Sexta-feira, 5 de agosto de 2011
18ª Semana do Tempo Comum, Ano Impar, 2ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde
I Leitura: Deuteronômio (Dt 4, 32-40)
Deus amou nossos pais
32”Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande, ou se ouviu algo semelhante. 33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? 34Ou terá vindo algum Deus escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por tio Senhor teu Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos? 35A ti foi dado ver tudo isso, para que reconheças que o Senhor é na verdade Deus, e que não há outro Deus fora ele. 36Do céu ele te fez ouvir sua voz para te instruir, e sobre a terra te fez ver o seu grande fogo; e do meio do fogo ouviste suas palavras, 37porque amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes. Ele te fez sair do Egito por seu grande poder, 38para expulsar, diante de ti, nações maiores e mais fortes do que tu, e para te introduzir na terra deles e dá-la a ti como herança, como tu estás vendo hoje. 39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40Guarda suas leis e seus mandamentos que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre". Palavra do Senhor!
Comentando a I Leitura
Amou teus pais e, depois deles, escolheu seus descendentes
Cumpre reconhecer Deus para viver plenamente no mundo da realidade. De outra maneira não sabemos quem somos, como a criança que não sabe quem é senão quando reconhece de quem recebeu a vida. Muitos hebreus haviam nascido no deserto, sem saber de onde vinham nem para onde iam; sabiam apenas que iam, mas isso não basta, diz Moisés. Nós sabemos viver sabemos que a vida é caminho; mas donde vimos em verdade, aonde em verdade nos dirigimos? Devemos aprender a reconhecer que não somos obra do acaso, mas fruto de um imenso amor. O nascimento humano é fruto de amor porém cada nascimento e todos os nascimentos são fruto de um maior de um infinito amor Devemos aprender a reconhecer que temos uma história, que é história de salvação: Deus interveio e sempre intervém para nos libertar, para promover nossa verdadeira e plena maturação humana na história, para nos conduzir a uma pátria de felicidade inexcedível. Só reconhecendo a Deus, reconhecem-nos de fato a nós mesmos.
Salmo: 76(77), 12-13.14-15.16 e 21 (R/.12a)
Penso em vossas maravilhas, ó Senhor!
Recordando os grandes feitos do passado, vossos prodígios eu relembro, ó Senhor; eu medito sobre as vossas maravilhas e sobre as obras grandiosas que fizestes.
São santos, ó Senhor, vossos caminhos! Haverá deus que se compare ao nosso Deus? Sois o Deus que operastes maravilhas, vosso poder manifestastes entre os povos.
Com vosso braço redimistes vosso povo, os filhos de Jacó e de José. Como um rebanho conduzistes vosso povo e o guiastes por Moisés e Aarão.
Evangelho: Mateus (Mt 16, 24-28)
A vida, dom de Deus, possui valor infinito
Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. 26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com o seu Reino". Palavra da Salvação!
Comentando o Evangelho
As obras recompensadas
As condições estabelecidas por Jesus para que alguém esteja apto para segui-lo estão em sintonia com as bem-aventuranças.
A primeira condição consiste em "renunciar-se a si mesmo", e está em consonância com a bem-aventurança da pobreza. Esta renúncia supõe abrir mão de todas as ambições pessoais e mundanas, de todo anseio de acumular e de buscar segurança nos bens deste mundo. Quem segue Jesus, deve dispor-se a segui-lo no despojamento não só dos bens materiais, mas também de seus apegos e preconceitos, de modo a fazer-se totalmente livre para o serviço do Reino. Este serviço ficará comprometido, se o coração do discípulo não for suficientemente livre.
A segunda condição é "carregar a própria cruz", e combina com a última bem-aventurança, a da perseguição. O serviço do Reino atrairá contra si perseguição e adversidade. Por isso, o discípulo deve estar preparado até mesmo para um eventual martírio. Assim, à virtude da pobreza acrescenta-se a da coragem, fruto da liberdade do discípulo no que diz respeito à sua própria vida. Provido de ambas as virtudes, o discípulo estará preparado para fazer o que o Pai quer, e receber a recompensa devida. Da pobreza e da coragem resultarão a partilha, a solidariedade, a luta pela igualdade e pela justiça. O Pai saberá como recompensá-las.
A†Ω
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