos, mas também e, sobretudo, dos pecados. Além disso, a estes jejuns obrigatórios e santos, nenhuma obra pode ser associada mais utilmente que a esmola que, sob o único nome de “misericórdia”, inclui muitas obras boas. Imenso é o campo das obras de misericórdia (São Leão Magno, Discurso VI sobre a Quaresma, 2: PL 54,286).

No programa de vida traçado pela Palavra de Deus, oração, esmola e jejum são ações interdependentes. “Quem pratica somente uma delas ou não todas simultaneamente é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejue pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às suplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas. Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem procura alcançar misericórdia; quem pede compaixão também se compadeça; quem quer ser ajudado ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si” (São Pedro Crisólogo, citado em: CNBB, Roteiros Homiléticos da Quaresma Ano A. 2008, p. 15-16).

 As cinzas evocam nossa realidade humana. Através do gesto ritual da imposição as cinzas, reconhecemos nossa fragilidade e nossa condição de pecadores como, também, a nossa disposição de caminhar para o dia maior da ressurreição, vivendo a misericórdia de Deus, a exemplo de Cristo obediente e ressuscitado.

As cinzas, preparadas pela queima de palmas abençoadas no Domingo de Ramos do ano anterior, lembram o Cristo vitorioso sobre a morte. Se aceitarmos reconhecer nossa condição humana e nos transformarmos em pó, ou seja, passarmos pela experiência da morte, a exemplo de Cristo, pela renúncia de nós mesmos, participaremos também da vida que ressurge das cinzas.

A Quaresma é um tempo favorável à renovação de nossa vida batismal, isto é, de nossa fé. Apesar da secularização e dos desafios do fenômeno religioso da sociedade contemporânea, o povo cristão percebe que durante a Quaresma é preciso orientar os ânimos para as realidades que verdadeiramente contam; que exige empenho evangélico e coerência de vida, traduzida em boas obras, em formas de renúncia àquilo que é supérfluo e de luxo, em manifestações de solidariedade com os sofredores e necessitados, sobretudo com os jovens (cf Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, n.125).

Atendendo aos apelos do Ano da Fé, que atitudes e compromissos cada um de nós e nossa comunidade poderá assumir em favor de um anúncio mais explicito do Evangelho e da animação da vida de fé?

Ao participar da celebração da benção e da imposição das cinzas, aderimos à dinâmica pascal. Páscoa que se vive na conversão por meio da prática da oração, do jejum e da caridade (esmola). É o Senhor quem nos convida a voltarmos para ele de todo coração.

4. Ligando a Palavra com a ação eucarística

Com a celebração da imposição das cinzas, iniciamos o tempo quaresmal, ouvindo o convite do Senhor: “Convertei-vos! O Reino de Deus está no meio de vós”. A proclamação e escuta da Palavra de Deus, as orações, as ações simbólicas nos possibilitam experimentar a bondade infinita de Deus, como reza a antífona de entrada: “Ó Deus, vós tendes compaixão de todos e nada do que criastes desprezais: perdoai nossos pecados pela penitência, porque sois o Senhor nosso Deus” (antífona da entrada da Quarta-feira de Cinzas).

Na caminhada quaresmal, somos convidados a experienciar o Deus que acolhe nossa penitência, corrige nossos vícios, cuida de nós incansavelmente, fortifica nosso espírito fraterno, nos dá a graça de sermos nós também misericordiosos.

Hoje, na celebração da Eucaristia, nós nos oferecemos com Cristo ao Pai, pelo Espírito Santo. Que o sacramento pascal recebido na mesa da Palavra e na mesa da Eucaristia nos ajude a fazermos de nossa vida uma oferta agradável a Deus, especialmente pela vivência do jejum, do amor fraterno e da oração. “Ó Deus assisti com vossa bondade a penitência que iniciamos, para que vivamos interiormente as práticas externas da Quaresma”. (Oração da Coleta da sexta-feira depois das cinzas).

Nos passos de Jesus, caminhando rumo à Páscoa, revivemos a experiência d’Aquele que a partir do batismo do Jordão caminha para o “batismo da Sua morte” (Mc 10,38/ Lc 12,50). Contemplamos o mistério do coração traspassado e aberto do Redentor, do qual nasce a Igreja e provém toda a eficácia dos Sacramentos; e donde promana sangue e água (Jo 19,34), símbolos da Eucaristia e do Batismo.

No Mistério Pascal, o testemunho concorde do Espírito, da água e do sangue (1Jo 5, 5-8) que manifesta o “renascer da água e do Espírito” para entrar no Reino de Deus (Jo 3,5).

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