S. Marcos 16,15-20.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»
Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.
Comentário :
Através desta história é-nos dada de uma lição: pela graça de Deus, o mais frágil pode tornar-se forte. Por conseguinte, não podemos confiar apenas em nós mesmos, nem desprezar um irmão que demonstra fraqueza, nem desesperar por sua causa, mas carregar o seu fardo (Ga 6,2) e ajudá-lo a seguir em frente. [...] A história de Moisés mostra-nos o exemplo de um temperamento orgulhoso e impetuoso que o Espírito domou ao ponto de fazer dele um homem de uma doçura excepcional [...]: «um homem muito humilde, mais que todos os homens que há sobre a face da terra» (Nm 12,3) [...] A história de Marcos mostra um caso de mudança ainda mais raro: a passagem da timidez ao arrojo. [...] Admiremos então em São Marcos uma transformação mais surpreendente que a de Moisés: «Graças à fé, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes» (cf. Heb 11,34).
Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «A cobardia religiosa»
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